terça-feira, agosto 29, 2006

746. Noite estrelada

Starry night
Vincent van Gogh
1889, óleo sobre tela, 72x92cm, Museu de Arte Moderna, Nova Yorque
...

quinta-feira, agosto 24, 2006

745. Madona dell Granduca

Madona dell Granduca
Raphael
cerca de 1505, óleo sobre madeira, 84x55 cm, Palácio Pitti, Florença

segunda-feira, agosto 21, 2006

744. The big flood...

... is coming.

Better you'll be awake. A lot!
...

quinta-feira, agosto 10, 2006

743. " Francisco O. B. Coelho "

O grande velocista Francisco O. B. Coelho deu, esta tarde, mais um recital de bem correr velozmente e uma grande alegria aos seus compatriotas, os portuguesitos da silva.

Com uma facilidade impressionante, venceu a final dos 200 metros planos dos campeonatos europeus, depois de ter vencido igualmente todas as séries em que participara e... sempre a meio gás.

Fez a marca de 20,01 segundos e fica-se com a certeza de que, se tivesse tido um pouquinho de concorrência, baixaria vários décimos de segundo, talvez mesmo lá para os 19,80 ou 19,70
...
É, pois, actualmente, o bicampeão europeu da especialidade.


Tudo o que ficou dito relativamente aos 200 metros, aplica-se aos 100 metros. Com uma única diferença: em vez dos 9,99 segundos, se tivesse tido a tal pequenina concorrência, certamente que teria chegado aos 9,80 e qualquer coisa.

* * *

Até aqui, tudo bem. A partir daqui... também. Pelo menos, espera-se!

Mas... há sempre um mas que nos tira o enlevo.

É que, Francisco O. B. Coelho, com toda a categoria que tem demonstrado, tem-nos dado imensas alegrias, mas também nos tem tirado algum do consolo que costumávamos receber, por estas ocasiões.

Vejamos:

Então não é que o raio do homem não tem uma quebra, nunca lhe dói um joelho, nunca torce um pé, nunca sofre de um ataque de caspa, nunca bebe por engano uma lata de Isostar que, depois, lhe provoca uns gases malucos (como ao mano Domingos Castro), nunca é atacado por uma tremedeira louca, a 40 metros da meta (como ao Mamede), nunca lhe proíbem que treine, nunca lhe vem o período na pior altura (como...ihihih), nunca lhe faltam os incentivos monetários do Estado (como a quase todos os outros, Carlos Lopes incluído...), nunca o obrigam a correr quando ele não pode (como...ihihih), nunca se mete a dar entrevistas idiotas, nunca, enfim, sofre daqueles imponderáveis que sempre deram aos portugueses de alto gabarito - assim com'a eu, dizia Aurora Cunha, a filósofa.

Porra, não pode ser! Assim não há asshole que aguente! É concorrência desleal, catarino!

O homem não é humano, só pode ser extra-terrestre!, e, pior do que isso, não é português ou, então, trata-se de um português desnaturado, de um sacaninha de um português, daqueles que gostam de deixar lixados todos os veros portugas.

Assim não vale, tás a óbir ó Coelho? Vai mas é lá p'ra tua terra, correr à frente dos leõesõesõeseseses...

Enfim! O homem tem que ser despachado daqui para fora o mais depressa possível. É que, se assim não for, qualquer dia arma-se em parvo, chega aos Jogos Olímpicos e traz de lá as medalhas de ouro dos 100 e 200 metros!... E, depois, não somos apenas nós que ficanos tristes e deprimidos. Então e os americanos? Mal habituados que estão, ainda lhes dá algum fanico. E isso a gente nao quer, pois que o Bush pode ir aos arames e mandar invadir Quadrazais de Cima...

E nós? Que vamos nos fazer? Como é que descalçamos a bota? Vamos ficar muito mal na pelingrafia...

E' isso! O homem só pretende arrasar-nos. Se calhar, algum dos nossos navegadores - dos que passaram lá pela Nigéria e tinham a mania de que aquilo era só romper em frente, fazer descendência em tudo o que aparecia pela proa... - deixou lá aquela semente e veio-se embora, abandonando a mãe do rapaz. E ele, agora, está a vingar-se desta raça maldita!

Temos que nos livrar do gajo, E depressa, antes de que o mal engrosse.

Tal num tá o magano, hein?!

Ruvasa
...

