quarta-feira, setembro 08, 2004

78. "O peso das meias verdades"

Sob o título “O peso das meias verdades”, Rui Rio, presidente da câmara municipal do Porto, publicou no JN um artigo de opinião em que “destapa“ aspectos pouco dignificantes de campanhas de maldizer e "bota abaixo" que por aí andam, aos trambolhões, disfarçadas de jornalismo. E o pior é que tais campanhas e tais disfarces se acoitam em jornais que, à primeira vista, pareceriam absolutamente insuspeitos. Neste caso, o “Público”.

É claro que com engajamentos da CS e comissários políticos travestidos de jornalistas deparamos diariamente e o facto nem causa já demasiada indignação. Infelizmente.

No entanto, alguns órgãos de informação há que sempre temos considerado um pouco mais recatados e credíveis, isentos, enfim! Parece, no entanto, que o equívoco é apenas nosso. Será mesmo?

Para melhor se aquilatar, aqui fica uma pequena transcrição do artigo.

(...) "Assessor de Rio ganha mais do que Sampaio" foi a falsa ideia que se procurou dizer muitas vezes, para que, por via dessa insistência, a mentira conseguisse alcançar o estatuto de verdade. O assessor não é assessor, é o chefe de Gabinete que todos os governantes e todos os presidentes de Câmara têm, e não ganha mais do que Sampaio; ganha menos. Mais: aceitou perder uma fatia substancial do seu vencimento de origem, uma vez que - e apesar de não ser legalmente necessário - lhe propus, justamente, o limite de 75% do salário do presidente da República que é o plafond que a lei impõe para outras situações que não a sua. (...)

Para quem pretender aprofundar mais o assunto, aqui fica o link.

1 comentário:

Ricardo disse...

Quanto à falta de rigor da CS nem vale a pena comentar de tão óbvio que é. Quanto a Rui Rio há sem dúvidas aspectos positivos na sua governação, já o referi no Blog (mais rigor, prazos das obras) mas parece que este autarca tem uma visão bem estreita do que é uma cidade. Uma cidade pulsa de vida, é também um veículo para a qualidade de vida, para a promoção da cultura, do comércio e lazer. E a cidade lá se dirige para o rigor mas cada vez mais morta, sem vida, sem projectos, sem ambição. Nuno Cardoso e Rui Rio, de maneiras bem diferentes, estão a matar o Porto!