sexta-feira, março 31, 2006

713. Sonae quer esconder a co-incineração...

... dos turistas.

Este o título de uma notícia de 26 do corrente, no Setúbal na rede, O Portal do Distrito.

Pois...

Por que não Belmiro de Azevedo convencer o seu amigo Sócrates a ir queimar (-se?) para outros paragens?

Por outro lado, não é ele, Belmiro, que manda no País? A quem todos pressurosa e subservientemente acorrem para o beija-mão da praxis?

Então?!

Estará Setúbal condenada a continuar a ter tratamento underdoguesco? Por qualquer arrivista mal enjorcado que apareça? E por culpa dos setubalenses, filhos próprios ou adoptados, que, mais parecendo impotentes ou castrados, uma vez mais vão deixar-se vilipendiar?

Questões candentes que muito gostaria de ver respondidas.

* * *

Já agora, repare-se no “mimo” abaixo.

A páginas tantas da apresentação em Setúbal da iniciativa “Academia Aberta do Turismo”, organizada pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), Henrique Montelobo, ilustre administrador executivo da Sonae Turismo sai-se com esta:

- Não alinhamos em campanhas que afastem os turistas de Tróia

Surpresa... surpresa...


A quem se referia Montelobo? A Sócrates e ao governo, como seria curial e expectável, por estarem a destruir o ambiente em Setúbal e na Arrábida, mas também no empreendimento do amigo Belmiro?

Não, nada disso.


Estava, sim, a dar um puxão de orelhas a todos quantos vão manifestando a sua oposição à co-incineração na cimenteira Secil, que mais penaliza a Arrábida e toda a região.

Só faltou ao ilustríssimo administrador mandar expressamente calar quem se insurge contra mais este atentado feito a Setúbal. Ficou para a próxima. Desta vez quedou-se pela insinuação-aviso...

Em Portugal, é assim… no consulado de Sócrates, o consolado. E cidadão a vê-los passar...

Como não hão-de os portugueses renegar políticos e outros artistas congéneres?

quinta-feira, março 30, 2006

712. Leitura urgente e a não perder...



...são os textos publicados por Nuno Guerreiro, no seu blog Rua da Judiaria, sob o título genérico "500 anos: o massacre de Lisboa", partes I, II, III, IV e V.

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terça-feira, março 28, 2006

711. Marques Mendes deveria ser...

* mais alto? 0%
* menos baixo? 18%
* nem tão alto nem tão baixo? 0%
* mais obediente ao chefe? 0%
* menos obediente ao chefe? 0%
* mais peripatético? 9%
* menos penteado? 18%
* Nada disso. Está bem assim, catarino! 45%

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Através desta sondagem extremamente fiável, fica-se a saber que, efectivamente, Marques Mendes deverá, no entendimento dos ilustres votantes, continuar como está, que está bem assim, catarino!
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Sou levado a concordar com o resultado... Assim como assim, o homem é muito parecido com o "Melhoral". Não faz bem, mas também não faz mal...
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Ou melhor... Não se sabe se faz bem ou se faz mal...
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Não existe.
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710. Assim também vale?

Contra o Benfica vale tudo...

A vontade de impedir que o SLB consiga mais uns pontitos é tal que, se não se puder impedir de outra forma, vai... à dentada, pois então!


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709. Migrações


Quando muito empurrado... o homem vai lá!


A propósito de um diferendo que se abriu em outro blog, o Terras de Azurara, do Agnelo Figueiredo, a propósito da absurda expulsão (pelo muito exíguo prazo do pré-aviso) de portugueses que estavam no Canadá há anos, em alguns casos há mais de uma dezena, julgo chegado o momento de esclarecer a minha posição quanto à questão da imigração.

1. Sou a favor, decididamente a favor, da aceitação e integração dos imigrantes que nos procuram.

Por vários motivos, a saber:

* temos - sempre tivemos - vocação universalista, podendo até orgulharmo-nos de havermos sido os reais criadores do conceito de "aldeia global" (a famigerada globalização é outra coisa...), pelo que há que honrar - e honraremos, estou seguro - as nossas tradições;

* temos necessidade de acolher imigrantes, uma vez que, a continuarmos com a actual taxa de natalidade, um dia destes estamos sem população, quando menos com uma população quase exclusivamente constituída por idosos.


* temos, enfim, a obrigação, ao menos moral, de retribuir o que já a muitos de nós outros povos fizeram;

* uma grande e muito significativa parte da imigração que temos (nos últimos anos) é de nível escolarizado e cultural elevado e que, portanto, muito nos interessa e valoriza. Não tem nada que ver com o tipo de emigração que nós tivemos em tempos idos (não quero, com isto, menosprezar esses nossos emigrantes, mas simplesmente coligir factos);

* é, aliás, a imigração que actualmente temos que estará já (pelo que dizem as estatísticas) a proporcionar a possibilidade de os cofres da Segurança Social estarem, por enquanto, a satisfazer ainda as necessidades;

* mesmo a imigração não tão escolarizada vai trabalhando (quantas vezes em tarefas que nós próprios não aceitamos) e não causa problemas no país, já que aqueles, como bem sabemos, são causados, isso sim, pelas gerações de descendentes de povos que colonizámos e que já nasceram cá, os soi-disants "desenraizados", eufemismo pseudo-progressista e cretino usado para justificar o injustificável, uma vez que, nascidos cá, não foram retirados das suas raízes. Os pais, sim, eles não. Mas os pais não criam qualquer perturbação no tecido social português.
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Sou, portanto, decididamente a favor do acolhimento de imigrantes em Portugal.
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2. Sou absolutamente contra qualquer tipo de imigrante que venha causar distúrbios na sociedade portuguesa. Os nossos próprios distúrbios já são mais do que suficientes, não precisando, pois, de se verem acrescidos dos de outros.