* * *
...
E, agora, um pouco da história do maledetto desnaturado…


Francis Obirah Obikwelu (Onitsha, 22 Novembro 1978) é um atleta português nascido na Nigéria.

É especializado nos 100 e 200 metros. Ganhou a medalha de ouro no Campeonato da Europa de Atletismo de 2002, apesar de ter terminado em 2º, tendo a vitória lhe sido atribuída 4 anos depois face à revelação do uso de doping por parte do vencedor da corrida de 2002, Dwain Chambers.

Venceu os 100m nos campeonatos europeus em 2006 com tempo de 9,99s e os 200m com 20,01s. Ganhou também a prata na prova dos 100m nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004, em Atenas. Foi a primeira medalha de sempre para Portugal, em provas rápidas e foi também o record Europeu dos 100m livres com uns impressionantes 9,84s.

Obikwelu radicou-se em Portugal com 16 anos, depois de aí participar no Campeonato do Mundo de Juniores de 1994.

Depois de ser rejeitado pelo Benfica (pois, por quem é que havia de ter sido!...) e pelo Sporting, Francis foi trabalhar para a construção civil no Algarve. Decidiu aprender a língua portuguesa e o seu professor ajudou-o nos contactos com o Belenenses, onde recomeçou a correr. Continuou no entanto a competir pelo seu país de origem.

De acordo com a velocista nigeriana Mercy Nku, que, tal como Obikwelu, reside habitualmente em Lisboa, Obikuelu terá decidido correr por Portugal após ter sido abandonado pelos responsáveis desportivos nigerianos na sequência de uma lesão que sofreu ao representar a Nigéria em Sydney. “Ele teve que ir ao Canadá fazer uma operação ao joelho à sua própria custa” declarou ela em Julho de 2000.

Adquiriu a nacionalidade portuguesa em Outubro de 2001.

A sua história de vida, a sua personalidade e os seus sucessos desportivos tornaram-no uma figura popular no seu país adoptivo.

Actualmente corre pelo SCP.

Em 2004, em Atenas, durante as classificativas, foi um dos atletas mais destacados, terminando duas vezes abaixo dos dez segundos (batendo o recorde de Portugal). Na final, recuperou de uma posição não medalhada na segunda metade da corrida para ganhar a medalha de prata, apenas um centésimo de segundo atrás de Justin Gatlin e um centésimo à frente de Maurice Greene.

Bateu o recorde europeu estabelecido por Linford Christie em 1993.

Acabou em quinto lugar a final dos 200 metros.

Wikipedia

742. Moisés


Moisés
Michelangelo Buonarroti

quinta-feira, agosto 03, 2006

741. O esplendor do turismo rural

Vindo sei lá de onde, apareceu-me por aqui um texto extremamente bem humorado acerca dos encantos do turismo rural.

De tal modo, que não resisto a compartilhá-lo convosco.

Peças destas é obrigatório divulgá-las tanto quanto possível, pois que nada há de melhor para a saúde, particularmente para os casos depressivos, do que um bocado de sol radioso e um cheirinho do bom e vivificante ar do campo.

Quando, porém, não se pode dispor deles, ao menos que nos sejam facultados textos saudáveis como o que segue.

Com um aceno de muita simpatia e agradecimento ao autor desconhecido, por um excelente momento de desopilanço, senhoras e senhores, directamente de Quadrazais de Cima, especialmente para vocências

...

quarta-feira, agosto 02, 2006

740. Insanity strikes SLB!

Imagine-se que, rezam as notícias, que após o jogo de ontem, contra o AEK (leia-se à portuguesa AIC, mas quem aiou fomos nós…), o engineer coach (não confundir com engenheiro coxo, que isso é outra coisa…) reuniu-se com os capitães da equipa e com Veiga, para discutirem a questão do sistema.
...
Não, não é a questão do SISTEMA! Essa é outra coisa também… É apenas a do sistema.

Como reflexão: Viva a democracia!

Aquilo, sim, não é uma democracia, que é linda, sim, mas restrita, porque, no fim de contas, apenas um manda; aquilo é a senhora democracia, sim, em todo o seu esplendor, a democracia em que todos mandam e ninguém manda em coisíssima nenhuma. Como deve ser.

