o estado a que fizeram chegar
o órgão de soberania Assembleia da República
Ontem, à noite, na RTP1, assisti a um programa simplesmente miserável, nojento.
...
Tratou-se de O estado da Nação, programa bem ilustrativo do deplorável estado de miséria moral a que os políticos, neste caso os deputados, fizeram chegar a Nação.
Como resumo de tudo aquilo a que assisti, apenas pude concluir que a Nação está podre, perfeita e completamente podre. Uma miséria! Pobre Nação, representada por tal gente.
Estou mesmo em crer que, fosse quem fosse que assistisse àquele programa, por mais calmo e controlado que normalmente seja, não terá sido capaz de manter-se sereno e objectivo.
Mas… de que tratava o programa, qual o assunto em discussão? Nada mais, nada menos do que as faltas dos deputados às votações marcadas para meados da semana passada.
Tendo assistido, a minha primeira reacção foi a de correr para aqui e desancar os intervenientes e o moderador, este por se ter limitado a ouvir e meter uma pequena farpa de quando em vez. (E, no entanto, pouco mais poderia fazer o pobre do homem, José Rodrigues dos Santos, de seu nome, que, tal como nós, estava de queixo caído, estupefacto perante a desfaçatez da atitude, as enormidades que foram saindo daquelas verborreias insultuosas para com todo um povo).
Não o fiz, porém, porque, a tê-lo feito, certamente que iria insultar alguém de forma absolutamente imprópria. Tentei, pois, aquietar-me um pouco mais, durante toda a noite e hoje, dia fora.
Como resumo de tudo aquilo a que assisti, apenas pude concluir que a Nação está podre, perfeita e completamente podre. Uma miséria! Pobre Nação, representada por tal gente.
Estou mesmo em crer que, fosse quem fosse que assistisse àquele programa, por mais calmo e controlado que normalmente seja, não terá sido capaz de manter-se sereno e objectivo.
Mas… de que tratava o programa, qual o assunto em discussão? Nada mais, nada menos do que as faltas dos deputados às votações marcadas para meados da semana passada.
Tendo assistido, a minha primeira reacção foi a de correr para aqui e desancar os intervenientes e o moderador, este por se ter limitado a ouvir e meter uma pequena farpa de quando em vez. (E, no entanto, pouco mais poderia fazer o pobre do homem, José Rodrigues dos Santos, de seu nome, que, tal como nós, estava de queixo caído, estupefacto perante a desfaçatez da atitude, as enormidades que foram saindo daquelas verborreias insultuosas para com todo um povo).
Não o fiz, porém, porque, a tê-lo feito, certamente que iria insultar alguém de forma absolutamente imprópria. Tentei, pois, aquietar-me um pouco mais, durante toda a noite e hoje, dia fora.
...
Não o consegui totalmente, todavia. A indecência foi tal que não me é possível calar a revolta, a tremenda indignação, a vontade de apedrejar alguém. É isso! Nós, sim, estamos a precisar de uma “intifada”! Urgentemente.
Para quem não assistiu àquela miserável demonstração de arrogância, insensibilidade e descaramento perante os deveres “profissionais”, de representação a nível do Estado e sociais a que estão obrigados, sempre direi que não os vou aqui reproduzir, porque não conseguiria. E não conseguiria, não apenas por recear que me dê alguma coisa má a meio, como porque não seria capaz de me manter num nível aceitável de responsabilidade e seriedade pessoal, mesmo de educação. É que, porra!, há coisas que um homem não pode aguentar nem admitir sem revidar por todos os meios ao seu alcance, tal a afronta!
Direi, assim e apenas, que nunca vi tamanha desfaçatez, tamanha arrogância, tamanha falta de senso e de pudor a nível político, social e de Estado.
Os deputados que ali estiveram, falando em seu nome e no dos partidos PS, PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda demonstraram à evidência, que não têm o mínimo respeito pelos deveres do cargo, que se estão positivamente marimbando (para não dizer cagando) para os eleitores, que o Estado, para eles, não passa de uma coutada privada, onde procedem como bem entendem, não se sentindo minimamente obrigados a prestar contas pela sua mais do que provada incompetência funcional e social e, pior do que isso, relapso incumprimento dos mais estritos deveres de um representante do Estado Português.
Numa qualquer mexeruca empresa privada, de vão de escada, estavam todos na rua, já, com a mais das evidentes justas causas, sem direito a qualquer indemnização.
Na Assembleia da República que temos, contudo, continuam impunemente a jactar-se em público, perante a maior audiência possível em Portugal, a das televisões, absolutamente incólumes e prontos para outra bárbara graçola do género.
