terça-feira, julho 05, 2005

471. Cidadania em acção - mais questionados

No Cidadania em acção, estão a ser preparados questionários para mais três personalidades.
...

470. Late afternoon thought... (lxxxiii)

A quem mais facilmente dou a minha solidariedade
do que ao meu igual?
Ruvasa
...

segunda-feira, julho 04, 2005

469. Questão pertinente e essencial

Nesta época de antecipação de tempos que hão-de vir, uma questão pertinente, mesmo essencial, se nos coloca.

A que se deverá a circunstância de determinada sociedade humana apoiar clara e fortemente alguém que se revela trafulha?

Não será pelo facto de essa sociedade ser maioritariamente constituída por gente com mentalidade trafulha?

Não é verdade que a tendência do ser humano vai toda no sentido de estar com os seus pares, com eles se reunir, apoiá-los sem reservas? Não é a defesa do próprio clã uma das características mais assinaláveis do animal Homem?

Por outro lado, onde já se viu sociedade que abomine trafulhices
dar o seu apoio incondicional a trafulhas?

Não é mesmo um contra-senso?

Deixo esta questão, pertinente e essencial, a todos, para que meditemos. Com calma e profundidade. Porque meditar e tirar as conclusões mais correctas é bem preciso, neste Portugal de início de milénio.
...

468. Enviado novo questionamento

No blog de Cidadania em acção - movimento cívico -, poderá ver a notícia do envio de novo questionamento.
...

domingo, julho 03, 2005

467. Novo questionamento

Novo questionamento está a ser preparado.
Ver aqui
...

sábado, julho 02, 2005

466. A rir a rir... - 02072005

O melhor negócio do mundo é abrir um bordel.
Se falir e nada mais houver para comer, há sempre o recurso ao stock.
...
...

(com aceno de simpatia à Marisa)
...

465. A evanescência da grafalha

- E agora, senhoras e senhores, respeitável público, a nossa muito bonitinha e ainda mais prendada Mariazinha Pirralha, esta menina tão precoce, tão plena de sensibilidade e, por que não dizê-lo, de graciosidade infinda, não obstante a sua tão tenra idade - a fazer mesmo inveja à extrema juventude, mas igualmente a causar engulhos à graciosidade do filho da mãe simpática e capitosa e do pai que tem soluções para tudo e ideias todas elas muito boas, vai declamar, para todos nós e em primeira mão, um poemazinho, acabadinho de sair da sua mentezinha privilegiada, da sua "vervezinha" imensa. Atenção, pois. Peço o vosso silêncio, para ouvirmos a nossa poetisa de uma cana...

(bruááá... na sala, até que se faz silêncio)

- Boas tardes, minhas senhoras e meus senhores. Vou agora recitar-vos o meu poema A grafalha, que dedico a todo o respeitável público, aos meus paizinhos e manos, à minha avó que está na terra, aos meus primos que estão na Suiça, ao Senhor Presidente da República, ao Senhor Primeiro Ministro, aos Senhores Ministros, aos Senhores Deputados, aos Senhores Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim e à Banda Filarmónica "Quadrazais Sempre!" de Quadrazais do Meio. Ah! E também dedico ao menino Diniz Maria, um menino muito simpático que, além de ser uma jóia, tem uns pais que eu gostaria que fossem os meus (mãezinha e paizinho não se zanguem, tá bem? Mas é que eles são tão belos e inteligentes!...).

(cof... cof... cof... para aclarar os gorgomilos, pois então!)


A Grafalha

A grafalha
é a falha
de quem não falha.
E se a tralha
o baralha
e atrapalha,
logo ralha
com quem calha
p’ra que a falha
seja gralha…
E não falha!

Que grafalha!

Mas se a falha
que era gralha
insistir em ser só falha
ou a gralha
que era falha
já se espalha,
em limalha,
sai da palha
ou da toalha
e, ora malha,
bem na esgalha,
Deus nos valha!

Solução para tal tralha
só não a tem quem não calha:
É deitar muita poalha
mesmo ali, no “mar da palha”,
que boa gente baralha
E nos safa… Boa malha!
Essa é muito boa esgalha!
Não é assim, ó maralha?


Tirem daqui esta tralha!...

Poemeto de “Mariazinha Pirralha”

...

sexta-feira, julho 01, 2005

464. Falha? Não, gralha!

- O défice é de 6,83% !!!
- ...
- Ah, não ?! Então ?!?!
- ...
- Ah, sim ! 6,72% ?!?! Aaaaah!...

