terça-feira, setembro 28, 2004
129. Late afternoon thought... ( xxxix )
segunda-feira, setembro 27, 2004
128. Curioso, sem dúvida!
Curiosa uma tal afirmação, nesta altura. Muito curiosa mesmo, na verdade.
Quem é que teria posto tal intenção em crise? Ou o combate ao terrorismo já deixou de ser batata quente?
domingo, setembro 26, 2004
127. Late afternoon thought... (xxxviii )
126. Começou hoje
Só que havia alguém, com responsabilidades técnicas lá dentro, que ainda não tinha percebido. Faço votos por que tenha percebido agora.
sábado, setembro 25, 2004
125. Fim de festa
... há sempre alguém que resiste, / há sempre alguém que diz não... M. Alegre
Pois... Mas desta vez a resistência resistiu pouco e a questão agora é tentar descobrir quem é que ainda teve a coragem de dizer não.
Ninguém tem mais vontade de vencer o Sr. Lopes do que eu. J. Soares
Não custa a crer que assim seja. Tal como não custa a crer que o PS tenha sido assaltado por milhares de "santanetes", no exclusivo propósito de boicotar tão alto desígnio, pelo que, não votando neste candidato, não deixaram de o fazer nos outros.
124. Late afternoon thought... ( xxxvii )
sexta-feira, setembro 24, 2004
122. A sucessão do sucessor ( 1 )
Furioso com tudo e todos, vá-se lá saber porquê, Erro Só-dizes, o infeliz e contrariado sucessor de Antónimo Tu Erres na difícil tarefa de dirigir o Partido Surrealista, entrou de rompante pela sede nacional do partido e, subindo a três os degraus da escadaria principal, alcandorou-se ao piso superior e percorreu três corredores e sete umbrais de porta. Chegado ao seu gabinete de chefe supremo da surrealista gente, atirou-se para a respectiva cadeira, a já referida de chefe, atrás da secretária limpinha de papelada – sim, que Erro é pessoa que muito preza a arrumação – deu um suspiro para retomar o ritmo da respiração alterado pelo cansaço que lhe provocara a corrida desarvorada em que viera e gritou a pulmões plenos: SEGUE
quinta-feira, setembro 23, 2004
121. Late afternoon thought... ( xxxvi )
120. Textos d'ontem ( 10 )
MISSÃO DE CRONISTA - Chegaram-me ecos de que a crónica da semana passada teria sido mal recebida por alguns membros da classe docente. É evidente que, ao aceitar subscrever crónica semanal, pautando-me exclusivamente por critérios pessoais (...), critérios esses apenas balizados pelo decoro e cuidados indispensáveis a quem fala pela rádio, e orientado pelo que me pareça ser de interesse público, aceitei implicitamente o risco de, em algumas oportunidades, agradar a uns e desagradar a outros e de, em outras, acontecer precisamente o inverso. E claro que descontei o de vir a acontecer que desagrade a todos. Mas isso já é outra história. SEGUE
quarta-feira, setembro 22, 2004
118. Efeméride – "O começo do Outono"
117. Textos d'ontem ( 9 )
O PAÍS DAS MARAVILHAS - Portugal é, sem dúvida, o “País das maravilhas”, como muito bem referia Vasco Pulido Valente numa secção que, sob aquele título, assinava no semanário “Expresso”, aqui há uns anos atrás. Não acredita? Então, preste atenção a uns extractos de uma notícia publicada no Correio da Manhã, de 19 do corrente, anteontem, portanto. Passo a citar: SEGUE
116. Reflexão matinal... alheia ( 12 )
terça-feira, setembro 21, 2004
115. Late afternoon thought... ( xxxv )
mais humilde tendo a sentir-me.
Ruvasa
114. Textos d’ontem ( 8 )
A SEGURANÇA NAS ESCOLAS - A segurança dos cidadãos deve constituir questão prioritária de quem governa, a nível local como nacional. Isto porque, sem ela, as pessoas vivem atemorizadas, receando o pior e até os níveis de produção de uma sociedade insegura se ressentem notoriamente. SEGUE
113. Reflexão matinal... alheia ( 11 )
Pe Manuel Bernardes
segunda-feira, setembro 20, 2004
112. A "hora negra" e a memória deficitária...
110. Textos d’ontem ( 7 )
O UNDÉCIMO - Olá, bom dia! Nós, portugueses, temos uma característica muito sui generis. Existe na nossa idiossincrasia uma certa capacidade auto-crítica que, não obstante por vezes revestir aspectos negativos, as mais das vezes resulta extremamente salutar, por actuar como válvula de escape de terríveis tensões, quantas vezes, frustrações não menos tremendas, quase sempre. SEGUE
109. Pôr-de-sol no autódromo
108. A dignidade de uns e a indignidade de outros
Uma vez mais se constata que as nossas TVs, principalmente a do Estado, não merecem a mais pequena das considerações de qualquer pessoa decente.
