terça-feira, setembro 28, 2004

129. Late afternoon thought... ( xxxix )

Nunca julgues o trabalho de alguém
apenas pela simpatia ou antipatia que a pessoa te desperte.
Ruvasa

segunda-feira, setembro 27, 2004

128. Curioso, sem dúvida!

A poucas semanas das eleições americanas, John Edwards, o "segundo" - ou primeiro? - de Kerry, sentiu-se na obrigação de vir dizer ao eleitorado que, uma vez na Casa Branca, os Democratas não iriam dar tréguas ao terrorismo.

Curiosa uma tal afirmação, nesta altura. Muito curiosa mesmo, na verdade.

Quem é que teria posto tal intenção em crise? Ou o combate ao terrorismo já deixou de ser batata quente?

domingo, setembro 26, 2004

127. Late afternoon thought... (xxxviii )

A única forma de evitares críticas,
faças o que faças, é... nada fazeres!
Ruvasa

126. Começou hoje

O campeonato da Superliga (sempre que escrevo esta palavra sou assaltado por um enorme ataque de riso, nem sei porquê...) Portuguesa de Futebol, no que se refere ao meu Benfica começou hoje. Infelizmente. Até aqui tinha sido mera preparação.

Só que havia alguém, com responsabilidades técnicas lá dentro, que ainda não tinha percebido. Faço votos por que tenha percebido agora.

sábado, setembro 25, 2004

125. Fim de festa

Seguida a campanha, vista a votação, apurados os resultados, analisado o conjunto, tudo visto e ponderado, três conclusões imediatas há que retirar:

Sou um animal feroz. J. Sócrates
A partir de agora é preciso ter cuidados redobrados com o PS. Safa!

... há sempre alguém que resiste, / há sempre alguém que diz não... M. Alegre
Pois... Mas desta vez a resistência resistiu pouco e a questão agora é tentar descobrir quem é que ainda teve a coragem de dizer não.


Ninguém tem mais vontade de vencer o Sr. Lopes do que eu. J. Soares
Não custa a crer que assim seja. Tal como não custa a crer que o PS tenha sido assaltado por milhares de "santanetes", no exclusivo propósito de boicotar tão alto desígnio, pelo que, não votando neste candidato, não deixaram de o fazer nos outros.


124. Late afternoon thought... ( xxxvii )

Não é por ignorares a verdade
que ela deixa de o ser.
Ruvasa

123. Reflexão matinal... alheia ( 14 )

O diploma é o inimigo mortal da cultura.
Paul Valéry

sexta-feira, setembro 24, 2004

122. A sucessão do sucessor ( 1 )

Ficção política

Furioso com tudo e todos, vá-se lá saber porquê, Erro Só-dizes, o infeliz e contrariado sucessor de Antónimo Tu Erres na difícil tarefa de dirigir o Partido Surrealista, entrou de rompante pela sede nacional do partido e, subindo a três os degraus da escadaria principal, alcandorou-se ao piso superior e percorreu três corredores e sete umbrais de porta. Chegado ao seu gabinete de chefe supremo da surrealista gente, atirou-se para a respectiva cadeira, a já referida de chefe, atrás da secretária limpinha de papelada – sim, que Erro é pessoa que muito preza a arrumação – deu um suspiro para retomar o ritmo da respiração alterado pelo cansaço que lhe provocara a corrida desarvorada em que viera e gritou a pulmões plenos: SEGUE

quinta-feira, setembro 23, 2004

121. Late afternoon thought... ( xxxvi )

Se procuras a Verdade, serás um estudioso;
se a encontraste, não passas de um mentiroso.
Ruvasa

120. Textos d'ontem ( 10 )

Crónica de rádio – 28 Jan 1986

MISSÃO DE CRONISTA - Chegaram-me ecos de que a crónica da semana passada teria sido mal recebida por alguns membros da classe docente. É evidente que, ao aceitar subscrever crónica semanal, pautando-me exclusivamente por critérios pessoais (...), critérios esses apenas balizados pelo decoro e cuidados indispensáveis a quem fala pela rádio, e orientado pelo que me pareça ser de interesse público, aceitei implicitamente o risco de, em algumas oportunidades, agradar a uns e desagradar a outros e de, em outras, acontecer precisamente o inverso. E claro que descontei o de vir a acontecer que desagrade a todos. Mas isso já é outra história. SEGUE