- ...
- Mas não será, sei lá...
- ...
- ... de 6,720123456789% ?!
- ...
- Porquê, perguntas tu ?!
- ...
- Para ser mais preciso...
- ...
- Sim, para dar um toque de grande profissionalismo e saber !!!...
- ...
- Mas, diz-me cá...

- ...
- ... então, houve uma falha, não ?!
- ...
- Não ?!?! Não foi uma falha ? Mas que raio foi então ?
- ...
- Uma gralha ?!?!
- ...
- Tá bem... tá certo... Foi, portanto, uma gralha e não uma falha.
- ...
- Claro !
- ...
- Pois... pois... pois... tou a... ver...
- ...
- É verdade ! Lá isso !...
- ...
- O qu'é qu'é verdade ?!
- ...
- No teclado, p's't'á claro !...
- ...
- ... baralharem-se as mãos, caraças !...
- ...
- Pois... e, em vez de se escrever f...alha...
- ...
- ... escrever-se gr...alha...
- ...
- Ok. Tá bem... tá jóia... tá tudo numa nice... Olaré pim... pim... !
- ...
- Não é, portanto, uma falha !
- ...
- Definitivamente, não é uma falha !
- ...
- Felizmente, não é uma falha !
- ...
- Sem dúvida nenhuma, não é uma falha !
- ...
- É, portanto, uma gralha !
- ...
- Definitivamente, é uma gralha !
- ...
- Felizmente, é uma gralha !
- ...
- Sem dúvida nenhuma, é uma gralha !
- ...
- Sim, prontos... Já afiambrei, pá. É uma falha !...
- ...

- Hã ?!
- ...
- Eh, pá ! Não batas mais no ceguinho !... P'l'amor de Deus, homem dum raio !
- ...

- Tá bem, carago! Uma gralha, queria eu dizer !...
- ...
- Pois... tanta conversa baralha...
- ...
- Sim, um homem não é de palha!...
- ...
- Ponto final, caraças ! Acaba lá com a tralha dessa trapalha... digo, trapalhadada...

........

Et pourtant, não sendo uma monstruosa falha, mas tão somente uma pequenina gralha... atrapalha, atrapalha, atrapalha...


........

Raios parta a sorte ! Tamos gralhidos. O quê ?!?! Outra que não é falha ?!?! Simples gralha ?!?! Mamã !!!!!!!!!!!!!!!!!

...

463. Não estávamos mesmo parados...

Logo de Cidadania em Acção, movimento cívico

Como disse no post anterior, não estávamos parados no Cidadania em Acção.

Do que já fizemos, pode tomar conhecimento aqui
...

quinta-feira, junho 30, 2005

462. Não pense que...

... estamos parados, no cidadania em acção!

Porque... não estamos mesmo!

Estamos a preparar as coisas. Que têm mesmo que ser preparadas. Não se pode agir à base de precipitação.

Muito em breve daremos mais notícias.
...

461. "Marxes"

O propriamente dito e...........o da Marmeleira

marxes.jpg Posted by Hello NB.- A caricatura do marmeleirense é de www.caricaturas.no.sapo.pt

460. A rir a rir... - 30062005

Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental.

Presta boa atenção em três dos teus amigos.

Se te parecerem normais...
...
...
(com um aceno de simpatia à Marisa)
...

quarta-feira, junho 29, 2005

459. Art Nudes

wave2000-artnudes.jpg Posted by Hello (c) artnudes - Click na imagem, para ampliar

Visite o blog. Vale a pena.
...

458. Eça de Queirós. Ano de 1871

Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral...
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada...
Os caracteres corrompidos....
A prática da vida tem por única direcção a conveniência...
Não há princípio que não seja desmentido...
Não há instituição que não seja escarnecida...
Ninguém se respeita...
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos...
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos...
Alguns agiotas felizes exploram...
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade
e na inércia...
O povo está na miséria...
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente...
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão
e tratado como um inimigo...
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências...
Diz-se por toda a parte, o país está perdido...!!!
Algum opositor do actual governo...???


NÃO...!!!

Eça de Queirós - 1871
...
(amável deferência do Aurélio, amigo desconhecido)
...

457. "Cidadania em Acção"

cidadaniaccao_cor.jpg Posted by Hello (c) 2005 Cidadania em Acção - Click na imagem, para ampliar

...