E ninguém lhes vai à mão, porque o eleitor português é cobarde, além de, por falta de preparação escolar, cultural e cívica, não ter sentido crítico e, talvez por ser, ele também, avesso ao cumprimento de deveres impostergáveis, tudo deixa passar a estes senhores, tudo lhes perdoa e, quando do momento de votar, lá vai, subservientemente dar-lhes de novo o voto.
Para quem não assistiu àquela miserável demonstração de arrogância, insensibilidade e descaramento perante os deveres “profissionais”, de representação a nível do Estado e sociais a que estão obrigados, sempre direi que não os vou aqui reproduzir, porque não conseguiria. E não conseguiria, não apenas por recear que me dê alguma coisa má a meio, como porque não seria capaz de me manter num nível aceitável de responsabilidade e seriedade pessoal, mesmo de educação. É que, porra!, há coisas que um homem não pode aguentar nem admitir sem revidar por todos os meios ao seu alcance, tal a afronta!
Direi, assim e apenas, que nunca vi tamanha desfaçatez, tamanha arrogância, tamanha falta de senso e de pudor a nível político, social e de Estado.
Os deputados que ali estiveram, falando em seu nome e no dos partidos PS, PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda demonstraram à evidência, que não têm o mínimo respeito pelos deveres do cargo, que se estão positivamente marimbando (para não dizer cagando) para os eleitores, que o Estado, para eles, não passa de uma coutada privada, onde procedem como bem entendem, não se sentindo minimamente obrigados a prestar contas pela sua mais do que provada incompetência funcional e social e, pior do que isso, relapso incumprimento dos mais estritos deveres de um representante do Estado Português.
Numa qualquer mexeruca empresa privada, de vão de escada, estavam todos na rua, já, com a mais das evidentes justas causas, sem direito a qualquer indemnização.
Na Assembleia da República que temos, contudo, continuam impunemente a jactar-se em público, perante a maior audiência possível em Portugal, a das televisões, absolutamente incólumes e prontos para outra bárbara graçola do género.
E ninguém lhes vai à mão, porque o eleitor português é cobarde, além de, por falta de preparação escolar, cultural e cívica, não ter sentido crítico e, talvez por ser, ele também, avesso ao cumprimento de deveres impostergáveis, tudo deixa passar a estes senhores, tudo lhes perdoa e, quando do momento de votar, lá vai, subservientemente dar-lhes de novo o voto.
...
É atitude de cobardia inaudita e retinta estupidez e, por conseguinte, faz jus a tratamento destinado a atrasado mental. Porque o é. Nestas condições, evidentemente que o é.
Mas... que haja um certo wise-guyism no cidadão comum, espertalhaço de um raio, campónio armado em sabichão das dúzias e enganador de tolos, não está correcto, mas, enfim, há que dar um desconto, por falta de base, a basesinha de que falava Eça... Num representante político de órgão de soberania do nível que deveria ter a Assembleia da República, é absolutamente inadmissível e não pode passar sem a devida sanção.
...
Porque estavam a representar os respectivos partidos, aqueles senhores forneceram todas as razões para a imediata dissolução da AR, sem mais argumentação.
Mas... que haja um certo wise-guyism no cidadão comum, espertalhaço de um raio, campónio armado em sabichão das dúzias e enganador de tolos, não está correcto, mas, enfim, há que dar um desconto, por falta de base, a basesinha de que falava Eça... Num representante político de órgão de soberania do nível que deveria ter a Assembleia da República, é absolutamente inadmissível e não pode passar sem a devida sanção.
...
Porque estavam a representar os respectivos partidos, aqueles senhores forneceram todas as razões para a imediata dissolução da AR, sem mais argumentação.
...
Um parlamento nacional integrado por gente deste quilate, que não respeita a próprio órgão de soberania que integra, não respeita quem a elegeu, não respeita o país, perdeu toda a legitimidade e deveria ser, de imediato, posta a andar dali para fora, através da dissolução.
Para terminar, vivamente aconselho a quem não tenha assistido à miserável performance, de ontem à noite, dos pais da pátria que os… tem que aturar – performance que, aliás, se vem a acrescentar a tantas outras que a antecederam – a que solicite à RTP, uma de duas:
- que emita uma vez mais o dito programa, com aviso prévio, para que toda a gente possa assistir;
- que disponibilize uma cópia da gravação do mesmo.
Tenho a certeza de que não acreditará no que verá e ouvirá, mas talvez que lhe faça bem ver com os próprios olhos e ouvir com os próprios ouvidos. Com olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Finalmente, felicito todos quantos, não obstante as desconsiderações anteriormente sofridas e mais esta, irão continuar, em rebanho, ordeiro como convém, a oferecer o voto em bandeja de cristal – quiçá da Boémia – a quem apenas merece ser devolvido à procedência por incumprimento de contrato social e político, assim lhes fornecendo novos ensejos para que lhes defequem em cima, em público, com o maior dos desprezos e desvergonhas.
