Que imenso gozo de dá ler a prosa de alguns bloguistas – melhor diria “blogueiros” – que por aí andam, despejando dos rombos aparos das enferrujadas penas coisas elevadíssimas, transcendentes, esotéricas mesmo, como as virtudes da liberdade e as da ausência de censura!...
Que gozo me dão tais leituras, creia-se!
Imagine-se que, de quem assim fala ex cathedra, afinal nem simples balls se descortinam que os encoragem a nos seus blogs conferirem a quem os lê a possibilidade de lá deixar comentários livres do execrando exame prévio, abolido há trinta anos em Portugal, mas não de todas as capelinhas, tanto quanto é dado constatar!
Não. Parecem intelectualmente inábeis o quanto baste para que se apercebam de que a triagem a que intendentemente se entregam os menoriza e lhes retira a generalidade dos argumentos que diariamente esgrimem por tudo quanto é palanque de feira ou similar. Porque não joga a bota com a perdigota. É assim como que o Tomás pregador em pegado conflito permanente com o Tomás feitor.
Escrevem e falam, falam e escrevem, peroram afinal, do que não sabem por não conhecerem nem cumprirem de conhecer.
Como diria a fadista, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto…
Está visto!
Há dias em que, observando coisas destas, me surpreendo; dias há em que, observando destas coisas, me envergonho… Muito.
Que gozo me dão tais leituras, creia-se!
Imagine-se que, de quem assim fala ex cathedra, afinal nem simples balls se descortinam que os encoragem a nos seus blogs conferirem a quem os lê a possibilidade de lá deixar comentários livres do execrando exame prévio, abolido há trinta anos em Portugal, mas não de todas as capelinhas, tanto quanto é dado constatar!
Não. Parecem intelectualmente inábeis o quanto baste para que se apercebam de que a triagem a que intendentemente se entregam os menoriza e lhes retira a generalidade dos argumentos que diariamente esgrimem por tudo quanto é palanque de feira ou similar. Porque não joga a bota com a perdigota. É assim como que o Tomás pregador em pegado conflito permanente com o Tomás feitor.
Escrevem e falam, falam e escrevem, peroram afinal, do que não sabem por não conhecerem nem cumprirem de conhecer.
Como diria a fadista, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto…
Está visto!
Há dias em que, observando coisas destas, me surpreendo; dias há em que, observando destas coisas, me envergonho… Muito.
2 comentários:
Viva Ruvasa,
Parece-me que o teu tom revela uma fase um pouco inconformada. Não uq eos argumentos não sejam válidos mas não abres janelas à esperança, a uma nota mais positiva. Será que o momento do país começa também a afectar o meu caro amigo?
Fica Bem,
Ricardo
Caro Ricardo!
Talvez que eu dê uma ideia um pouco diversa do que realmente me enforma. Na verdade, sou, sempre fui, um incorrigível optimista.
Mas há coisas que me deixam muito abalado. Esta então dos Tomases, meu caro, é das que mais me bule os nervos.
Um dia, em privado, explicarei melhor algumas das minhas posições. Não porque elas não possam ver a luz do dia (há imensa gente que me conhece e que, lendo estes escritos - aqui ou fora daqui - sabe bem do que falo e por que falo), mas tão somente porque as queria resguardar um pouco, porque não me meto em guerras. Se não for necessário.
Há, todavia, coisas que não suporto.
Nos meus blogs, tal como nos teus, tal como nos de tanta gente - talvez sem arcas encoiradas - qualquer um escreve se quiser e o que quiser e o que escrever é publicitado, sem exame prévio. Gosto muito desta forma limpa de viver a democracia que, como certamente sabes, constata-se menos nas grandes tiradas transcendentais e esotéricas do que no comezinho dia a dia do vale tudo.
Estou seguro de que me fiz compreender. E crê que sei do que falo.
Fica bem também tu, amigo.
Ruben
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