Ora, em nossa casa mandamos nós e, por isso, apenas devemos aceitar quem nos respeita. E respeitar-nos é submeter-se não somente às nossas regras escritas (leis), como às não escritas, ou seja, à nossa maneira de ser, nossa idiossincrasia, o que nos distingue dos outros povos, o nosso Direito consuetudinário, digamos assim.
Esta é uma regra sagrada que não deve ser quebrada pelos imigrantes que recebemos e muito menos devemos nós permitir que alguém quebre.

Mesmo no caso de haver que retirar a qualquer imigrante o direito de permanecer entre nós e aqui fazer a sua vida, a vida a que todos os seres humanos têm direito, tal jamais deve acontecer com a postergação do direito de defesa e, no caso de legal e legitimamente ser decidida a expulsão, ela não deve verificar-se sem que, em prazo razoável, a pessoa em causa tenha a possibilidade de minimamente se organizar, para iniciar a nova etapa da sua vida.

E aqui é que estou completamente ao arrepio da atitude das autoridades canadianas. É que não basta ter a razão (e nem sei se a têm nem neste escrito disso cuido). É preciso também não a perder no decurso do processo. E os canadianos perderam-na com o prazo que “concederam” aos expulsos, com o inusitado da situação.

Quanto à performance do governo português, designadamente do seu ministro dos negócios estrangeiros, fico-me por aqui. É mais uma boutade, das muitas com que temos sido brindados. Vamos ficando habituados a elas. Já nem perplexidade causam. O homem só vai às coisas, desde que empurrado...

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708. O princípio de Peter

"In a hierarchy, every employee tends to rise to his level of incompetence”
Laurence Johnston Peter
(1919–1990)
Canadiano, professor das Universidades da Califórnia do Sul e da Colúmbia Britânica
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segunda-feira, março 27, 2006

707. De rir até às lágrimas...

O assunto é sério q.b..

Difícil, porém, é conseguir resistir a uma risada monumental...

Enfim! Mais uma boutade socrática.

Ora, delicie-se!, na "Grande Loja do Queijo Limiano"....

quinta-feira, março 23, 2006

706. Yang Tse


Pôr-de-sol no Yang Tse
(Iansequião)
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terça-feira, março 21, 2006

segunda-feira, março 20, 2006

702. Sócrates é…

A sondagem que durante uma semana aqui decorreu, através da qual se pretendia averiguar a opinião dos votantes acerca de Sócrates, deu os seguintes resultados:

Teimoso - 5%
Arrogante - 16%
Autoritário - 5%
Tudo isso - 58%
Nada disso. É primeiro-ministro de alto gabarito – 16%

A quem estiver em desacordo com a forma como foi feita a sondagem e os resultados que apresenta, faz-se lembrar que ela não é melhor nem pior do que a excelência das sondagens que, quase diariamente, vemos por aí publicadas e que os críticos desta certamente consideram sérias e representativas do sentir dos portugueses. Qualquer um come a maior das porcarias possíveis. O que é preciso é saber enfiar-lha pelos gasganetes abaixo.

O facto de ter votado apenas uma vintena de pessoas num universo estimado de uns milhares de bloguistas e frequentadores de blogs, não significa menor falta de representatividade do que as que são feitas relativamente ao universo de 10.300.000 cidadãos de todo o país, mediante consulta telefónica a 500 pessoas que, além de terem telefone, por acaso estavam em casa quando do contacto e que, com muita sorte, terão sido para aí uns 372.

Mas esta sondagem tem ainda a virtude de não custar os 0,60 € da praxe do valor acrescentado da chamada telefónica.

O intervalo de aproximação da realidade, deve situar-se num termo entre 0 e 100%, com uma percentagem de erro talvez de um pouco mais de 99,9%, o que se contém, como é por todos sabido, dentro dos parâmetros normais. Tudo numa nice, portanto.

Animados com os resultados, iremos continuar…

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domingo, março 19, 2006

701. XXVIII Congresso do PSD

A exemplo do que tem vindo a acontecer de há cerca de dois anos para cá, uma vez mais os órgãos dirigentes do Partido Social Democrata tomaram uma decisão sem cuidarem dos pormenores e efeitos decorrentes.

Sabe-se – já desde o tempo dos antigos romanos – que de minimis non curat praetor, mas o que é certo é que estes pretores têm falhanços demais e, assim sendo, aquela máxima já não pode ser usada como desculpa.

A instâncias da Comissão Política Nacional e de mais algumas outras entidades e individualidades do partido, lá se procedeu a intendência doméstica, mas muito ao jeito da dona de casa apressada e um tanto desleixada que, não tendo ali à mão, por descuido ou falta de prática, um recipiente para guardar o lixo, decide varrê-lo para debaixo da carpete.

Assim, o Congresso debruçou-se sobre e decidiu:

...
* que a eleição do presidente do PSD passe a ser feita, através de votação universal, secreta e directa, por todos os militantes do Partido, até dez dias antes da realização do Congresso;
...
* que a eleição dos restantes membros da Comissão Política Nacional continue a ser feita em Congresso;
...
* que, no Congresso, não podem ser apresentadas moções de estratégia por quem não se proponha liderar o partido.

........................................................................ SEGUE

sábado, março 18, 2006

700. Nu (3)

699. À atenção do SCP


Como todos bem sabemos, por termos assistido a outros carnavais, Pinto da Costa, o irmão do célebre médico legista do Porto, tem por hábito lançar as suas diatribes contra os clubes que lhe fazem frente. Que receia, portanto.

Relativamente aos outros, aqueles que não lhe infundem o mínimo respeito, o mínimo dos temores, trata-os com punhos de renda. É, pois, todo delicodoce.

É comportamento bem conhecido, que ele assume com o cinismo habitual, aliás, evidenciado de forma a não deixar quaisquer dúvidas.

Acabo de ouvi-lo em entrevista a uma das nossa TVs - não recordo qual, por não ser importante - afirmando serenamente e com toda a suavidade e cara de pau que o SCP é uma equipa como o FCP, com muito valor, constituindo ambas, a par, as melhores equipas de futebol portuguesas.