Na sequência da iniciativa levada a efeito com a publicação de um anúncio-cartaz, na edição de O Independente, de 17 de Junho, e no rigoroso cumprimento de compromisso então assumido, em comunicado igualmente divulgado, os bloguistas Azurara, Ruvasa, Sulista e Tira Nódoas vêm anunciar a criação informal de


cidadania em acção

movimento cívico e apartidário

que se bate
pela gestão criteriosa e isenta dos recursos públicos
e pela moralização da política portuguesa


com sede na Blogosfera, na morada cidadania em acção, onde esperam a visita de todos os interessados que queiram, ou não, aderir ao movimento e com ele colaborar.
...

terça-feira, junho 28, 2005

456. A rir a rir... - 28062005

As mulheres são como as moedas: caras ou coroas.
...
...

(com um aceno de simpatia à Marisa)

...

segunda-feira, junho 27, 2005

455. Com que então... com que então...!

De orçamento rectificativo em orçamento rectificativo, de semana em semana, lá continuamos de trapalhada em trapalhada.

De emoção em emoção, Portugal é uma permanente reinação em… reinação.

Atão, e o qu'é que bocemessês me disem d'atrapalhassão daquele amigo deles, o Peres A Metê-lo, na TVI da Manela, a ver se consseguia eispilicar aquela trapalhonisse toda, hã?

Bocemecê coça-me o barrigame qu'eu digo-le o qu'eu penso



456 A rir a rir... - 27062005

Uma empresa é como uma árvore cheia de macacos.

Cada um em seu galho diferente.

Uns em cima, outros em baixo.

Olhando para baixo, os macacos de cima vêem muitos rostos sorridentes, enquanto que os de baixo, olhando para cima, apenas vêem rabos.
...
...
(com um aceno de simpatia à Marisa)
...

domingo, junho 26, 2005

455. A rir a rir... - 26062005

Melancia grande e mulher brasa, é difícil que alguém coma sozinho.
...
...
(com um aceno simpático à Marisa)
...

454. Retaliemos, pois então!

No post imediatamente anterior a este, concluímos que a espanholada é merecedora das maiores traulitadas que possamos aplicar-lhe.

Então, esta agora do fecho das comportas dos rios deles é de bradar aos céus!

Não pode ficar impune!

Eles não podem ficar a rir-se de nós, os malandrins! Temos que retaliar!

Como? Fácil...

Se eles fecham as comportas dos rios deles, só temos que pagar com a mesma moeda: fechamos as dos nossos.

E, para ser mais eficaz, causar maior incómodo e raiva aos tipos e até para que fiquem a saber que connosco não se brinca, fechemos os nossos rios logo na nascente.

Bora daí!

Toca a fechar o Mondego e, principalmente, o Sado.

Deste encarrego-me eu. Quem trata do outro, hã?!

Retaliar é o mote!

Proponho para música de fundo, arrebatadora e empolgante, a “Mariquinhas da Fonte”!

Toda a gente de chave de boca em riste. Já!

Vamos nessa, qu’é uma pressa!

453. O pormenor… o pormenorzinho…

Agora que a seca anda por aí, toda a gente reclama contra a triste sorte a que estamos condenados.

O mesmo sucede quando dos invernos excessivamente pluviosos, que acabam por nos afogar em água barrenta.

Em ambos os casos, viramo-nos para Castela e outras nações da Grande Espanha e, na nossa pequenez, cá vamos resmungando.

O que acontece, invariavelmente, é que, em anos de grande pluviosidade, Espanha abre as comportas das suas barragens e… aí vai mais disto… Quando em anos de grande seca, pelo contrário, fecha as mesmas comportas e… aí não vai mais disto…

Resumindo: assim ou assado… estamos sempre tramados... e mal pagos!...

Então, resmungamos e chamamos tudo o que nos vem à cabeça a nuestros hermanos e aos nossos políticos, que celebraram, aqui há uns bons anos atrás – não recordo já se em governo do homem de Boliqueime, se no do fixe de Nafarros, se em outro qualquer, um célebre acordo ibérico que, precisamente, autoriza a que os espanholitos abram e fechem as comportas quando lhes der na real gana.

Ora, se assim é, acho justo que reclamemos contra a espanholada dum raio. Não porque tenham especial responsabilidade desta vez, mas porque, sendo espanhóis são presuntos culpados.