119. Reflexão matinal... alheia ( 13 )

O que não nos mata torna-nos mais fortes.
F. Nietzsche

quarta-feira, setembro 22, 2004

118. Efeméride – "O começo do Outono"

Tem hoje início o Outono, estação do ano que precede o Inverno. Segundo os etimologistas, em sentido figurado, significa igualmente "decadência". Discordo. Não da etimologia, mas da prática de vida. Frontal e energicamente, muito embora eu próprio tenha transposto já o umbral da entrada que, tão convencionalmente como sem qualquer indispensável aggiornamento, nos leva ao ghetto dos já não capazes, sem préstimo, inúteis. SEGUE

117. Textos d'ontem ( 9 )

Crónica de rádio – 21 Jan 1986


O PAÍS DAS MARAVILHAS - Portugal é, sem dúvida, o “País das maravilhas”, como muito bem referia Vasco Pulido Valente numa secção que, sob aquele título, assinava no semanário “Expresso”, aqui há uns anos atrás. Não acredita? Então, preste atenção a uns extractos de uma notícia publicada no Correio da Manhã, de 19 do corrente, anteontem, portanto. Passo a citar: SEGUE

116. Reflexão matinal... alheia ( 12 )

Para ensinar há uma formalidade a cumprir: saber.
Eça de Queirós

terça-feira, setembro 21, 2004

115. Late afternoon thought... ( xxxv )

Quanto mais conheço o mundo,
mais humilde tendo a sentir-me.

Ruvasa

114. Textos d’ontem ( 8 )

Crónica de rádio – 14 Jan 1986

A SEGURANÇA NAS ESCOLAS - A segurança dos cidadãos deve constituir questão prioritária de quem governa, a nível local como nacional. Isto porque, sem ela, as pessoas vivem atemorizadas, receando o pior e até os níveis de produção de uma sociedade insegura se ressentem notoriamente. SEGUE

113. Reflexão matinal... alheia ( 11 )

Em maus caminhos raramente não há maus encontros.
Pe Manuel Bernardes

segunda-feira, setembro 20, 2004

112. A "hora negra" e a memória deficitária...

No blog “República Digital”, do sistema de blogs da Assembleia da República, publicou, hoje, o deputado socialista José Magalhães, um post, que intitulou “O populismo antiparlamentar ao ataque”. Faz, assim, coro com Vital Moreira que, no blog “Causa-Nossa”, sob o título “O caso da semana: a desconsideração da oposição”, se insurge contra a circunstância de o actual primeiro-ministro não ter comparecido à interpelação parlamentar promovida pelo Bloco de Esquerda. SEGUE

111. Late afternoon thought... ( xxxiv )

Desconfia de quem não te sorri
também com os olhos.
Ruvasa

110. Textos d’ontem ( 7 )

Crónica de rádio – 07 Jan 1986

O UNDÉCIMO - Olá, bom dia! Nós, portugueses, temos uma característica muito sui generis. Existe na nossa idiossincrasia uma certa capacidade auto-crítica que, não obstante por vezes revestir aspectos negativos, as mais das vezes resulta extremamente salutar, por actuar como válvula de escape de terríveis tensões, quantas vezes, frustrações não menos tremendas, quase sempre. SEGUE

109. Pôr-de-sol no autódromo

2003-0903 012.jpg Posted by Hello (c) 2003 Isabel Valle Santos - Click na imagem, para ampliar

