Determinado cidadão contribuinte fiscal, prenhe de boa fé, apresentou a sua declaração de IRS relativa ao ano de 2005.
Recebeu da DGCI, através de consulta online, a informação de que a declaração fora aceite em 21 de Abril de 2006, como se vê do documento que segue, no qual se consigna que o reembolso será emitido até 31 de Agosto de 2006 (deve esclarecer-se que, semelhantemente ao que sempre aconteceu, quando a DGCI diz que será emitido até determinada data, o significado é que, nos casos online, o recebimento efectivo será na data assinalada, ou seja, neste caso, 31 Agosto 2006):
Mas recebeu mais, o tal contribuinte. Recebeu uma declaração detalhada, na qual o Estado - o da sem vergonhice - reitera que o reembolso será emitido até 31 Agosto 2006. Como se pode conferir, mediante click na imagem abaixo:
Ora, como é de boas contas e está habituado a trabalhar com gente cumpridora da sua palavra, o pobre do contribuinte - que casou uma filha em 1 de Setembro passado - assumiu uma série de compromissos que supôs facilmente poder respeitar, sem problemas, uma vez que o reembolso a haver do aldrabão Estado é muito substancial e, vindo a 31 de Agosto, a 1 de Setembro estaria em seu poder, para pagar atempadamente.
E aqui entra a mentira do Estado ou seja o Estado aldrabão. Ou, no melhor dos casos, entra alguém que mente pelo Estado, alguém que leva o Estado a aldrabar o contribuinte sério e cumpridor.
É que o dito Estado, ou quem o representa de forma abusiva, sem honra nem vergonha, não cumpriu ainda - 4 dias que são passados do prazo limite - o compromisso que livremente assumiu. Nem tão pouco apresenta desculpas pelo incumprimento, não sente a necessidade - ao menos de cortesia elementar - de se justificar pelo desrepeito pela palavra dada.
Estado descarado, Estado aldrabão, Estado sem pingo de vergonha no focinho.
E o esforçado e sério, honesto e cumpridor cidadão contribuinte, que paga mensalmente ao Estado verdadeiras fortunas, lá se viu obrigado a contrair um empréstimo para solver os tais compromissos que assumira, de boa fé, esperançado na inexistente boa fé estatal.
Pagou, sim, pois, já que não é caloteiro, não é como o Estado sem vergonha. Mas está duplamente desfalcado. Do dinheiro que o Estado desonradamente lhe deve e daquele que, pelo incumprimento estatal, teve que pedir emprestado para cumprir a palavra que dera, fiado em quem não tem palavra. Mais os juros que terá que pagar religiosamente, pelo crédito pessoal que teve que pedir, pelo facto de o Estado ser arrogantemente caloteiro e malcriado. E sem pingo de vergonha naquela cara de parvo que ostenta.
Miséria a que chegámos, em que o Estado aldraba os contribuintes de forma ainda mais capciosa e miserável do que certos personagens que circulam aí pelas feiras, vendendo mulas purulentas como se de cavalos puro sangue se tratasse.
É este, pois, o estado a que o Estado chegou. Quem é que pode fiar-se em tal Estado de vergonha, sem vergonha?
E se o contribuinte, que é sério, honesto e cumpridor, perante este ranhoso Estado, procedesse de igual forma para com o patifório Estado?
Como dizem os italianos: porca miseria!
Até aqui, todos os anos, o Estado cumpria - ao menos nos reembolsos - aquilo a que se comprommetia. A partir daqui, nem isso! Isto, não obstante ter aumentado substancialmente os proventos que aufere à custa do incauto cidadão.
Miseráveis mesmo... Que andam a gozar à tripa forra com o dinheiro dos honestos e cumpridores cidadãos. Patifes!
É mais honesto - menos reprovável portanto - ir para a estrada, à noite, assaltar viajantes desprevenidos. Pelo menos sempre correria algum risco. Assim, não. É cobardia infame! E desonestidade. Não apenas intelectual!...
......
11 comentários:
Olá Ruben!
Há quantas luas...
Olhe, estou na mesmíssima. Nem mais.
Porca miseria!
Olá Ruben ;-)
Primeiro que tudo,
muitos Parabêns pelo casório da tua 'filhota'!!