A dias de disputar eliminatória da Taça de Portugal com o mesmo SCP e a semanas de disputar outro encontro com o SCP, para a superliguelha da treta que temos, tais palavras são razão para que os sportinguistas desentupam os ouvidos e os ponham a funcionar em condições de ouvirem.

E, depois de as terem ouvido atentamente, nelas se concentrarem muito a sério. É preciso não esquecer que o apito - já nem sei de que cor - continua por aí, até agora a bafejar dois, a partir de agora que as coisas vão aquecer mesmo, a bafejar quantos?!?

É isso, cada qual tem o apito que merece... E é bem feito, porque assim é que deve ser!
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quinta-feira, março 16, 2006

quarta-feira, março 15, 2006

697. Hong Khong – Tema 7 (final)


Vista geral, a partir do Pico Vitória
..... (Click nas fotos, para ampliar)



Hong Kong é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, estando localizada na costa sudeste daquele país.

Tem economia extremamente liberal, sendo um grande centro financeiro internacional.

Antiga colónia inglesa - hoje administrada pela RPC, no âmbito da política chinesa “um país, dois sistemas” - Hong Kong dispõe do direito constitucional de se reger autonomamente, possuindo sistema legal, moeda e serviços aduaneiros próprios, bem como capacidade de negociação de tratados (como tráfego aéreo e permissão de aterragem de aviões) e leis de imigração igualmente exclusivas.

Mantém mesmo regras de trânsito próprias, com condução pela esquerda, reminiscência do tempo do domínio inglês. Apenas a defesa nacional e as relações diplomáticas externas são atribuições do governo central, em Pequim.

Apesar de ter passado para o domínio chinês, o nome da região permanece em inglês "Hong Kong" (a pronúncia na língua local, cantonês), e não "Xiānggang" como algumas fontes sugerem (o equivalente em chinês mandarim).

Aberdeen Harbour

A região de Hong Kong foi por muito tempo estéril, rochosa, constituindo porto seguro para piratas que enxameavam aquelas paragens. Foi ocupada pelos Ingleses durante a “guerra do ópio” (1839-42).

A colónia prosperou negociando com Oriente e Ocidente, sendo passagem comercial e centro de distribuição para o Sul da China. Em 1921 os Ingleses concordaram em limitar as fortificações defensivas da colónia, o que contribuiu para a sua fácil conquista, em 25 Dezembro 1941, pelos japoneses. Foi retomada pelos Ingleses, em 16 Setembro 1945.

Após 1949, quando os comunistas assumiram o controlo do território continental (mitland), centenas de milhares de refugiados cruzaram a fronteira, estabelecendo-se em áreas urbanas de Hong Kong, tendo provocado a maior densidade populacional do mundo. Problemas de saúde, droga e crime foram alvo de programas governamentais agressivos, mas com resultados pouco práticos.

Um "sampan", em Aberdeen Harbour

Em Maio de 1967, a colónia sofreu uma onda de motins, inspirados pela revolução cultural chinesa, forçando o governo a reagir com muita firmeza, o que, durante algum tempo, azedou as relações com a China.
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Após diversos anos das negociações, a Grã-Bretanha e a República Popular da China concordaram que Hong Kong (que compreende Hong Kong, Kowloon, no continente, e os territórios novos) se transformaria uma região administrativa especial de China, o que veio a acontecer em 1 de Julho de 1997, tendo sido acordado que os seus sistemas sociais e económicos permaneceriam inalterados por um período de 50 anos. Pouco mais de dois anos após, similar estatuto foi adquirido pela vizinha Macau.

"O último junco"
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Uma estadia em Hong Kong não dispensa visitas ao impressionante centro financeiro da cidade e ainda uma subida ao Victoria Peak (vista deslumbrante, sobre a cidade e os territórios adjacentes), e deslocações à Baía da Repulsa, a praia mais famosa de HK, ao Parque da Deusa da Misericórdia, Tim Hau e, finalmente, um passeio de sampan nas águas do porto, Aberdeen Harbour.

Quem uma vez visita o territótio, por certo que regressará um dia.
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Para além das suas belezas, Hong Kong impressiona pela dimensão do aeroporto (tem, pelo menos 4 pisos, todos servidos por escadas e passadeiras rolantes e… serviço de “metropolitano” interno), pelo assombroso movimento (a cidade não dorme e os habitantes fazem-no por turnos, já que a vida seria impossível se todos estivessem acordados, a trabalhar e a movimentar-se em simultâneo).
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Repulse Bay
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O comércio nunca fecha, de tal modo que é curioso ver que existem lojas de conveniência (a título de exemplo, a conhecida cadeia “Seven Eleven”), ignorando-se com que justificação, pois que todo o comércio está aberto a noite inteira, abrandando apenas por volta das 4 da manhã, para às 5 estar tudo novamente em frenética agitação. Curiosa, igualmente, a utilização exclusiva de bambu nas estruturas de andaimes na construção de edifícios, os mais altos incluídos.

Um tão diminuto território, com tal índice populacional e pulsar ininterrupto, em que é quase impossível ter-se um momento de recolhimento isolado, fatalmente que causa no ser humano profundas mazelas psíquicas, por força de um quotidiano assombrosamente stressante.
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Sala de jantar do Bauhinia Cruise
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Quando for a Hong-Khong, não termine a visita sem um cruzeiro ao longo do porto de Victoria, com jantar a bordo, no Bauhimia Cruise. A experiência é inesquecível.

terça-feira, março 14, 2006

696. Guilin – Tema 6

Uma das mais pitorescas cidades da China é Guilin.

Tem cerca de 700.000 habitantes e está situada no nordeste da Região Autónoma de Guangxi Zhuang, na margem ocidental do Rio Lijiang, também conhecido por Li.

A sua história remonta a 314 aC, altura em que um pequeno povoado foi estabelecido ao longo da margem do rio.