Pôr-de-sol
junto do autódromo do Estoril
Portugal

108. A dignidade de uns e a indignidade de outros

"O atleta português Carlos Ferreira conquistou ontem a medalha de prata na prova de 10 000 metros dos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, ganha pelo queniano Henry Wanoyke. Na categoria T11 (cegos totais), Carlos Ferreira e o seu guia, Paulo Ramos, terminaram com o tempo de 33.17,30 minutos, enquanto o atleta queniano concluiu a prova com o tempo de 31.37,27. (…)
Na mesma final de Carlos Ferreira, correu também Ricardo Vale, que se classificou em 6.º lugar.
Na natação, Susana Barroso alcançou o 4.º lugar na final dos 100 metros livres S3, onde Perpétua Vaza chegou ao 7.º lugar.
Em destaque também Leila Marques, que ainda conseguiu bater o recorde nacional nas eliminatórias dos 100 metros mariposa S9, mas que acabou por ficar no 7.º lugar na final.
Maria João Morgado alcançou o penúltimo lugar nas eliminatórias dos 100 metros livres S5.
No atletismo, José Alves qualificou-se para a final dos 200 metros T13. (…)"
DNotícias

Uma vez mais se constata que as nossas TVs, principalmente a do Estado, não merecem a mais pequena das considerações de qualquer pessoa decente.

Massacraram-nos com horas e horas de transmissão de provas nos Jogos Olímpicos, grande parte das quais sem o mínimo interesse e em que até os atletas portugueses obtiveram performances bem pouco condizentes com arrogâncias a que fomos assistindo.

Os atletas paralímpicos começaram a sua odisseia e apresentam já resultados notáveis, extremamente prestigiosos para o país e… que fazem as TVs? Ignoram-nos. Pura e simplesmente, ignoram-nos.

Preferem passar programas de verdadeira indigência, como os de contadores de anedotas, velhas como Matusalém, e que antigamente - era ainda a escola risonha e franca - apenas nas tascas reles se contavam, por ser ali o seu habitat natural. Agora, não. São contadas em frente das câmaras, com gritos esparvoados, carantonhas de asilo de alienação e gestos que nem chegam a ser obscenos, por completamente desprovidos de tudo o que possa ser considerado socialmente aceitável. Perante plateias de alarvice. Isto para não falar em outras javardices que por essas pantallas se vão vendo...

Os Paralímpicos? Não interessam...

Miserável condição! A dos Paralímpicos? Evidentemente que não!

107. Reflexão matinal... alheia ( 10 )

A beleza é o acordo entre o conteúdo e a forma.
Ibsen

domingo, setembro 19, 2004

106. Late afternoon thought... ( xxxiii )

Não queiras agradar aos outros
sem primeiro agradares a ti próprio.
Falharás irremediavelmente.
Ruvasa

105. Textos d'ontem… ( 6 )

Crónica de rádio – 31 Dez 1985

O QUE ACABA E O QUE COMEÇA - Finalmente! Estamos no último dia de 1985. Finalmente! O último dia de um ano que poucas boas recordações deverá ter deixado nas pessoas. Foi, não restam dúvidas, um ano tremendamente difícil para todos. E nunca mais chegava ao fim. Chegou hoje. Haja Deus! SEGUE

104. Reflexão matinal... alheia ( 9 )

Sempre que ensinares, ensina a duvidarem do que estiveres ensinando.
Ortega y Gasset

sexta-feira, setembro 17, 2004

103. Reflexão matinal... alheia ( 8 )

Não há ser humano insignificante. Há apenas concepções insignificantes do ser humano.
Tenessee Williams

102. Textos d'ontem… ( 5 )

Crónica de rádio – 24 Dez 1985

O NATAL E A CRISE - 24 de Dezembro de 1985 – Véspera do dia de Natal. Um Natal que para uns será de fartura e alegria, reunião de família, para outros de faltas e amargura. Para todos, porém, Natal, com tudo quanto significa.Tendo conseguido o quase milagre de uma pequena pausa na agitação que constitui o meu quotidiano, dei, ontem à tarde, uma volta pela baixa de Setúbal.E, quer saber, caro ouvinte? Fiquei siderado! SEGUE

quinta-feira, setembro 16, 2004

101. Late afternoon thought... ( xxxii )

Entre quem me anuncia ter feito, mesmo com imperfeição,
e quem me diz ir fazer, não hesito, escolho o primeiro.
Ruvasa

