domingo, fevereiro 19, 2006

669. Recordando um grande português

Império

O primeiro sinal de quanto os Portugueses adoravam a Criatividade foi o da Trindade Cristã que Cabral fez passar pelo Brasil: a de Maria, Criatividade pura; a do Menino, o melhor para o mundo; a da Pomba, ocupação primeira para o homem. O segundo sinal foi o da criadoura grega da Ilha dos Amores que, no regresso de Calicut, solta os marinheiros das limitações do tempo e do espaço e, o que nunca conseguiram os Chineses, aplaude Confúcio até que se consiga atingir um alvo, depois casa com Lao-Tse, o qual declara que o primeiro dever do homem é ser aquilo que nasce, sem nenhuma obrigação social. O terceiro sinal é o do nosso Vieira com o Quinto Império em que Deus, com a totalidade do poder, substitue a mitológica deusa, símbolo da tristeza que tinha sua gente em se ver cativa, e do tempo e do espaço. Temos agora que avançar para a Criatividade-Império Final, sempre destinada a registar-se no futuro, e a que eu de bom grado chamaria Império do Cria Criando do Fica Ficando.



George Agostinho Baptista da Silva,
filósofo, poeta, ensaísta português do séc. XX, nascido no Porto, em 13 Fevereiro 1906, e falecido em Lisboa, em 3 Abril 1994.

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