E, assim, a culpa se dilui mais facilmente. E o homem, o tal, sai inimputabilizado. Como o outro. O "batuteiro", ou “homem da batuta”, ou organizador de jogo, ou nº 10, o qual, segundo alguns benfiquistas mais naifs, (também os há, pois então!) não tem culpa nenhuma do que se passa. Não distribui jogo, não coordena nada lá dentro, não joga a ponta de um "chavelho", nem sequer corre (pudera! correr cansa que se farta!) mas não tem culpa nenhuma! Enfim! Se calhar, como dizia o Obélix, a culpa é dos javalis que comeram qualquer coisita que lhes fez mal...

Opinião para aqui, opinião para ali, apresentou ele a sua, os capitães as deles também, o Veiga, evidentemente a sua – e a da mulher, a quem no decurso da reunião terá consultado via telemóvel… a da sogra é que não pôde ser, pois tinha saído para comprar umas couves que ia migar para o jantar...

Terminado o meeting (cá para mim mais um melting pot… mas isso são opiniões de quem, além de não perceber nada do assunto, só quer mal ao Benfica, pelo que não conta), o tal engenheiro que não é coxo como alguns apressadamente serão levados a pensar, mas sim coach, o que é bem diferente, terá anunciado
...
VOU MUDAR O SISTEMA! (disse) Porra! (pensou)
(com pontos de exclamação e tudo... pelo que, agora, sim, a coisa vai, catarino!)
...
Mas, imagine-se, que se ficou sem se saber de quem teria sido a sugestão de mudar o sistema, se dele, se dos capitães, se do Veiga, se da mulher deste ou se da sogra, que entretanto chegara a casa, derreadinha de todo, com o peso das couves... (olhem, minha é que não foi pois que, estando perfeitamente disponível e contactável, nenhum deles o tentou fazer. Ah! E também não é do Rui Costa, que não deve ter estado no melting pot, pois que já não é capitão… julga-se ou presume-se ou tenta-se adivinhar, que, com este Benfica, nunca se sabe. Portanto, desta está o homem safo).

E imagine-se também que até aqui o homem, o coxo – ou coach? - engenheiro falhou! Então não é que toda a gente estava à espera de que ele tirasse (ou os capitães tirassem, ou o Veiga tirasse ou a mulher do Veiga idem, ou até mesmo a dita sogra, que agora estava já a migar as couvitas, portanto mais aliviada das cruzes...) a única conclusão possível de tirar nas actuais circunstâncias? E viria, isso sim, com a abençoada frase

VOU MUDAR-ME DAQUI PARA FORA! (diria)
Já que não percebo bulufas disto! (pensaria)
E já hoje!
(e tudo com pontos de exclamação, para dar mais ênfase, pois então!)
...
Sabem, ontem relembrei e disse num círculo, de amigos tão descoroçoados quanto eu, uma célebre frase de Artur Jorge, em que afirmava que o Benfica de Damásio era um circo. E disse que parecia que o circo estava de volta. Enganei-me. Humildemente, dou a mão à palmatória. Enganei-me redondamente. Acontece, n'é? O que vale é que os meus enganos, a minha incompetência não afectam o Benfica, n'é? É ou n’é, c’um escafandro?

Não, o circo não está de volta. Porque no circo podem acontecer muitas coisas estranhas, mas as pessoas – embora por vezes não parecendo – são imputáveis.

O Benfica, porém, está visto, sofre de uma enchente de inimputabilidades várias. Não apenas as que já lá havia – e muitas eram – como ainda as que, entretanto, chegaram. Como o Rui Costa, que não tem culpa de nada e, agora, o engenheiro (que é engenheiro) coxo (que não é coxo, mas coach) que, vem de ver-se, ainda menos.

Pois bem: sabem onde é que ordinariamente se reúnem os inimputáveis, onde é a sua casa de morada, não sabem?

É isso, meus amigos! O Benfica não é mais um circo, como dizia o Artur Jorge. O Benfica está transformado em instituição rival da que tem endereço postal e físico ali mesmo, na Avenida do Brasil, na capital do Império, que já não existe.

Cristo! Por favor, vem depressa cá abaixo… ver isto! Please!, please!, oh, please... Pel'amor de Deus!...
...
* * *
...
Juro - palavrinha de honra que juro - não ser adepto lizzard e, t'arrenego!, muito menos "andrade", metido em qualquer "anta", como os "dragõezeszeszes".
...
Sou, isso sim, uma treta de um lampião, de momento muito frustrado e cá com uma sede a uns quantos manjericos!...
...

terça-feira, agosto 01, 2006