Massacraram-nos com horas e horas de transmissão de provas nos Jogos Olímpicos, grande parte das quais sem o mínimo interesse e em que até os atletas portugueses obtiveram performances bem pouco condizentes com arrogâncias a que fomos assistindo.
Os atletas paralímpicos começaram a sua odisseia e apresentam já resultados notáveis, extremamente prestigiosos para o país e… que fazem as TVs? Ignoram-nos. Pura e simplesmente, ignoram-nos.
domingo, setembro 19, 2004
106. Late afternoon thought... ( xxxiii )
105. Textos d'ontem… ( 6 )
O QUE ACABA E O QUE COMEÇA - Finalmente! Estamos no último dia de 1985. Finalmente! O último dia de um ano que poucas boas recordações deverá ter deixado nas pessoas. Foi, não restam dúvidas, um ano tremendamente difícil para todos. E nunca mais chegava ao fim. Chegou hoje. Haja Deus! SEGUE
104. Reflexão matinal... alheia ( 9 )
sexta-feira, setembro 17, 2004
103. Reflexão matinal... alheia ( 8 )
102. Textos d'ontem… ( 5 )
O NATAL E A CRISE - 24 de Dezembro de 1985 – Véspera do dia de Natal. Um Natal que para uns será de fartura e alegria, reunião de família, para outros de faltas e amargura. Para todos, porém, Natal, com tudo quanto significa.Tendo conseguido o quase milagre de uma pequena pausa na agitação que constitui o meu quotidiano, dei, ontem à tarde, uma volta pela baixa de Setúbal.E, quer saber, caro ouvinte? Fiquei siderado! SEGUE
quinta-feira, setembro 16, 2004
101. Late afternoon thought... ( xxxii )
99. Textos d'ontem... ( 4 )
PARABÉNS, SETÚBAL! - A crónica de hoje quase poderia ser umas das habituais de Natal. A época é a própria, a disposição do cronista nesse sentido acentuada, estou em crer que o ouvinte não seria indiferente ao tema e o assunto de que seguidamente tratarei tem, ainda que possa não parecer, muito que o ligue à ideia que a generalidade das pessoas faz do Natal. SEGUE
98. Reflexão matinal... alheia ( 7 )
quarta-feira, setembro 15, 2004
97. Late afternoon thought... ( xxxi )
96. Textos d'ontem… ( 3 )
FERNANDO PESSOA E A GENTALHA- a grandeza e a miséria - Bom dia, caro ouvinte! Não sei qual terá sido a sua reacção ao assistir, na RTP do nosso descontentamento, ao programa dedicado a Fernando Pessoa, por ocasião da celebração do 50º aniversário da sua morte. Presumindo, todavia, que o ouvinte é português que preza os valores lusitanos e, assim, tem em bom apreço a obra pessoana e o seu autor, estou certo de que sofreu forte abalo. SEGUE
terça-feira, setembro 14, 2004
95. Agualusa e os escritores portugueses
Época - E os autores portugueses?
Agualusa - São todos terrivelmente melancólicos. Não há personagem de autor português que não se suicide no final. Os portugueses parecem alguns autores paulistas atuais, soturnos e pessimistas. E há aqueles que não escondem a nostalgia do império e inventam um herói, sempre português, que percorre a África e a América, em geral povoadas por coadjuvantes sem importância. Ultimamente, porém, tenho lido autores jovens - Francisco José Viegas e Pedro Rosa Mendes - que já conseguem olhar para as antigas colônias com olhos menos colonialistas. O maior escritor lusitano da atualidade chama-se António Lobo Antunes. Ele é difícil em sua linguagem cheia de metáforas, é mesmo exagerado e sombrio, mas, no meio de extensas zonas de sombra, encontram-se golpes luminosos. Só que há poucos portugueses com humor depois de Eça de Queirós.