100. Love in red

loveinred.jpg Posted by Hello (c) 2001 Ruvasa - Click na imagem, para ampliar

Love in red

99. Textos d'ontem... ( 4 )

Crónica de rádio – 17 Dez 1985

PARABÉNS, SETÚBAL! - A crónica de hoje quase poderia ser umas das habituais de Natal. A época é a própria, a disposição do cronista nesse sentido acentuada, estou em crer que o ouvinte não seria indiferente ao tema e o assunto de que seguidamente tratarei tem, ainda que possa não parecer, muito que o ligue à ideia que a generalidade das pessoas faz do Natal. SEGUE

98. Reflexão matinal... alheia ( 7 )

Estamos a caminhar para o socialismo,
sistema que só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no Inferno, onde já existe.
Ronald Reagan

quarta-feira, setembro 15, 2004

97. Late afternoon thought... ( xxxi )

A vida é dádiva e retribuição.
Ninguém subsiste só dando ou só recebendo.
Ruvasa

96. Textos d'ontem… ( 3 )

Crónica de rádio – 10 Dez 1985

FERNANDO PESSOA E A GENTALHA- a grandeza e a miséria - Bom dia, caro ouvinte! Não sei qual terá sido a sua reacção ao assistir, na RTP do nosso descontentamento, ao programa dedicado a Fernando Pessoa, por ocasião da celebração do 50º aniversário da sua morte. Presumindo, todavia, que o ouvinte é português que preza os valores lusitanos e, assim, tem em bom apreço a obra pessoana e o seu autor, estou certo de que sofreu forte abalo. SEGUE

terça-feira, setembro 14, 2004

95. Agualusa e os escritores portugueses

Uma entrada no "Aviz", de FJ Viegas, chamou-me a atenção para uma entrevista de José Eduardo Agualusa, escritor angolano de raízes portuguesas e brasileiras, à revista brasileira “Época”:
(...)
Época - E os autores portugueses?

Agualusa - São todos terrivelmente melancólicos. Não há personagem de autor português que não se suicide no final. Os portugueses parecem alguns autores paulistas atuais, soturnos e pessimistas. E há aqueles que não escondem a nostalgia do império e inventam um herói, sempre português, que percorre a África e a América, em geral povoadas por coadjuvantes sem importância. Ultimamente, porém, tenho lido autores jovens - Francisco José Viegas e Pedro Rosa Mendes - que já conseguem olhar para as antigas colônias com olhos menos colonialistas. O maior escritor lusitano da atualidade chama-se António Lobo Antunes. Ele é difícil em sua linguagem cheia de metáforas, é mesmo exagerado e sombrio, mas, no meio de extensas zonas de sombra, encontram-se golpes luminosos. Só que há poucos portugueses com humor depois de Eça de Queirós.
Época - Por falar nisso, você não citou o Nobel José Saramago. O que você acha dele?

Agualusa - Ele pode ser um grande escritor. Memorial do Convento é um excelente romance. Mas não gosto dele. Saramago cultiva o niilismo. É um pessimista que não acredita na vida e seus livros são contaminados pelo desencanto. É difícil escrever quando se descrê completamente da vida. Um grande romance deve ser feito com raciocínio, mas também com paixão, as vísceras e o coração. Em seu último livro, Ensaio sobre a Lucidez, Saramago faz a defesa do voto em branco, o que é ridículo, pois ele se candidatou como deputado pelo Partido Comunista. José Saramago é vítima da própria descrença. É um velho.(...)

No que se refere à melancolia dos escritores portugueses, estou com Agualusa. Quanto ao resto, suicídio incluído, foi assim. Mas deixou de ser. Agualusa precisa de um aggiornamento. Comungo, porém, a ideia de que, depois de Eça, o humor fugiu da literatura cá do burgo. E boa falta faz.

Quanto ao que pensa de Saramago, uma vez mais de acordo. Na verdade, escrever sem nos riscos traçados deixar as vísceras não é escrever. É pensar sem paixão, contabilisticamente. A defesa do voto em branco? Simplesmente inefável!