Em 507 da era cristã, a localidade tomou o nome de Guizhou.

Durante a dinastia Ming, Guilin tornou-se a capital da província de Guangxi, graças à sua importância no desenvolvimento da província.

Finalmente, em 1914, outro cidade da província, com mais de 1.600 anos de História, Naning, substituiu Guilin como capital provincial.


* * *

Ludi Yan ou a Gruta das flautas de cana formou-se há uns 600.000 anos, a partir de uma caverna no rio. Tem cerca de 240m de profundidade. É famosa pelas suas formações espeleológicas.

O nome da gruta é derivado de “ludi cao” (cana), que cresce em frente da entrada e é usado para fazer flautas. As canas cobriam a entrada da gruta de tal modo que os povos da área a usaram durante séculos como esconderijo em tempo de guerra.

A gruta contém abundante espeleologia e é iluminada de uma maneira chinesa típica, com luzes coloridas. A formação é como que uma enorme cortina, chamada “rede de seda vermelha”. Há pilar maciço constituído por uma estalagmite enorme e uma estalactite cónica pequena com o nome de “pico cauda de peixe” por causa da forma.

* * *

O cruzeiro do rio Li, de Guilin a Yangshuo, é a atracção principal da visita à província do nordeste, Guangxi.

As maravilhosas paisagens proporcionam surpresas a cada volta do rio. Ao longo das margens camponeses e búfalos afadigam-se no cultivo e apanha do arroz. As crianças na escola, estudam ou brincam e os pescadores entregam-se à sua faina em jangadas de bambú.


Com cenários de cortar a respiração, é um de destinos turísticos mais impressionantes da China.

695. Shanghai – Tema 5


A Torre Jin Mao, em Shanghai, é o edifício mais alto da China e o quinto do Mundo. Situa-se no centro do distrito financeiro e comercial de Lujiazui, em Pudong.

A construção terminou em 1999. Tem 420,5m de altura. O arquiteto deste arranha-céus, Adrian D. Smith, combinou genialmente os elementos da cultura tradicional chinesa com os estilos arquitectónicos da actualidade, fazendo da Torre Jin Mao um dos edifícios melhor concebidos da China.

A Torre da TV Pérola está situada no parque de Lujiazui. Cercada pela ponte de Yangpu, a nordeste e pela ponte de Nanpu, a sudoeste, cria a figura "dos dragões gémeos que jogam com pérolas". A cena inteira é uma jóia fotográfica que excita a imaginação e atrai milhares de visitantes de todo o mundo.

Tem 468 m de altura, sendo a torre de TV mais alta do mundo e a terceira de rádio do mundo, apenas ultrapassada pelas de Toronto e de Moscovo.

Na parte ocidental de Shanghai, há um templo budista, venerado e famoso: o Templo do Buda de Jade.

Em 1882, foi construído um templo para albergar duas estátuas do Buda de jade que tinham sido trazidas de Burma por um monge. O templo veio a ser destruído durante a derrube da dinastia Qing. Felizmente, porém, as estátuas do Buda de jade foram conservadas e um templo novo foi construído na actual localização, em 1928, tendo-lhe sido dado o nome de Templo do Buda de Jade.

694. Diálogo do dia

(...)
Meanwhile, the american said:

- Well, we have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope and Johnny Cash.

Then, the portuguese replied:

- Oh! That's nothing, at all.

We have Jose Socrates, no wonder, no hope and no cash.
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segunda-feira, março 13, 2006

693. Xi’an. Túmulo do 1º Imperador – Tema 4

C om mais de 4 milhões de habitantes, Xi’an, Si’an ou Hsi’an é uma cidade chinesa, que se situa no vale do Wei. É centro industrial, comercial e turístico.

Foi capital da China, durante as dinastias Chin, Han e Tang, ou seja, sensivelmente entre 255 aC e 907 da era cristã.

Em Xi’an começava, no sentido Oriente-Ocidente, a célebre "rota da seda".

Qin Shihuang Di unificou os vários reinos que compunham a China, após o que se tornou o seu primeiro imperador. Deteve o poder de 221 a 210 aC, precisamente sob o cognome de "primeiro Imperador".

Túmulo do 1º Imperador chinês
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Iniciou inúmeras reformas, no sentido de fortificar e estabilizar a unidade política chinesa, para o que não teve dúvidas em tornar-se um tirano despótico. Entre os projectos a que deu início nesse sentido, figura a Muralha da China.

O sistema feudal de poder centralizado por ele criado foi seguido pelas dinastias posteriores.

As medidas que adoptou, como a unificação de letras, moedas, pesos e medidas, e a construção da Grande Muralha e das rodovias influenciaram a história universal.

A descoberta dos guerreiros e cavalos de terracota, verificou-se em 1974.

O túmulo de Qinshihuang situa-se no sopé do monte Lish'an a cerca de 30 quilômetros de Xi’an. Terá sido construído entre 246 e 208 aC.


À aproximação do túmulo, começa por ver-se uma colina chamada "cobertura de terra". S ob esta colina encontra-se
a tumba, que tem 7,5 quilómetros de comprimento e mais de 56 Km2 de área.

O muro interior tinha inicialmente cerca de 4 kms de comprimento e o exterior, mais de 6 kms. Actualmente apenas existem bocados do muro e o subterrâneo, com as figuras dos guerreiros e cavalos, em terracota e tamanho natural.
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692. Nu

domingo, março 12, 2006

691. A Grande Muralha da China - Tema 3


A Grande Muralha


A Grande Muralha da China, que pode ser visitada mais comodamente, a cerca de 70 quilómetros de Pequim, a capital, é uma assombrosa estrutura militar defensiva. Foi construída durante o período da China Imperial.

No total, mede entre 5.000 a 6.000 quilómetros, entre o nordeste da China e a Mongólia. Trata-se da única construção humana visível a olho nu a partir da Lua.