Época - Por falar nisso, você não citou o Nobel José Saramago. O que você acha dele?
Agualusa - Ele pode ser um grande escritor. Memorial do Convento é um excelente romance. Mas não gosto dele. Saramago cultiva o niilismo. É um pessimista que não acredita na vida e seus livros são contaminados pelo desencanto. É difícil escrever quando se descrê completamente da vida. Um grande romance deve ser feito com raciocínio, mas também com paixão, as vísceras e o coração. Em seu último livro, Ensaio sobre a Lucidez, Saramago faz a defesa do voto em branco, o que é ridículo, pois ele se candidatou como deputado pelo Partido Comunista. José Saramago é vítima da própria descrença. É um velho.(...)
No que se refere à melancolia dos escritores portugueses, estou com Agualusa. Quanto ao resto, suicídio incluído, foi assim. Mas deixou de ser. Agualusa precisa de um aggiornamento. Comungo, porém, a ideia de que, depois de Eça, o humor fugiu da literatura cá do burgo. E boa falta faz.
Quanto ao que pensa de Saramago, uma vez mais de acordo. Na verdade, escrever sem nos riscos traçados deixar as vísceras não é escrever. É pensar sem paixão, contabilisticamente. A defesa do voto em branco? Simplesmente inefável!
Desagradam-me escritores incapazes de deixar marca de esperança nas suas obras. Como se entendessem que a escrita não deve ter por missão também o apontar de caminhos, rumos, confiança em melhores dias. Saramago é um deles. Mas está na moda o seu endeusamento. E, em literatura, como noutras actividades, as coisas funcionam muito por modas.
94. Late afternoon thought... ( xxx )
termine tão tarde na vida.
Ruvasa
93. Textos d'ontem… ( 2 )
TOLERÂNCIA - qualidade a não desprezar - O ritmo de vida da sociedade actual, para o qual decididamente não estávamos preparados, provoca-nos, quantas vezes, situações que, de modo nenhum, estariam nos nossos propósitos. SEGUE
92. Reflexão matinal... alheia ( 6 )
segunda-feira, setembro 13, 2004
91. Late afternoon thought... ( xxix )
parecer-nos sempre mais injusta a que nos atinje.
Ruvasa
90. Textos d'ontem... ( 1 )
89. Reflexão matinal... alheia ( 5 )
domingo, setembro 12, 2004
sábado, setembro 11, 2004
86. O "Sampaio" que era deles...
É no Blog Aviz, de sexta-feira, 10 de Setembro, ontem, portanto.
Vejamos a introdução:
SAMPAIO. Há, agora, uma estranha unanimidade sobre o final de mandato de Jorge Sampaio -- o que causa alguma perplexidade.
Se me é permitido, subscrevo na íntegra tudo quanto afirma FJ Viegas. É que também eu não consigo aquietar a minha perplexidade! É certo que, na opinião daqueles eleitores, o presidente era "seu". Mas...
Ora, vá ver in loco. Garanto-lhe que vale a pena.
sexta-feira, setembro 10, 2004
85. Late afternoon thought... ( xxvii )
do que o próprio mal.
84. Opinar sem alicerces
quinta-feira, setembro 09, 2004
82. Estamos mesmo em Portugal?
«Graves insuficiências e incúrias» (…)
(…) o plano de emergência era «confuso e difícil de entender».
O documento considera que os trabalhadores não conseguiram por isso avaliar cabalmente a situação e considera que «as falhas detectadas no caso deste acidente foram demasiadas e excessivamente graves».(…)
Tenho que confessar que, para mim, são duas enormes surpresas. A saber:
1 – Deu-se um acidente em 31 de Julho último e, passado que é menos de mês e meio – 40 dias mais precisamente! – o inquérito anunciado, como é de praxe, está feito e as conclusões publicitadas;
2 – Como se já não bastasse tal “despautério”, aí está a culpa posta em praça pública igualmente e com as razões que assistem ao julgamento.
Coitadinha da culpa!... Já não vai morrer celibatária?
O quê? Queriam mais? Calma! Roma e Pavia não se fizeram num dia! Demos tempo ao tempo.
Confesso mais: duas destas num só dia são dose para leão, quanto a mim. Não aguento tanta emoção!
