Depois de tanto proselitismo, tanto marketing em tudo quanto é areópago de condicionamento da opinião pública, nos States e fora deles, reunidos tantos recursos, humanos e materiais, e utilizados em prol da candidatura de John Kerry à presidência dos USA, depois mesmo de os barómetros de opinião darem ao candidato Democrata um favoritismo que se proclamava imbatível, eis senão quando, subitamente, ele e Bush estão com possibilidades absolutamente iguais (48% para cada) de vencerem as eleições de Novembro. Mesmo antes da realização da Convenção Republicana.
Há que confessar alguma surpresa. O que era dado já como adquirido e irreversível, tem estado a reverter de forma surpreendente.
Desta constatação se retira que ou tudo não passou de canhestra intoxicação da opinião pública, nos termos a que por cá vamos assistindo também, sempre que se aproximam actos eleitorais, ou, então, a partir do momento em que as coisas começaram a ter que se clarificar, obrigando o candidato pré-vencedor a mostrar-se mais – consequentemente a expor de forma iniludível as suas evidentes insuficiências que, ou muito se aproximam das bem conhecidas do adversário ou, quando menos, em grande medida as atenuam por comparação – o cenário foi mudando até que, no momento, o empate é o resultado quiçá mais justo. Por nenhum merecer a vitória.
Por tudo quanto tem sido possível observar através de variadas fontes informativas consultadas, a ideia que fica é a de que, se Bush, ao longo do presente mandato, descontadas as graves dificuldades com que se defrontou, que nenhum seu antecessor recente sofreu, tem revelado um inusitado rol de inabilidades, gaffes monumentais e inadmissíveis e até incapacidades de ordem política – e parece que nem só –, uma vez Kerry na Sala Oval, as coisas não apresentariam melhorias significativas, se é que não tenderiam a agravar-se.
Esta a percepção – que se admite errónea – perante tudo quanto se tem visto, lido e ouvido. Trata-se, pois e aqui, de simples conjectura, análise, subjectiva como todas.
O que já não se afigura mera hipótese académica, mas certeza inafastável é que nem um nem outro serão o presidente de que os USA e o Mundo necessitam.
Disso, porém, já não se pode cuidar aqui. Terão que ser os americanos a ajuizar e a tomar a decisão que muito repercutirá no seu futuro. Também no do resto do Mundo, claro, mas eles podem agir de forma a que as coisas se encaminhem num sentido ou no outro, enquanto que os não americanos não dispõem dessa faculdade.
Eleitor yankee, eu anularia o voto. Sem remissão.
Uma vez na câmara, não resistiria, como em Portugal não resisti já, a votar nulo, inutilizando o boletim com a aposição de quadra mais ou menos poética, mais ou menos brejeira, embora não lesiva de olhos e ouvidos sensíveis, redentora, isso sim, de tensões emocionais produzidas por insatisfação, rejeição e até mesmo… impotência.
Há que confessar alguma surpresa. O que era dado já como adquirido e irreversível, tem estado a reverter de forma surpreendente.
Desta constatação se retira que ou tudo não passou de canhestra intoxicação da opinião pública, nos termos a que por cá vamos assistindo também, sempre que se aproximam actos eleitorais, ou, então, a partir do momento em que as coisas começaram a ter que se clarificar, obrigando o candidato pré-vencedor a mostrar-se mais – consequentemente a expor de forma iniludível as suas evidentes insuficiências que, ou muito se aproximam das bem conhecidas do adversário ou, quando menos, em grande medida as atenuam por comparação – o cenário foi mudando até que, no momento, o empate é o resultado quiçá mais justo. Por nenhum merecer a vitória.
Por tudo quanto tem sido possível observar através de variadas fontes informativas consultadas, a ideia que fica é a de que, se Bush, ao longo do presente mandato, descontadas as graves dificuldades com que se defrontou, que nenhum seu antecessor recente sofreu, tem revelado um inusitado rol de inabilidades, gaffes monumentais e inadmissíveis e até incapacidades de ordem política – e parece que nem só –, uma vez Kerry na Sala Oval, as coisas não apresentariam melhorias significativas, se é que não tenderiam a agravar-se.
Esta a percepção – que se admite errónea – perante tudo quanto se tem visto, lido e ouvido. Trata-se, pois e aqui, de simples conjectura, análise, subjectiva como todas.
O que já não se afigura mera hipótese académica, mas certeza inafastável é que nem um nem outro serão o presidente de que os USA e o Mundo necessitam.
Disso, porém, já não se pode cuidar aqui. Terão que ser os americanos a ajuizar e a tomar a decisão que muito repercutirá no seu futuro. Também no do resto do Mundo, claro, mas eles podem agir de forma a que as coisas se encaminhem num sentido ou no outro, enquanto que os não americanos não dispõem dessa faculdade.
Eleitor yankee, eu anularia o voto. Sem remissão.
Uma vez na câmara, não resistiria, como em Portugal não resisti já, a votar nulo, inutilizando o boletim com a aposição de quadra mais ou menos poética, mais ou menos brejeira, embora não lesiva de olhos e ouvidos sensíveis, redentora, isso sim, de tensões emocionais produzidas por insatisfação, rejeição e até mesmo… impotência.
3 comentários:
Caro Ruvasa,
Preocupante é termos uma Comunicação Social que divorciou-se do seu papel, a Informação, e dedica-se a orientar as vontades. Basta dois ou três comentadores dizerem que Kerry é incoerente para a ideia colar, mesmo que as incoerências de Bush já são tantas que às vezes duvido que ele ainda saiba qual é o seu nome. Kerry parece-me um candidato muito vulnerável à CS e ao politicamente correcto mas parece-me estar a anos luz da estupidez macabra do seu adversário. Mas estou convencido, até porque a CS anda numa fase patrioteira (para não dizer patriótica, já que de certeza os interesses da América não são para aqui chamados), que Bush vai ter mais 4 anos para enriquecer amigos e familiares e para inviabilizar ainda mais os sonhos que tenho para este planeta.
Por fim e paralelamente veja-se como rapidamente, em menos de uma semana, a imagem de Sócrates passou de político corajoso para um político semelhante a Santana Lopes, como se este último até fosse coerente no populismo e concorresse agora um "Wanna be" a populista. Faço uma sugestão... quando a CS dá uma suposta notícia apontar num papel os factos e com eles analisá-los sem comentários. As conclusões podem ser surpreendentes.
Viva, Ricardo!
Concordo contigo quanto à CS que temos. Na verdade, o que por aí se vislumbra é mau demais para que qualquer observador externo acabado de chegar considere ser possível de verificar-se.
No caso presente, contudo, a nossa CS não tem culpas. Algum dia haveria de acontecer... É que ela nada influi na determinação da vontade do eleitor americano.
Quando escrevi o que escrevi estava a cingir-me ao que tenho visto, lido e ouvido nos "media" internacionais, preferentemente os americanos, já que estão em causa própria. E o que eles reflectem de um candidato e do outro, valha-nos Deus!
É caso para dizer-se:
- Por favor, tragam-me o senhor da terceira "row"!
De qualquer modo, Luís, implicitamente pareces reconhecer que, dos dois, o melhor seria... nenhum.
Infelizmente para ti, vais ter que sofrer os efeitos da vossa decisão, qualquer que ela seja.
God preserves America, yet!
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