Os espanhóis estão fadados a nascer já com todas as culpas que a gente lhes queira atirar para cima. E eu acho que é justo que assim seja. São espanhóis? Então bem merecem umas traulitadas no toutiço semana sim, semana não. E entendo mesmo que se, em semana sim, algo correr mal e a traulitada não for aplicada, deve dar-se logo na semana seguinte, ou seja a do não, que é para não os desabituarmos.

Há que não perdoar aos malandrins. Pois se é até a eles que cabe a gravíssima responsabilidade de ainda irmos tendo algo para comer todos os dias! Se não fossem eles, a gente, com o que produz, já teria encomendado a alma ao Criador, com a vantagem, até, de lá chegarmos, bonitinhos, muito elegantezinhos, esticadinhos da silva e não os mastronços em que eles nos estão a transformar, com tanto alimento que para cá nos enviam, só para nos empanturrarem e, assim, fazerem negócio…

Portanto, quanto aos espanholitos estamos conversados. Traulitada para riba dos maganos que bem a merecem e têm bons costados para apanhar.

O que me parece excessivo é atirarmo-nos também aos nossos políticos, os tais que subscreveram o cele(b)rado acordo que deu aos nossos vizinhos e amigalhaços a possibilidade de abrir ou fechar comportas quando mais lhes convier.

E acho excessivo, porque, no fim de contas, o acordo até é bastante bom para nós. Na verdade, entendo – e julgo que bem – que o sistema é justo e devia mesmo ser muito aplaudido por nosotros.

Por várias razões, a menor das quais não será a de que os castelhanos e outros andaluzes afins precisam de condições para que a sua agricultura produza bens que nos tirem a fome. O que, convenhamos, é obra meritória. Pelo contrário, não necessitamos assim tanto de mais água ou de água a menos, porque não nos tem cabido a missão de os alimentar a eles… Nem a nós, ora essa!...

Portanto, o tratado terá sido bem acordado e redigido e estará agora a ser cumprido de forma absolutamente correcta, não havendo, pois, razões para queixumes de gente mimada.

E mesmo que achássemos que os termos do acordo não tinham sido os mais felizes e correctos, os que melhor defendem os nossos interesses, ainda assim sou de opinião de que qualquer reclamação que não passe de um mero resmungo interior, inaudível a mais de dois metros, constituiria um exagero de gente sem bom senso, que gosta de criticar e reclamar, só pelo prazer de criticar e reclamar.
Se não, vejamos:

Rezam as cláusulas do célebre acordo que os espanhóis podem abrir ou fechar as comportas, não é? E então, qual o mal, qual a admiração? Nenhum. Nenhuma. Acho que está tudo correcto. Nada há que apontar aos nossos negociadores. E chego mesmo a entender que é um exagero descomunal, uma falta de senso inominável, só possível de existir, por má fé de quem critica, a charge que esgrime com a alegação de que os espanholitos, quando da assinatura do tratado, terão dito, entre dentes e entre eles:

- Estes portuguesitos son locos, verdad?! Son locos, sin duda! Y es tan facil trampearlos, coño!

E porquê? Sim, por que razão entendo eu tudo isto, ou seja que o tratado está redigido em termos justos e não há razão para críticas aos negociadores da Alta Parte Contratante portuguesa que subscreveu tal acuerdo?

Na verdade, os espanholitos teriam que ter a possibilidade de abrir e fechar as comportas. E só eles a poderiam ter, porque elas estão em território seu e, assim, não faria sentido, por exemplo, sermos nós a irmos lá fazê-lo. Tudo bem, tudo certo, portanto. Nada a criticar.

O único lapso verificado no acordo – mas, caramba! é mesmo um mero lapso!... e, por isso, não justifica tanta fustigação dos nossos representantes no célebre acuerdo – é não ter sido consignado que os espanhóis podiam – e deviam – abrir as comportas em anos de seca e fechá-las em anos de molha!

Como se sabe, porém, tal lapso não passa de mero pormenor sem qualquer importância e, como é sabido também, de minimis non curat praetor, ou, dito de outra forma, a Alta Parte Contratante portuguesa não podia estar a preocupar-se com ninharias, porque não foi para isso que ela se constituiu.