Desde o final da construção, A Grande Muralha passou a fazer parte da história da China com o nome de “Muralha dos Dez Mil Li” (dois Li equivalem a cerca de um Km),

Dezasseis metros, é a altura média dos respectivos muros. A sua construção iniciou-se por volta do Séc. II aC, tendo-se arrastado pelos séculos seguintes. Teve cerca de 40.000 torres de vigia e ocupou mão de obra num total de mais de 300 mil homens, entre soldados, camponeses e escravos.

O trecho mais recente foi concluído por volta de 250aC. pelo imperador Tchi Huang Ti, que a usou para proteger o território das investidas de mongóis e outros invasores.

Na construção, foram usados materiais locais. Perto de Pequim, a parede foi construída com blocos de pedras e calcário. Em outras regiões foi usado o granito e o tijolo. Nas regiões mais desérticas, a ocidente, o problema da construção foi resolvido com o recurso a várias misturas, uma das quais é a madeira áspera amarrada.

690. Beijing, Peking, Pequim - Tema 2


Praça
Tian'anmen


Pequim, Peking ou Beijing, capital da RP da China, significa Capital do Norte.

Durante séculos, foi a maior cidade do mundo. Hoje tem cerca de 11 milhões de habitantes. Localiza-se a Norte da China.

Os monumentos mais famosos são a Cidade Proibida, que foi, desde do séc. XV, o palácio dos imperadores chineses. Em 1923, a capital foi transferida para Nanquim e a cidade tomou o nome de Beiping ou Peiping (Paz do Norte).

Ocupada pelos japoneses entre 1937 e 1945, por motivo da guerra sino-nipónica, tornou-se a capital da república, com o actual nome, logo após a grande marcha de Mao Dze Dong, em 1949.


Cidade
Proibida

Sabe-se da existência de cidades na zona de Pequim no ano 1000AC, embora a sua localização exacta seja desconhecida.

Sob o comando de Genghis Khan, os mongóis arrasaram Zhongdu e reconstruíram-na a norte da capital Jin, sendo este o início da Pequim contemporânea.

Em 1403, o terceiro imperador ming, Zhu Di, deslocou a capital, para norte e chamou-lhe Beijing, ou seja, capital do Norte. A Cidade Proibida foi construída entre 1406 e 1420, seguida do Templo do Céu (1420) e de outros projectos.

Tian’anmen foi queimada duas vezes durante a dinastia Ming e finalmente reconstruida em 1651.

Em 31 Janeiro 1949, durante a Guerra Civil Chinesa, as forças comunistas entraram em Pequim sem confrontos violentos.

No dia 1 de Outubro, o PC Chinês, liderado por Mão Dez Dong, anunciou em Tian’anmen a criação da República Popular da China.
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689. O "homem de Pequim" - Tema 1


Homo erectus (pekinensis de Sinanthropus)

Entre 1929 e 1937, 14 crânios parciais, 11 maxilas inferiores, muitos dentes, alguns ossos do esqueleto e um grande número ferramentas de pedra foram descobertos na caverna mais baixa do local do “Homem de Pequim” em Zhoukoudian, perto de Pequim.


Estima-se que a idade do achado se situe
entre 500.000 e 300.000 anos. Os fósseis mais completos são:

* Em 1929, a caveira de um adolescente ou jovem.
* Ainda em 1929, a caveira de um adulto ou de um adolescente
* Supõe-se que as caveiras descobertas em 1936 pertencem a um homem, a uma mulher e a um jovem adulto.
* Em 1966 foram descobertos dois fragmentos de crânio.

A maior parte do estudo destes fósseis foi feita por Davidson Preto, até sua morte, em 1934. Foi substituído por Franz Weidenreiche que estudou os fósseis até sair de China em 1941.

Os fósseis originais desapareceram em 1941, quando foram enviados para os USA, por questões de segurança, por força da II Guerra Mundial. Restam, porém, moldes excelentes, bem como as descrições. Desde a guerra, outros fóseis do erectus foram encontrados neste local.


A foto mostra o local da entrada da caverna do Homem de Pequim.
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sábado, março 11, 2006

688. Efémero, felizmente.


ado à 1,39h de 3 de Janeiro último, e inicialmente assinado apenas por Constança Cunha e Sá, “O Espectro”, em que entretanto passou a escrever também Vasco Pulido Valente, rapidamente se constituiu no mais venenoso, maledicente e destrutivo dos blogs portugueses. A começar nos escritos de VPV e a acabar nos comentários que, de imediato, suscitavam.

Rapidamente, como acontece com tudo o que nasce para causar escândalo, teve uma subida meteórica no número de visitas.

E lá ia tudo de vento em popa, toda a gente feliz…


Pulido Valente porque não consegue recatar uma tendência natural para situações em que o confronto gratuito apenas destrói – o que deve ser destruído, diga-se em abono da verdade, mas também o que, sob pretexto algum, o não deve ser;

também uma já grossa fatia de biliosos comentadores que ali acharam local ideal para destilarem os seus venenos prêt-à-porter, a coberto do beneplácito de figura tão conhecida e importante da lusa intelligentsia, o que sempre lhes daria alguma notoriedade entre amigos e conhecidos (“sabes, pá, eu comento os artigos do Vasco, imagina tu!”) por que anseiam e que procuram a todo o custo, embora sempre no anonimato pouco corajoso.

A quem fizesse questão de preservar a própria integridade intelectual, cultural e social, porém, o que se aconselhava era que evitasse “O Espectro”.

Num rasgo de luz, os titulares do blog decidiram acabar com aquilo, despedindo-se ontem mesmo, 10 de Março. Durou a aventura nove semanas, mais dia menos dia. Efémera, pois, felizmente. Nestes moldes, claro!