Para terminar, vivamente aconselho a quem não tenha assistido à miserável performance, de ontem à noite, dos pais da pátria que os… tem que aturar – performance que, aliás, se vem a acrescentar a tantas outras que a antecederam – a que solicite à RTP, uma de duas:
- que emita uma vez mais o dito programa, com aviso prévio, para que toda a gente possa assistir;
- que disponibilize uma cópia da gravação do mesmo.
Tenho a certeza de que não acreditará no que verá e ouvirá, mas talvez que lhe faça bem ver com os próprios olhos e ouvir com os próprios ouvidos. Com olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Finalmente, felicito todos quantos, não obstante as desconsiderações anteriormente sofridas e mais esta, irão continuar, em rebanho, ordeiro como convém, a oferecer o voto em bandeja de cristal – quiçá da Boémia – a quem apenas merece ser devolvido à procedência por incumprimento de contrato social e político, assim lhes fornecendo novos ensejos para que lhes defequem em cima, em público, com o maior dos desprezos e desvergonhas.
...
É urgente varrer o país. Por questão de dignidade, é muito urgente que o país seja liberto do lixo que o envergonha.
...
* * *
Há que varrer o país, sim. Mas quem é que tem a coragem de meter mãos à obra?
Eu estou pronto para dar a minha contribuição. Quem mais?
...
Há que varrer o país, sim. Mas quem é que tem a coragem de meter mãos à obra?
Eu estou pronto para dar a minha contribuição. Quem mais?
...
8 comentários:
Eu! Foi efectivamente um espectáculo deplorável que avacalhou definitivamente a instituição.
São estes os Xicos espertos do país.
Parabéns pela Galeria dos pesadelos.
Cpts.
Desgovernos
Viva, Abel!
A noite de ontem foi, para mim, uma das mais tristes da minha vida.
Foi o momento em que confirmei - se é que algo havia para confirmar - que somos tratados como indigentes mentais por gente sem o menor nível.
Relativamente à Assembleia da República, não podia ter batido mais no fundo. Ficou de rastos, a chafurdar na lama.
Aqueles - e outros como eles, que temos visto - são os tipos que nós, verdadeiros idiotas, andamos a meter no Parlamento.
Maior indigência moral não vejo onde seja possível.
Abraço
Ruben
Tambem vi quase todo o programa e achei-o um nojo!...Á excepção de um assunto
(relativo à questão dos perigos da mudança de sistema eleitoral, defendida pelo ps e psd, que só retira assento parlamentar aos pequenos partidos), considerei
que tudo o que ali disseram, só os defendia a eles deputados e foi um autêntico atentado à integridade intelectual e moral dos votantes!
MAs para muitas pessoas/votantes, se calhar, até é bem feita...são os deputados que elegeram e que merecem ter como seus representantes.
Amigo Ruben,
Eu tambem acho que se deve "varrer" o país mas
uma curiosidade:
a tua ideia de contribuição passa por, em cada eleição, votar-se em branco? É que só isso não chega nem nunca vai solucionar o problema porque essa gentalha vai ser sempre eleita na mesma só com meia dúzia de votos que seja. Ou pensas que teriam vergonha na cara e não ocupariam os cargos/tachos na mesma? Temos é que lá pôr as pessoas certas para combater as erradas.
Penso eu de que....
Beijinho
É pá! O que eu perdi!
Não. Não vi essa coisa. Mas fiquei desejoso.
Vou fazer um email à RTP.
Atenção, que nestas coisas de deputados, eu acredito em tudo!
Viva, Maria João!
Não! Não é votar em branco.
Primeiro, porque votar em branco ou abster-se é abrir a porta às maiores aldrabices eleitorais que se possam imaginar.
Se deixas o voto em branco ou te absténs, podes ter a certeza que, mais dia menos dia, acontece que o teu voto foi alterado e apareces a votar em alguém.
Quando do apuramento inicial (o do dia da eleição) é extremamente fácil transformar um voto em branco num voto em qualquer das listas e igualmente, transformar uma não ida tua às urnas numa "ida" com voto em quem tu não queres. De caras.
Há regiões inteiras do país - distritos quase completos - em que as mesas de voto são constituídas apenas por gente de um só partido, quando muito de dois da mesma área política. Como perceberá quem não for tolo, isto presta-se às maiores aldrabices. Aldrabices que, aliás, já foram suficientemente relatadas em várias eleições.
Tenho dito isto dezenas de vezes e as pessoas parece que não acreditam!
