sábado, março 11, 2006
688. Efémero, felizmente.
ado à 1,39h de 3 de Janeiro último, e inicialmente assinado apenas por Constança Cunha e Sá, “O Espectro”, em que entretanto passou a escrever também Vasco Pulido Valente, rapidamente se constituiu no mais venenoso, maledicente e destrutivo dos blogs portugueses. A começar nos escritos de VPV e a acabar nos comentários que, de imediato, suscitavam.
Rapidamente, como acontece com tudo o que nasce para causar escândalo, teve uma subida meteórica no número de visitas.
E lá ia tudo de vento em popa, toda a gente feliz…
Pulido Valente porque não consegue recatar uma tendência natural para situações em que o confronto gratuito apenas destrói – o que deve ser destruído, diga-se em abono da verdade, mas também o que, sob pretexto algum, o não deve ser;
também uma já grossa fatia de biliosos comentadores que ali acharam local ideal para destilarem os seus venenos prêt-à-porter, a coberto do beneplácito de figura tão conhecida e importante da lusa intelligentsia, o que sempre lhes daria alguma notoriedade entre amigos e conhecidos (“sabes, pá, eu comento os artigos do Vasco, imagina tu!”) por que anseiam e que procuram a todo o custo, embora sempre no anonimato pouco corajoso.
A quem fizesse questão de preservar a própria integridade intelectual, cultural e social, porém, o que se aconselhava era que evitasse “O Espectro”.
Num rasgo de luz, os titulares do blog decidiram acabar com aquilo, despedindo-se ontem mesmo, 10 de Março. Durou a aventura nove semanas, mais dia menos dia. Efémera, pois, felizmente. Nestes moldes, claro!
Mas não se foram sem uma valente bicada em José Pacheco Pereira, o peripatético JPP (passeia-se e perora por tudo quanto seja meio de comunicação social, onde se encontre com a deusa Pecunia, sorvendo surrounding ideas para com elas brlhar na estratosfera), patrão mais do que sovina de milhentas esforçadas e incansáveis formiguinhas desconhecidas que nem a uma migalhita podem aspirar... Neste caso, sim, foi bem dada, certeira e absolutamente justificada, legítima, pois, a bicada. Valha-lhe Deus, Constança!
Estiveram bem ao fecharem a mal conformada tribuna. Perceberam as proporções alarmantes que o caso estava a assumir. Quem semeia ventos, colhe o quê?!
...
Espera-se que regressem, mas, no caso de VPV, escorreito de intenções, já que escreve e analisa como muito poucos e, despido de intentos destrutivos, de maledicência, de bota-abaixismo que nem o cinismo intelectual justifica, é pensador de créditos bem firmados, não passíveis de discussão.
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3 comentários:
Fiquei chateado. Sério que fiquei. Estava na expectativa de me "linkarem" e assim fico desiludido sem poder acrescentar às memórias que pretendo deixar para os netos: Imaginem que até tive direito a "link" no expectro! ;)
Abraço.
Viva!
Coisas que acontecem a quem por cá anda... ;-)
Abraço
Ruben
Era coisa que eu lia e gostava. Mais da Constança, claro está...
Abraço
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