Desagradam-me escritores incapazes de deixar marca de esperança nas suas obras. Como se entendessem que a escrita não deve ter por missão também o apontar de caminhos, rumos, confiança em melhores dias. Saramago é um deles. Mas está na moda o seu endeusamento. E, em literatura, como noutras actividades, as coisas funcionam muito por modas.

Há algumas que passam. Felizmente.

94. Late afternoon thought... ( xxx )

Pena é que a escravatura das aparências
termine tão tarde na vida.
Ruvasa

93. Textos d'ontem… ( 2 )

Crónica de rádio – 03 Dez 1985

TOLERÂNCIA - qualidade a não desprezar - O ritmo de vida da sociedade actual, para o qual decididamente não estávamos preparados, provoca-nos, quantas vezes, situações que, de modo nenhum, estariam nos nossos propósitos. SEGUE

92. Reflexão matinal... alheia ( 6 )

Não existe melhor exercício para o coração do que buscar os que estão em baixo para levantá-los
Homero

segunda-feira, setembro 13, 2004

91. Late afternoon thought... ( xxix )

Injusto é, por maior injustiça que sofra o nosso semelhante,
parecer-nos sempre mais injusta a que nos atinje.
Ruvasa

90. Textos d'ontem... ( 1 )

Crónica de rádio - 26 Nov 1985

PORTUGAL E OS PORTUGUESES - Olá, bom dia, caro ouvinte! Nesta primeira vez que estou em contacto consigo, através das antenas desta excelente estação de rádio, gostaria de sugerir-lhe que, em conjunto, reflectíssemos um pouco sobre Portugal e os Portugueses. SEGUE

89. Reflexão matinal... alheia ( 5 )

É absolutamente necessário convencer-se da existência de Deus;
mas não é igualmente necessário que se demonstre.
Kant

domingo, setembro 12, 2004

88. Nampula, a bela "macua"

np1.jpg Posted by Hello
NAMPULA
A bela "macua"
década 1960-1970

87. Late afternoon thought... ( xxviii )

Calar é a forma mais cobarde de mentir.
Ruvasa

sábado, setembro 11, 2004

86. O "Sampaio" que era deles...

Francisco José Viegas manifesta a sua perplexidade perante a estranha e recente unanimidade dos eleitores de Jorge Sampaio, desiludidos com o seu "presidente".

É no Blog Aviz, de sexta-feira, 10 de Setembro, ontem, portanto.

Vejamos a introdução:

SAMPAIO. Há, agora, uma estranha unanimidade sobre o final de mandato de Jorge Sampaio -- o que causa alguma perplexidade.

Se me é permitido, subscrevo na íntegra tudo quanto afirma FJ Viegas. É que também eu não consigo aquietar a minha perplexidade! É certo que, na opinião daqueles eleitores, o presidente era "seu". Mas...

Ora, vá ver in loco. Garanto-lhe que vale a pena.

sexta-feira, setembro 10, 2004

85. Late afternoon thought... ( xxvii )

Fere-te mais o que pensas do mal que te atinge
do que o próprio mal.
Ruvasa

84. Opinar sem alicerces

Há na sociedade portuguesa, pelo menos na faixa populacional que aproveita as oportunidades que se lhe deparam para em público expor ideias, uma nítida confusão, no que se refere ao tema terrorismo, sua significação e até causas e efeitos. SEGUE...

83. Reflexão matinal... alheia ( 4 )

A não violência é a arma dos fortes.
Gandhi

quinta-feira, setembro 09, 2004

82. Estamos mesmo em Portugal?

Do "Expresso" online
A Comissão de Inquérito concluiu que a Galp teve responsabilidades no acidente no terminal petrolífero de Leixões por não ter cumprido os procedimentos de segurança.

«Graves insuficiências e incúrias» (…)

(…) o plano de emergência era «confuso e difícil de entender».