Isto aconteceu mesmo em Portugal? Ai, sim?
81. Late afternoon thought... ( xxvi )
80. Reflexão matinal... alheia ( 3 )
quarta-feira, setembro 08, 2004
78. "O peso das meias verdades"
É claro que com engajamentos da CS e comissários políticos travestidos de jornalistas deparamos diariamente e o facto nem causa já demasiada indignação. Infelizmente.
No entanto, alguns órgãos de informação há que sempre temos considerado um pouco mais recatados e credíveis, isentos, enfim! Parece, no entanto, que o equívoco é apenas nosso. Será mesmo?
Para melhor se aquilatar, aqui fica uma pequena transcrição do artigo.
(...) "Assessor de Rio ganha mais do que Sampaio" foi a falsa ideia que se procurou dizer muitas vezes, para que, por via dessa insistência, a mentira conseguisse alcançar o estatuto de verdade. O assessor não é assessor, é o chefe de Gabinete que todos os governantes e todos os presidentes de Câmara têm, e não ganha mais do que Sampaio; ganha menos. Mais: aceitou perder uma fatia substancial do seu vencimento de origem, uma vez que - e apesar de não ser legalmente necessário - lhe propus, justamente, o limite de 75% do salário do presidente da República que é o plafond que a lei impõe para outras situações que não a sua. (...)
terça-feira, setembro 07, 2004
77. Late afternoon thought... ( xxiv )
segunda-feira, setembro 06, 2004
sábado, setembro 04, 2004
75. Ludere me putas?
Esta a designação do meu novo blog.
Crês mesmo que nele estarei apenas a gracejar, a brincar?
Credi, non ludo!
Não o creias.Não se trata de simples gracejo, mais ou menos inconsequente.
Na verdade, personagens ridículos protagonizando cenas grotescas o que são? Meras caricaturas, não?
E sempre é verdade que o ridículo mata? Se assim é, como deve ser, matemo-los, então. Pelo riso.
74. Reflexão matinal... alheia ( 2 )
sexta-feira, setembro 03, 2004
73. Late afternoon thought... ( xxii )
72. …quem ia a matar ficará morto.
O mal que se vê é aguilhão para o bem que se deseja; e mais duro, quanto mais agressivo, se bate em peito de aço, tanto mais valioso auxiliar num caminho de progresso; o querer se apura, a visão do futuro nos surge mais intensa a cada golpe novo; o contentamento e a mansa quietude são estufa para homens; por aí se habituam a ser escravos de outros homens, ou da cega natureza; e eu quero a terra povoada dos rijos corações que seguem os calmos pensamentos e a mais nada se curvam.
Mais custa quebrar rocha do que escavar a terra; mais sólido, porém, o edifício que nela se firmou. A grandeza da obra é quase sempre devida à dificuldade que se encontra nos meios a empregar, à indiferença que cerra os ouvidos do povo, e aos mil braços que logo se levantam para deter o arquitecto. Se cai sem batalha, pobre dele, podemos lamentá-lo; não o chamara o Senhor para as grandes empresas; mas se pelos menos a voz se lhe erguer clara, firme, heróica no meio do turbilhão, não foram inúteis as dores e os esforços; algum dia um novo mundo se erguerá das brumas e o terá como profeta.
Quem ia perturbar ficará perturbado, quem ia a matar ficará morto. Não é com os mesquinhos artifícios, nem com o desprezo nem com a mentira, nem pelo cansaço nem pela opressão, nem pela miséria que se vencem os que pensaram o futuro e, amorosamente, com cuidados de artista, continuamente, com firmeza de atleta, o vão erguendo pedra a pedra. É necessário que se resista enquanto houver um fôlego de vida, mas que essa resistência seja sobretudo o contacto com a realidade da força criadora; é esta que afinal tudo leva de vencida e reduz oposições a pó inútil e ligeiro.
Agostinho da Silva, "Em louvor do contrário" in “Ir à Índia sem abandonar Portugal”.
70. Nótula de pouca modéstia...
Imerecidas, é certo, as palavras aí ficam, ao alcance de todos, através do adequado link.
A imodéstia reconhecida no título acima, porém, não pode impedir-me de prevenir, desde já, que o Ricardo, que não conheço mas sei ser boa gente, tem alguma tendência para o exagero. Fica feito o aviso.