A única forma de isto entrar nos eixos, cumprindo os eleitores o dever cívico, demonstrando que são cidadãos cumpridores e não como estes políticos que nada respeitam nem se respeitam, é ir às urbnas e votar NULO, ou seja, ANULAR O VOTO de qualqer forma, por exemplo, traçando uma cruz a todo o tamanho do boletim.
Esta é a única forma decente e correcta de proceder, evitando, ao mesmo tempo, vigarices.
Se em qualquer eleição, aparecerem 15 ou 20% de votos nulos, o escândalo será tão grande que algo terá que ser feito, pois não será possível esconder o assunto, como até agora se vai fazendo. Um escândalo destes não se propagaria apenas pelo país, mas correria mundo, através de todas as agências noticiosas. Seria uma vergonha para os políticos que nos desgovernam e envergonham. Seria um atestado de mau comportamento que lhes passaríamos, perante o todo o país, a Europa, o mundo.
Espero que isto seja compreendido e seguido, pois que, de contrário, continuaremos a ser gozados por estes políticos de meia tijela que não merecem a mínima consideração.
Há que envergonhá-los, despi-los em praça pública, nmostrar o que verdadeiramente são, para exemplo imediato e futuro.
Somos homens, gente de bem, com dignidade ou estúpidos cordeiros, sempre prontos para a degola?
E sempre será melhor uma atitude destas do que ir deixando encher o saco das amarguras e revoltas e um dia desatar tudo aos tiros.
Porque, minha amiga, é assim que elas começam... Ou duvidas?
Mesmo na nossa História, não é preciso ir muito longe para ver o que pode acontecer. A I República foi uma vergonha nacional, uma monstruosidade, com assassínios horrorosos e arbitrariedades e patifarias sem nome. Queremos ver repetida o horror que foi a I República e que acabou por descambar no 28 de Maio de 1926?
As coisas estão a levar o mesmo caminho, Maria João. E as pessoas parece que estão transformadas em zombies, alheadas de tudo... até que a desgraça lhes caia em casa, altura em que será tarde, por nada já se resolver sem mortos e feridos.
Não vemos todos os dias na forma como acabam as coisas, mesmo aqui, à beira da Europa? Na Europa, ela mesmo?
Estamos à espera de quê? Que esta gentinha rasca, que não sabe cumprir nem quer os seus deveres, nos defenda de tais males? Mas se são precisamente eles que os provocam!...
Por outro lado, não deves estar preocupada com os pequenos partidos ou com os grandes partidos.
Temos que estar preocupados, isso sim, é connosco. Os partidos são meros instrumentos. Não são um fim; apenas um meio, um instrumento. O que conta são os portugueses. Tudo o resto são "papas e bolos para enganar tolos". E é com essas tretas que eles, os que nos tramam a vida, nos vão engrolando.
Basta! Deixá-los continuar à solta como até aqui é sinal de muita estupidez. Nossa, claro!
Beijinho
Ruben
Viva, Agnelo!
Uma verdadeira miséria moral!
Abraço
Ruben
Ruben,
eu enganei-me. Não queria dizer voto em branco, mas sim, voto NULO, óbviamente.
E concordo com quase tudo que disseste agora mas falta o resto...claro que os partidos são só os instrumentos mas se tirarmos de lá só alguns, os outros mantêm-se. o problema que te expus, mantêm-se com o voto nulo.
Beijinho
Viva Amigo Ruben
Graças a Deus não vi o programa em causa, mas já há algum tempo que me vai faltando vontade para ver e ouvir essa "malta" que diz representar os partidos e que deveria estar na AR a representar o POVO.
Mas a realidade é esta, são os partidos que indicam, sem qualquer votação prévia dos seus militantes e do POVO que os há-de eleger.
Por este processo não vamos a lado nenhum e a Democracia corre o perigo de ser mal entendida, dados os ataques ao seu "pudor" por parte de tais "senhores".
A solução para uma eventual melhoria para a eleição dos representantes aos vários Orgãos do Estado e para os indigitados para os governantes que terão de administrar o País, passa por um grande movimento de cidadãos,
sempre difícil de aglutinar, que mostrasse um cartão vermelho, directo, a tais "senhores", para exemplo e que, ao mesmo tempo, como há muito se exige, fossem instituídos os "círculos uninominais", de escolha e eleição directa dos cidadãos, por forma a que a AR não seja um simples suporte dos partidos e dos governos, mas sim um ORGÃO FISCALIZADOR E LEGISLATIVO, sempre com sentido de Estado, para organização e defesa do País e dos seus cidadãos (os melhores e mais comprensivos do Mundo).
E mais não digo, senão começo a disparatar por tão mal me sentir pelos maus exemplos que governantes e eleitos vêm dando a este País de brandos costumes.
Um abraço
AA
Enviar um comentário