Noticia a RR que, instado a pronunciar-se sobre a morte do militar português, em Cabul, determinado candidato à presidência da república que temos, depois de outras considerações, teria afirmado que é altura de se reavaliar a situação relativamente ao estacionamento de contingente português no Afeganistão.
Não me surpreende, esta posição. É característica e caracteriza.
Há pessoas que, perante tais palavras se regozijariam e logo acorreriam a dizer que se trata de um alto sentido de oportunidade do candidato.
Outras pessoas seriam mais tentadas a chamar-lhe oportunismo infame.
De tal modo que logo presidente da república e primeiro ministro se apressaram a vir dizer, preto no branco, que a continuação das tropas portuguesas no Afeganistão não restá em causa. Porque não pode mesmo.
Se outro fosse o presidente da república, o que estaria agora a acontecer? Estaríamos já a reavaliar ou deixaríamos tão ingrata tarefa para amanhã, pela fresquinha?
Por mim, não classifico aquelas palavras. A tanto não quero baixar-me, porque suficientemente por baixo já as coisas andam.
No entanto, sempre proporia que, efectivamente, se procedesse a uma reavaliação. Mas não da opção de manter ou não o contingente em Cabul…
Nem tão pouco da posição do candidato perante o ocorrido.
Porque essas já estão avaliadas que baste.
Proporia, isso sim, a reavaliação de certas mentalidades e modos de estar na vida que vão tendo ainda algum acolhimento na acrítica e impreparada sociedade portuguesa.
Infelizmente...
…
sexta-feira, novembro 18, 2005
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