A Alta Parte Contratante portuguesa – aliás, como invariavelmente sucede com todas as Altas Partes Contratantes portuguesas – tinha, como incumbência primeira, o patriótico dever de providenciar por que o champanhe (Freixenet, claro está, nem outro poderia ter sido!…) com que iria ser regado o acordo, estivesse fresquinho e bem borbulhante, nesse dia de tão excelente e gratificante memória ibérica.

sexta-feira, junho 24, 2005

452. É mesmo tempo de fazer qualquer coisa!

(...)
Ora, é sabido que tal não tem acontecido e, muito pelo contrário, foram malbaratados e perdidos valores fundamentais da identidade nacional.

Sendo certo que este é um problema de todos os portugueses, não pode permitir-se que, sob esta verdade, se escamoteie a responsabilidade, em primeira linha, dos políticos que nos têm governado e continuam a governar.

Na verdade – e a verdade é para se proclamar frontalmente, sem tibiezas – a forma como temos sido governados é a grande responsável pela situação em que o País se encontra. Já ninguém acredita na bondade da política e menos ainda nos propósitos dos políticos, por muito dignos que sejam, e isso é dito à boca cheia por todo o país.

Estamos a degradar, de forma irremediável, talvez, a democracia por que tanto ansiámos.

(...)

...
É tempo de agir!
-
O SITIO do Ruvasa * Design de intervenção * Terras de Azurara * It's a perfect day... Elise!
...

451. 862 anos de educação cívica

Acabo de chegar da tarefa semanal de sexta-feira de manhã.

Isso mesmo, de fazer o rancho, acrescentando mais algumas, às acções de participação na sociedade anónima que é a Auchan, proprietária do Jumbo.

Beeeeeemmmmm… (como diriam blogamigos que tenho), mas não é disso que vou falar.

Falo, sim, e muito brevemente, da educação cívica deste belo povo, à beira mar plantado, que nunca soube governar-se nem deixou que alguém, com melhores aptidões em gestão de vários recursos, materiais e humanos, o fizesse por si.

É. A educação cívica dos portugueses é um… espaaaaaanto!!!!

Nem digo porquê, já que os exemplos são tantos e tão sobrepostos uns nos outros que ainda ia causar alguma terrível baralhação nas mentes de quem tem a paciência de me ler. E, para baralhação, já basta a minha.

Apenas direi que ela – a educação cívica dos portugueses, essa mesmo – é como é

  • por causa dos 48 anos do regime parvamente autoritário que vivemos, entre 1926 e 1974
  • mas também por mor dos 31 anos que se lhe seguiram, de regime laxista e bagunceiro, entre 1974 e 2005
  • já agora que estamos com a mão na massa, por força dos 16 anos de regime trauliteiro e assassino, entre 1910 e 1926.
  • e é preciso não esquecer as responsabilidades de 767 anos de regime de geral e generalizada ignorância que antecederam todos os restantes, entre 1143 e 1910.

Na verdade, assim não era possível outro estádio de educação cívica, agora que aqui chegámos.

De uma coisa dessas, dir-se-á que era uma impossibilidade absoluta.

450. A rir a rir... - 24062005

Se ainda não encontraste a pessoa certa... diverte-te com a errada!
...
...
(com um aceno simpático à Marisa)
...

quinta-feira, junho 23, 2005

449. Late afternoon thought... (lxxxii)

Teme a suficiência
de homem de uma só letra.
Ruvasa
...

448. Que é lá isso?!?!....

Cientistas norte-americanos elaboraram um estudo de anos, findo o qual descobriram que as pessoas que têm actividade sexual insuficiente lêem os e_mails e outras peças, como os posts dos blogs, com uma mão pousada no rato.

Ei, que é lá isso?! Ora deixe a mãozinha sosssegada, tá bem?...
...
...
O bom humor da Lili não pára...
...

447. A rir a rir... - 23062005

De que adianta ser gata quando se ama um cachorro que só quer galinhas?...

(com um aceno simpático à Marisa)
...

446. A inabilidade política

Para se governar, uma condição é essencial: tacto político. Quem o não tiver, bem pode fazer as malas e ir para casa.

É necessária mesmo uma certa habilidade. Não a habilidade dos jongleurs circenses, mas o jeito necessário para lidar com as massas humanas, na medida justa, com firmeza mas sem arrogâncias desnecessárias, com compreensão dos fenómenos inerentes ao espírito e alma humanos, mas sem o laisser faire, laisser passer dos que se demitem dos deveres a que estão obrigados.