O documento considera que os trabalhadores não conseguiram por isso avaliar cabalmente a situação e considera que «as falhas detectadas no caso deste acidente foram demasiadas e excessivamente graves».(…)

Tenho que confessar que, para mim, são duas enormes surpresas. A saber:

1 – Deu-se um acidente em 31 de Julho último e, passado que é menos de mês e meio – 40 dias mais precisamente! – o inquérito anunciado, como é de praxe, está feito e as conclusões publicitadas;

2 – Como se já não bastasse tal “despautério”, aí está a culpa posta em praça pública igualmente e com as razões que assistem ao julgamento.

Coitadinha da culpa!... Já não vai morrer celibatária?

O quê? Queriam mais? Calma! Roma e Pavia não se fizeram num dia! Demos tempo ao tempo.

Confesso mais: duas destas num só dia são dose para leão, quanto a mim. Não aguento tanta emoção!

Isto aconteceu mesmo em Portugal? Ai, sim?


Desculpem-me, mas vou ali fora, dar uma volta ao quarteirão, para ver se o coração acalma e a tensão arterial baixa um pouco.

81. Late afternoon thought... ( xxvi )

Tem sempre presente que a vingança
que arquitectas contra o teu inimigo,
pode atingir-te também.
Ruvasa

80. Reflexão matinal... alheia ( 3 )

O impossível reside nas mãos inertes dos que não tentam.
Epicuro

quarta-feira, setembro 08, 2004

79. Late afternoon thought... ( xxv )

Sê tolerante
mas não fraco.
Ruvasa

78. "O peso das meias verdades"

Sob o título “O peso das meias verdades”, Rui Rio, presidente da câmara municipal do Porto, publicou no JN um artigo de opinião em que “destapa“ aspectos pouco dignificantes de campanhas de maldizer e "bota abaixo" que por aí andam, aos trambolhões, disfarçadas de jornalismo. E o pior é que tais campanhas e tais disfarces se acoitam em jornais que, à primeira vista, pareceriam absolutamente insuspeitos. Neste caso, o “Público”.

É claro que com engajamentos da CS e comissários políticos travestidos de jornalistas deparamos diariamente e o facto nem causa já demasiada indignação. Infelizmente.

No entanto, alguns órgãos de informação há que sempre temos considerado um pouco mais recatados e credíveis, isentos, enfim! Parece, no entanto, que o equívoco é apenas nosso. Será mesmo?

Para melhor se aquilatar, aqui fica uma pequena transcrição do artigo.

(...) "Assessor de Rio ganha mais do que Sampaio" foi a falsa ideia que se procurou dizer muitas vezes, para que, por via dessa insistência, a mentira conseguisse alcançar o estatuto de verdade. O assessor não é assessor, é o chefe de Gabinete que todos os governantes e todos os presidentes de Câmara têm, e não ganha mais do que Sampaio; ganha menos. Mais: aceitou perder uma fatia substancial do seu vencimento de origem, uma vez que - e apesar de não ser legalmente necessário - lhe propus, justamente, o limite de 75% do salário do presidente da República que é o plafond que a lei impõe para outras situações que não a sua. (...)

Para quem pretender aprofundar mais o assunto, aqui fica o link.

terça-feira, setembro 07, 2004

77. Late afternoon thought... ( xxiv )

Se estás seguro da tua razão,
ouve as críticas mas que não te influenciem.
Ruvasa

segunda-feira, setembro 06, 2004

sábado, setembro 04, 2004

75. Ludere me putas?

Ludere me putas?
Esta a designação do meu novo blog.
Crês mesmo que nele estarei apenas a gracejar, a brincar?
Credi, non ludo!
Não o creias.Não se trata de simples gracejo, mais ou menos inconsequente.
Na verdade, personagens ridículos protagonizando cenas grotescas o que são? Meras caricaturas, não?
E sempre é verdade que o ridículo mata? Se assim é, como deve ser, matemo-los, então. Pelo riso.

74. Reflexão matinal... alheia ( 2 )

Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles forem meus, não seus.
(…)
Agostinho da Silva

sexta-feira, setembro 03, 2004

73. Late afternoon thought... ( xxii )

Expõe as tuas ideias com mansidão,
que serás ouvido mais longe.
Ruvasa

72. …quem ia a matar ficará morto.