Mas não se foram sem uma valente bicada em José Pacheco Pereira, o peripatético JPP (passeia-se e perora por tudo quanto seja meio de comunicação social, onde se encontre com a deusa Pecunia, sorvendo surrounding ideas para com elas brlhar na estratosfera), patrão mais do que sovina de milhentas esforçadas e incansáveis formiguinhas desconhecidas que nem a uma migalhita podem aspirar... Neste caso, sim, foi bem dada, certeira e absolutamente justificada, legítima, pois, a bicada. Valha-lhe Deus, Constança!

Estiveram bem ao fecharem a mal conformada tribuna. Perceberam as proporções alarmantes que o caso estava a assumir. Quem semeia ventos, colhe o quê?!

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Espera-se que regressem, mas, no caso de VPV, escorreito de intenções, já que escreve e analisa como muito poucos e, despido de intentos destrutivos, de maledicência, de bota-abaixismo que nem o cinismo intelectual justifica, é pensador de créditos bem firmados, não passíveis de discussão.

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quarta-feira, março 08, 2006

687. Com árbitros de apitos sem cor...




... as coisas são mais fáceis para o Sport Lisboa e Benfica.


E são mais fáceis, mesmo que as arbitragens, como a desta noite, não se mostrem muito equitativas...


Por que será?




Campeão europeu despedido do título - 0
*
Sport Lisboa e Benfica - 2
...
...
Uma vez mais ficou demonstrado que só gostamos de bater nos grandes. E na nossa Liga. A dos grandes campeões, claro!

686. Choque de duas Eras


O que estamos a assistir hoje no mundo, não é uma guerra de civilizações, nem uma guerra de religiões.

É um choque entre dois opostos, entre duas eras. É um choque entre uma mentalidade que pertence à Idade Média e outra mentalidade que pertence ao século XXI.

É um choque entre a civilização e o obscurantismo, entre a civilização e o primitivismo, entre a barbárie e o racionalismo.

É um choque entre a liberdade e a opressão, entre a democracia e a ditadura.
(...)

O blog Letras com Garfos está a exibir um vídeo de uma entrevista de Wafa Sultan, psicóloga americana de origem árabe, à cadeia televisiva Al-Jazeera, que, pela sua importância, sugiro que veja. Aqui.

Deixe correr o vídeo até ao fim. E aconselhe-o a outros. Vale a pena.
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685. Co-incineração - Autoritarismo e ingenuidade

Autoritarismo

A co-incineração de Resíduos Industriais Perigosos ficará na história da nossa democracia como protótipo da deliberação autoritária, que usa o disfarce da democracia formal para manipular cidadãos e instituições para além do que é admissível.

Alicerçado numa maioria absoluta, o Primeiro-Ministro José Sócrates no seu estilo prepotente e autoritário declara: Co-incineração dos RIP é para avançar em breve nas cimenteiras de Souselas e Sécil/Outão.

Violando a legislação em vigor e, “retocando” a seu bel prazer o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida – POPNA, versão inicial de 2003, que tinha sido submetida a discussão pública e que não permitia a co-incineração, foi alterado de modo a garantir este processo de queima de resíduos, sem que aquele procedimento legislativo tivesse sido considerado. Pura desonestidade de processos!
(…)
(extracto de um artigo de Maurício Pinto da Costa, presidente da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão e estrénuo defensor dos interesses desta região, recentemente falecido, publicado no Site da LASA)

O ilustre setubalense de adopção não podia ter sido mais certeiro na sua análise. Aliás, sabia-se que era assim mesmo. Podia-se dele discordar – e muitos o fizeram – mas havia que reconhecer-lhe os méritos e a total entrega à defesa desta sua dama que é a região de Setúbal, sem olhar a esforços ou conveniências pessoais. Com o seu passamento, Setúbal perdeu um verdadeiro e muito esforçado Amigo.

No entanto, Maurício Costa não nos deixou sem antes alertar todos quantos não estejam imbuídos de má fé ou tolhidos por interesses obscuros para mais esta malfeitoria que a Setúbal está a ser feita.

Com isso, pôs à mostra, de forma iniludível, o autoritarismo socrático que, no caso vertente, fará com que Setúbal sofra no seu ambiente e na pele e pulmões dos seus habitantes males que bem podiam ser evitados, se, da parte do primeiro-ministro com que a roda da fortuna nos "premiou", houvesse um pouco menos de autoritarismo (que nunca é pouco) e um naco mais de bom senso (que em caso nenhum é muito).

Honra lhe seja, Maurício!

Ingenuidade

Mas não há autoritarismo que não resulte, pelo menos em boa medida, de ingenuidades várias que, despertadas a posteriori para as realidades da vida, têm tendência a cair em estéreis lamentações. Razoavelmente, diz o povo que, quando a cabeça não pensa...paga o corpo.

E é assim que causam alguma surpresa as manifestações de desagrado que, um pouco por todo o lado, nas margens do Sado e também nas do Mondego, surgiram já ou se preparam para surgir.

Na verdade, com que legitimidade se revoltam e bradam aos céus, em desespero de causa, setubalenses e conimbricenses?


Efectivamente, sabiam já qual a fixação do actual primeiro ministro no domínio da co-incineração, uma vez que tudo era conhecido desde que o homem passara pela pasta do Ambiente, no governo de Guterres. Isso, não obstante ter, entretanto, sido encontrada outra solução bem menos gravosa para o ambiente natural e para as populações, inclusivamente com melhores efeitos económicos. E é bem conhecido, também, o poder inamovível que tem qualquer fixação.

A despeito de tudo, setubalenses e conimbricences não hesitaram em contribuir para que a teimosia, a arrogância e o olímpico desprezo pelo sentir de compatriotas seus, evidenciados por Sócrates, fossem presenteados com uma maioria de assentos parlamentares. Absoluta.