Vem isto a propósito das recentes medidas tomadas pelo governo. Os timings foram mal escolhidos, os castings desastrosos, as peças mal encenadas. Por onde andará o célebre brasileiro, Nelson de Athayde, que tão bons serviços tem prestado ao PS?

Nas medidas tomadas – que, mais coisa menos coisa, teriam que o ser e na medida em que o foram – não se tomou em consideração um modus operandi e um timing adequados e minimamente racionais, que levariam a generalidade dos cidadãos a, embora reclamando por se sentir lesada, aceitar melhor as restrições impostas.

Se as medidas duras – mas duras mesmo e sem recuos, só compreensíveis por estulta e egoísta auto-preservação – tivessem recaído sobre a classe política (que foi quem, em primeira análise, nos trouxe até onde estamos) – com cortes a direito e sem olhar a quem, com a alegação de que assim tinha que ser e, por ter que ser, por ela se começaria, para servir de exemplo, fácil é de presumir – com excelente possibilidade de acerto – que o comum dos cidadãos lá acabaria por aceitar mais uma carrada de sacrifícios. "Que remédio, mas aceitemos, pois, já que tem que ser…", concluiriam.

Bastaria que, tomadas as medidas certas relativamente à classe política, se deixasse algum tempo – duas, três, quatro semanas no máximo – para que o “povão” as assimilasse, intuindo, enfim, que, “para que actuem deste modo lá entre eles é porque a coisa está mesmo feia e há que fazer sacrifícios a sério”. E, passado esse tempo de amadurecimento, teclando no assunto para melhor o fazer chegar a todos, cimentando-o mesmo, então, sim, implementar as outras, as que atingem toda a gente.

A política é, também, uma arte. Poderá ser a do fingimento. E certamente que o é, sim. Mas tem que o ser, até para bem de quem é governado, mesmo que o não perceba.

É isso. Com decisões arrogantes e mal humoradas, sempre de má catadura, sem conta nem medida, sem timing apropriado e, acima de tudo, sem uma moralidade evidente, dificilmente se dobrará o cabo das Tormentas em que rodopiamos, rodopiamos, rodopiamos sem fim ao sabor da furiosa tempestade que nos oprime os corações e as mentes.

O pior de todos estes males é que, infelizmente, parece que nada se aprende com os erros anteriormente cometidos. O que não abona nada em favor da elasticidade intelecto-mental de quem... não aprende.

...

445. Há que estar atento aos sinais

Repentinamente, as coisas em Portugal começaram a dar demasiadamente para o torto.

O mito dos brandos costumes – falácia desde sempre, é certo – sumiu-se na bruma e a malta começou a ver que isto com lumes brandos e marinadas não ia a lado nenhum que jeito tivesse e vá de endurecer as exigências e as “brincadeiras de mau gosto”.

Subitamente, “arrastões” e manifs surgiram como se vindos do nada, de geração espontânea. São muito preocupantes a violência física de uns e a extrema virulência, ainda verbal, de outras.

E mais preocupante, porque, embora de cariz diferente, todos estes eventos têm, no fundo, uma razão de existência comum.


E não venham para a praça pública pseudo-intelectuais de bolso querer apagar centenas de intervenientes num e fazer esquecer razões - que até podem ser irrazoáveis - de outras.

O assunto é sério, não se prestando, por isso, a divagações de treta.

Quem a este estado nos trouxe tem o indeclinável dever de, pelo menos, se manter atento aos sinais, e ir tomando medidas que evitem males maiores.

Se o não fizer, com toda a legitimidade se poderá dizer que terá cometido verdadeiro crime de lesa-comunidade. Por dispor dos meios que serenem os cidadãos e, por laxismo, idiotia, arrogância ou outros, se demite de deles fazer o uso adequado.

Há que estar atento aos sinais. E actuante.
...

quarta-feira, junho 22, 2005

444. Algo me diz…

Sim, algo me diz que irei ter uma excepcional consideração pelo próximo presidente da república – seja ele quem for e apareça lá quando aparecer – que se mostre suficientemente sério, coerente e credível para cumprir dois mandatos muito semelhantes entre si.

Quero com isto dizer que não cumpra um primeiro mandato de contenção e equilíbrio, ardiloso, portanto, e um segundo – porque o último – completamente sem máscara, em desestabilização assumida, privilegiando os apaniguados e não todos os portugueses.

Algo me diz que irei ter essa especialíssima consideração por um presidente assim.

Quando?