Todo o ambiente é favorável ao forte; de um modo ou de outro ele o ajuda a cumprir a missão que se impôs e a conseguir ir porventura mais além das barreiras marcadas. A derrota deve mais atribuir-se à invalidez do impulso interior do que aos obstáculos que lhe ponham diante, mais à alma incapaz de se bater com vigor e tenazmente do que às resistências, às invejas e às dificuldades que o mundo possa levantar perante Hércules que luta.
O mal que se vê é aguilhão para o bem que se deseja; e mais duro, quanto mais agressivo, se bate em peito de aço, tanto mais valioso auxiliar num caminho de progresso; o querer se apura, a visão do futuro nos surge mais intensa a cada golpe novo; o contentamento e a mansa quietude são estufa para homens; por aí se habituam a ser escravos de outros homens, ou da cega natureza; e eu quero a terra povoada dos rijos corações que seguem os calmos pensamentos e a mais nada se curvam.
Mais custa quebrar rocha do que escavar a terra; mais sólido, porém, o edifício que nela se firmou. A grandeza da obra é quase sempre devida à dificuldade que se encontra nos meios a empregar, à indiferença que cerra os ouvidos do povo, e aos mil braços que logo se levantam para deter o arquitecto. Se cai sem batalha, pobre dele, podemos lamentá-lo; não o chamara o Senhor para as grandes empresas; mas se pelos menos a voz se lhe erguer clara, firme, heróica no meio do turbilhão, não foram inúteis as dores e os esforços; algum dia um novo mundo se erguerá das brumas e o terá como profeta.
Quem ia perturbar ficará perturbado, quem ia a matar ficará morto. Não é com os mesquinhos artifícios, nem com o desprezo nem com a mentira, nem pelo cansaço nem pela opressão, nem pela miséria que se vencem os que pensaram o futuro e, amorosamente, com cuidados de artista, continuamente, com firmeza de atleta, o vão erguendo pedra a pedra. É necessário que se resista enquanto houver um fôlego de vida, mas que essa resistência seja sobretudo o contacto com a realidade da força criadora; é esta que afinal tudo leva de vencida e reduz oposições a pó inútil e ligeiro.
Agostinho da Silva, "Em louvor do contrário" in “Ir à Índia sem abandonar Portugal”.

71. In blue

ph28665493.jpg Posted by Hello (c) 2001 Ruvasa - Click na imagem, para ampliar

"In Blue"

70. Nótula de pouca modéstia...

No âmbito de uma série que vem publicando, Ricardo Vares Ribeiro, no seu blog "Filho do 25 de Abril", deu publicidade a uma apreciação crítica que faz a este espaço, sob o título Janelas para outras opiniões (3) - O Sítio do Ruvasa.

Imerecidas, é certo, as palavras aí ficam, ao alcance de todos, através do adequado link.

A imodéstia reconhecida no título acima, porém, não pode impedir-me de prevenir, desde já, que o Ricardo, que não conheço mas sei ser boa gente, tem alguma tendência para o exagero. Fica feito o aviso.

quinta-feira, setembro 02, 2004

69. Late afternoon thought... ( xxi )

Não tentes vestir personalidade alheia,
porque só a tua te serve.
Ruvasa

68. O esplendor da vida!

ph93178425.jpg Posted by Hello Set2003 (c) Isabel Valle Santos - Click na foto, para ampliar

Cancún, México
A chegada de um novo dia.

67. Reflexão matinal... alheia ( 1 )

O homem é um grande idiota, pelo menos durante cinco minutos por dia.
A habilidade consiste em não exceder esse limite.
Elbert Hubbard

quarta-feira, setembro 01, 2004

66. Late afternoon thought... ( xx )

Perante o inevitável,
sensato é aceitá-lo.
Ruvasa

65. O Atlântico a seus pés

2003_1228 003.jpg Posted by Hello 2003 Ruvasa - Click na foto, para ampliar

Cabo Espichel, Portugal

Pôr-de-sol em Dezembro.