Duvida? Então aí ficam os resultados, para memória futura:

Na eleição da Assembleia da República, realizada em 20 de Fevereiro de 2005, os resultados nos concelhos de Setúbal e Coimbra, foram os que seguem:


Setúbal
A nível concelhio, o PS venceu as eleições com 43,11% dos votos;
em Nª Srª da Anunciada, freguesia em que está localizada a cimenteira Secil, venceu igualmente, aqui com 43,62% dos votos
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Coimbra
A nível concelhio, o PS venceu as eleições, com 45,68% dos votos;
na freguesia de Souselas, venceu igualmente, com 41,97% dos votos.


Assim sendo, cabe perguntar, tanto a setubalenses como a conimbricenses:

- Queixam-se, afinal, de quê?

- Quando decidiram, de forma esmagadora, colocar José Sócrates no poder absoluto, arrogante e autoritário do País não dispunham já de informação suficiente que lhes permitia avaliar o que o homem iria fazer no concernente à co-incineração?

É, não é? Pois…
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Q.E.D. ou, mais extensamente, Quod erat demonstrandum

terça-feira, março 07, 2006

684. VPV, inspirador de instintos proto-assassinos

Sob o título “Uma santanete”, Vasco Pulido Valente, o avinagrado cronista da praça portuguesa, deu, em “O Espectro”, blog que partilha com Constança Cunha e Sá, uma danada “sova” em Clara Ferreira Alves.

O caso não me teria merecido qualquer reparo – nem simples ocorrência levada a registo de polícia de costumes seria porque não iria além de mera zanga doméstica, embora não domesticada, sem interesse, já que a sova não passou de figura de retórica - não fora a circunstância de ter provocado uma onda de comentários tão ao jeito da idiossincrasia portuguesa do bota abaixo e da invídia assassina, em que as piores características lusas logo por atacado vieram à tona de água.

Mas, porque deu causa a todo um alarido que alguns se apressariam a apelidar de infame, resolvi intervir, em comentário ali postado, de que dou conta a seguir.

É tempo de as pessoas – principalmente os chamados opinion makers – assumirem as responsabilidades que lhes cabem na sociedade envolvente. Vasco Pulido Valente tem que ter isso em conta, sempre que se apresta para desancar alguém, já que isto não é – não pode ser – “o da Joana”, sob pena de trair a si próprio e à imagem que tem vindo a construir. Da imagem fará o que quiser; do arrastamento de outros, porém, é bom que o não faça, porque isso já lhe trará outras responsabilidades.

Viva, VPV!

Também eu não gosto da senhora em causa.

È pur...

Se não perdeu a lucidez e o sentido da conveniência e do ridículo, V., VPV, estará, a estas horas, bem arrependido de ter partejado (perdão, "parido" é mais apropriado) tal post.

É que, com ele, abriu portas para que logo surgisse, em catadupa, o pior que tem a idiossincrasia portuguesa.

Não crê? Acha que exagero? Então, convido-o a que leia com atenção o chorrilho de dores, invídias, necessidade de deitar abaixo que por aí ficou esparramado, até em alemão, imagine! Ainda por cima, cereja no topo do bolo, quase tudo anónimo, como convém a cobardolas que muitos de nós somos e, uma vez mais, aqui ficou demonstrado ex abundante.

V., VPV, é capaz de muito melhor. Está bem capacitado para ir além, muito além, da mera peixeirada de frustrados verrinosos, que da vida retiram como única satisfação não permitirem que alguém - seja quem for, até um VPV! - saia da mediocridade rastejante em que eles próprios se movimentam. A célebre invídia e necessidade de rebaixar o outro para, com isso e porque de outro modo não o alcançam, se levantarem eles, tão característica de portugas menores.

V., VPV, é capaz de bem melhor. Como já provou. Mesmo por muito ácido que se mostre - o que não constitui defeito por si só, mas é pecado mortal quando, consciente ou inconscientemente, arrasta outros menos preparados para tais aventuras.

Porquê, então, dar cobertura e, pior do que isso, suscitar uma tal merdice? Com a experiência que tem, certamente que não desconhece que, quem na merda chafurda, amerdado sai.

Ora, experimente lá apagar o post e tudo o que se lhe seguiu, pomposamente arvorado em comentário! Verá que, chegado à janela aí de casa, o sol lhe parecerá mais brilhante e primaveril... vivificante, enfim!

A vida, VPV, não é isso, negação constante e amerdamento. É, pelo contrário, afirmação, luz, construção.

A continuar como está... porra!

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Cumprimentos desanimados

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segunda-feira, março 06, 2006

683. Adivinha



Talvez ofereça um doce a quem conseguir adivinhar como se chama este senhor, grande amigo de um outro amigo setubalense, amigo esse que pôs o João Moreira Pinto a descansar por duas semanas.

Mesmo a propósito...
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Talvez mesmo ofereça mais um bolo a quem adivinhar de que zona do país vem este rico senhor.
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Errata:
Onde se lê "Moreira", leia-se "Vieira". GULP!

682. Reflexão suscitada pelo fim de semana


Raios partam a porcaria do processo
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.que nunca mais é julgado!


A continuar assim já não vai ser preciso para nada. Tudo estará já consumado.

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domingo, março 05, 2006

681. Setúbal e as Misericórdias Portuguesas





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o contrário do que correntemente se conta e escreve, tudo indica que Setúbal tenha sido a verdadeira precursora das Misericórdias Portuguesas.
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O que se conta e escreve correntemente, é que,

fundada em 1498 (lapsus calami, já que foi em 1492), pela Rainha D. Leonor (Leonor de Portugal ou Leonor de Viseu, nascida em 2 de Maio de 1458 e falecida em 17 de Novembro de 1525, foi rainha de Portugal de 1481 a 1495, pelo casamento com João II, o "Príncipe Perfeito") a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cedo viu frutificado o seu exemplo de instituição preocupada com o bem-estar dos cidadãos portugueses mais desprotegidos. (…)

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Setúbal, cujo nascimento e importância remontam a época anterior à fundação da Nacionalidade, não poderia ter ficado indiferente ao movimento (…) que pelo país alastrava.

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Assim, escassos dois anos
(na realidade, sete) após a fundação da pioneira, foi criada a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, corria o ano de 1500 (leia-se 1499).