...e os meus pêsames pela
patifaria que te fizeram :-(
Beijinho
Maria João
Caro Ruben:
Felicidades para a sua filha em primeiro lugar, em segundo so posso concordar consigo, mas veja que ainda ha gente que defende esses tipos e lhes de apoio, parece que de acordo com as estatisticas continuam em alta.
"Porca miseria", esta mais que bem dito.
Um abraco serrano.
Viva, Agnelo!
É bem verdade, há quantas luas...
Sabe?, andei a ver se esquecia a triste condição que nos manieta, com gente desta na garupa do poder.
Cheguei mesmo a pensar que o melhor seria adormecer e esperar que passe. O pior é que não passa, pois que, quando estes saírem, os substitutos não serão melhores. Afinal, não foram "eles", todos "eles" que, em trinta anos, nos trouxeram a esta vileza?
De modo que achei que nem valia a pena gastar o teclado com tais ruins defuntos...
Mas há dias... há sempre uns dias, em que a gente se passa e... não consegue ficar calado, porra!
Vai daí...
Aldrabões sem nível.
Abraço
Ruben
Viva, Maria João!
O que me valeu é que lá vou metendo uns funditos de parte, sempre que posso e, além disso, como não sou como o Estado cretino, liderado por cretinos piores, lá vou conseguindo ter crédito na praça.
De qualquer modo, vou ter que pagar juros.
E isto apenas porque o Estado aldrabão não me reembolsa de dinheiro que é meu, sempre foi meu e ele retém abusivamente - enriquecendo sem causa e à minha custa -, em montante suficientemente alto para que eu pudesse pagar tudo o que precisava de pagar pelo casamento e outras coisitas, ainda me sobrando uns trocos para ajuda do pagamento de férias na China e outros sítios onde a gente possa esquecer estes tratantes sem vergonha no focinho.
Beijinho
Ruben
Viva, Maria João!
Ando tão cego com esta patifaria e falta de vergonhice do Estado trafulha, vê lá tu!, que até me esqueci de te agradecer os parabéns, pela filha que casou.
Como, dos três, só me falta um, o mais novo, espero que o Estado seja, na altura, mais sério e menos mentiroso e "extremadurenho de carroça e cão", sem ofensa para ninguém...
Rebeijinho
Ruben
Viva, Al Cardoso!
Obrigado pelos parabéns.
Olhe, nesta altura está ela bem melhor do que eu, lá pelos Índicos, de lombos ao sol...
E eu aqui a vituperar as trafulhices estatais. A vida é mesmo assim...
Deixe estar, que as pessoas hão-de cansar-se e, melhor do que isso, abrir os olhos. O que eu temo, sinceramente temo, é que, ao abrirem os olhitos, deparem com outros iguais ou muito semelhantes e... se espalhem novamente.
"Isto" não tem conserto. Só fechando a loja e abrindo ao lado, noutro ramo de actividade e com gerência e clientes todos renovados.
Abraço de um vencido (não da vida, mas das finanças deste reino de trampa)
Ruben
Olá again Ruben!
...férias na China, hein?
:-) fico contente por ti!
Depois conta-me, mostra as fotos...já sabes, adoro ver!
Rebeijinho do beijinho anterior ;-)
MAria João
Alguém terá???Alguém terá???
espero sinceramente que já tenha recebido aquilo a que tem direito, mas olhe não foi o único, no meu caso também recebi com vários dias de atraso e eles colocaram no site da DGCI este lindo aviso (que não se cumpriu):
"AVISO
Relativamente aos reembolsos emitidos em 31.08.2006, informa-se:
i. No caso de pagamento dos reembolsos por transferência bancária, os mesmos serão creditados nas contas entre 48 e 72 horas após a data de emissão;
ii. Quanto aos reembolsos pagos por cheque, a respectiva recepção pelo contribuinte está dependente da entrega por correio, sendo que o prazo médio normal é de cerca de 1 semana após a data da emissão. "
Viva, José Miguel Marques!
Sim, efectivamente já recebi. No entanto, com mais de uma semana de atraso - deveria ter recebido em 31 Agosto, já que foi por depósito directo na conta, coisa que se faz no próprio dia (basta que, pelo menos,. se agende...).
O que é certo é que tive que valer-me de um crédito pessoal junto da banca, de que estou a pagar juros.
Repito: este Estado é mentiroso, aldrabão, mau pagador e faz negócios ao estilo de quem vende na feira de Carcavelos.
Abraço
Ruben
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