O que se transcreve é, com as correcções assinaladas, a História oficializada de uma parte da criação das Misericórdias Portuguesas, inspirada na visão humanitária da Rainha Leonor, mulher de João II.

No entanto, não estão aqui todos os factos reais, porque estes terão começado a verificar-se muitos anos antes do nascimento da rainha e precisamente em Setúbal, não em Lisboa.

A localidade de Xetubre (ou Chetubre) parece dever o nome ao rio que lhe desagua à ilharga, actualmente conhecido por Sado. A mais antiga referência escrita conhecida a este pertence a Edrici, sábio árabe, de Ceuta, que terá vivido no tempo do fundador da nossa Nacionalidade.

Terra alagadiça, situada entre a altaneira e cristã Palmela e a insalubre e sarracena Alcácer do Sal, Xetubre teve dificuldade em afirmar-se por si própria, mesmo após a conquista de Alcácer, em 1217.

Após a conquista, Alcácer recolheu para si os benefícios de ter passado a ser cabeça da Ordem Militar de Santiago, sendo um dos rendimentos da Ordem o imposto sobre a pesca, bem como toda a tributação do tráfego de mercadorias entradas pela barra do rio.

Esta situação, porém, degenerou em conflito entre o D. Afonso III e o Mestre da Ordem de Santiago, por ambos entenderem que tal rendimento a si era devido, conflito que terminou em acordo a contento de ambas as partes.

Continha o acordo, entre outras, a cláusula que dava a Setúbal a denominação e as atribuições de "porto obrigatório" de ntrada e saída das mercadorias. Deste modo, despontou Setúbal para a importância que actualmente tem, ao passo que, em contrapartida, Alcácer do Sal começou a perder influência.

Após este pequeno parêntese, regressemos à questão da “paternidade” do espírito que levou à criação das Misericórdias Portuguesas.

No séc. XIV, Setúbal ganha algumas terras que faz incluir no seu alfoz, ou seja, espécie de circunscrição administrativa, tendo os decididos e de vistas largas setubalenses de então

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(espécie cada vez mais rara por estas bandas, já que ninguém com poderes, legitimidade e foça anímica se tem oposto às maiores malfeitorias que a Setúbal têm sido feitas pelo poder central, limitando-se a digerir tudo o que lhes obrigam a que aceitem, como a questão da estúpida (e teimosa como tudo o que é estúpido e arrogante) co-incineração, de que falaremos em outra oportunidade, bem como mais um sem números de autênticas patifarias - por exemplo, a localização, em plena cidade, do porto para exportação de automóveis que, um dia destes, deixam de ser feitos cá, como, aliás, já esteve para acontecer, com a iminência da deslocalização da Auto-Europa…)
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demarcado termo de território próprio. Isto em 1343.

Quarenta e três anos mais tarde - em 1386, portanto - no decurso de várias diligências tendentes a firmar a personalidade jurídico-político-religiosa da sua terra, os mesmos setubalenses assinaram o Compromisso (atente-se no termo compromisso, que, mais tarde - 106 anos mais tarde, note-se - haveria de ser adoptado como designação para o estatuto da Misericórdia de Lisboa e, seguidamente, de todas as restantes) da Senhora da Anunciada.

Nesse Compromisso da Senhora da Anunciada, firmavam-se os setubalenses na intenção de realizar as sete obras da misericórdia, as quais ainda hoje servem de matriz a toda a acção das Santas Casas. São elas, dar de comer aos famintos, de beber aos sedentos, albergue aos passantes, vestes aos nus, visita aos enfermos, cuidados aos presos, sepultura aos defuntos e salvação às nossas almas.

Talvez seja de bom aviso do facto fazer passar a devida notícia, para que a verdade possa ver-se reposta e o mérito atribuído a cada qual segundo o seu real merecimento.


Aqui fica já uma pequena contribuição.

* * *

Alguns factos históricos mais relevantes e as transcrições foram, com a devida vénia, bebidos de trabalho do Prof. José Hermano Saraiva. Os restantes, recolhidos em leituras diversas.



Adenda
2006.Março.05 - 18,17 horas


Circunstâncias envolventes concorrem para a defesa da tese de que terá sido em Setúbal que a Rainha Leonor bebeu a inspiração para a criação das Misericórdias, uma vez que é sabido que a Corte de então passava grandes temporadas em Setúbal e Palmela.

(Foi aqui, por exemplo, que D. João II, liquidou a conjura que se armara para o assassinar, facto que se conta em poucas palavras:

Diogo, 4º Duque de Viseu e de Beja, irmão de Leonor de Viseu, sobrinho de Afonso V, depois também Duque de Bragança, Condestável do Reino e governador do Ordem de Cristo, por agraciamento de Afonso V, gozava de especial privilégio pelo poder que detinha e por ser irmão da rainha.

Cabecilha da oposição ao Príncipe Perfeito, quando este subiu ao trono, em virtude da política centralizadora e absolutista do monarca, conjurou-se com outros fidalgos para assassinar o cunhado e o príncipe herdeiro, com o que contava poder aceder ao trono, no que foi impedido pelo próprio rei que, tendo tomado conhecimento dos planos, com o pretexto de o consultar sobre questão relacionada com os Descobrimentos, o chamou a Setúbal, onde, em 1484, o apunhalou até à morte, ao que se supõe num dos salões do edifício onde hoje funciona a sede do governo do distrito).

Não é, pois, de excluir que, tendo tido conhecimento da existência da iniciativa setubalense das Obras da Misericórdia da Senhora da Anunciada, a rainha Leonor a tenha alargado a todo o país, através da criação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a que dezenas de localidades e populações portuguesas aderiram de forma exemplar.
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quinta-feira, março 02, 2006

680. Azurara

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Para o meu amigo
AZURARA

quarta-feira, março 01, 2006

679. Sulista



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Para a minha amiga
SULISTA