Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Aqui se vão deixando pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim!... E assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio - 23.07.2004
SUA MAJESTADE O REI DOS BELGAS,
Guy VERHOFSTADT - Primeiro-Ministro; Karel DE GUCHT - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHECA,
Stanislav GROSS - Primeiro-Ministro; Cyril SVOBODA - Ministro dos Negócios Estrangeiros
SUA MAJESTADE A RAINHA DA DINAMARCA,
Anders Fogh RASMUSSEN - Primeiro-Ministro; Per Stig MØLLER - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA,
Gerhard SCHRÖDER - Chanceler Federal; - Joseph FISCHER - Ministro Federal dos Negócios Estrangeiros e Vice-Chanceler Federal
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESTÓNIA,
Juhan PARTS - Primeiro-Ministro; Kristiina OJULAND - Ministra dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA HELÉNICA,
Kostas KARAMANLIS - Primeiro-Ministro; Petros G. MOLYVIATIS - Ministro dos Negócios Estrangeiros
SUA MAJESTADE O REI DE ESPANHA,
José Luis RODRÍGUEZ ZAPATERO - Presidente do Governo; Miguel Angel MORATINOS CUYAUBÉ - Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FRANCESA,
Jacques CHIRAC - Presidente; Jean-Pierre RAFFARIN - Primeiro-Ministro; Michel BARNIER - Ministro dos Negócios Estrangeiros
A PRESIDENTE DA IRLANDA,
Bertie AHERN - Primeiro-Ministro (Taoiseach); Dermot AHERN - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITALIANA,
Silvio BERLUSCONI - Primeiro-Ministro; Franco FRATTINI - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CHIPRE,
Tassos PAPADOPOULOS - Presidente; George IACOVOU - Ministro dos Negócios Estrangeiros
A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LETÓNIA,
Vaira VĪĶE FREIBERGA - Presidente; Indulis EMSIS - Primeiro-Ministro; Artis PABRIKS - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LITUÂNIA,
Valdas ADAMKUS - Presidente; Algirdas Mykolas BRAZAUSKAS - Primeiro-Ministro; Antanas VALIONIS - Ministro dos Negócios Estrangeiros
SUA ALTEZA REAL O GRÃO-DUQUE DO LUXEMBURGO,
Jean-Claude JUNCKER - Primeiro-Ministro, Ministro de Estado; Jean ASSELBORN - Vice-Primeiro-Ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Imigração
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA HUNGRIA,
Ferenc GYURCSÁNY - Primeiro-Ministro; László KOVÁCS - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DE MALTA,
The Hon Lawrence GONZI - Primeiro-Ministro; The Hon Michael FRENDO - Ministro dos Negócios Estrangeiros
SUA MAJESTADE A RAINHA DOS PAÍSES BAIXOS,
Dr. J. P. BALKENENDE - Primeiro-Ministro; Dr. B. R. BOT - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE FEDERAL DA REPÚBLICA DA ÁUSTRIA,
Dr. Wolfgang SCHÜSSEL - Chanceler Federal; Dr. Ursula PLASSNIK - Ministra Federal dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA POLÓNIA,
Marek BELKA - Primeiro-Ministro; Włodzimierz CIMOSZEWICZ - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA,
Pedro Miguel DE SANTANA LOPES - Primeiro-Ministro; António Victor MARTINS MONTEIRO - Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESLOVÉNIA,
Anton ROP - Presidente do Governo; Ivo VAJGL -Ministro dos Negócios Estrangeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESLOVACA,
Mikuláš DZURINDA - Primeiro-Ministro; Eduard KUKAN - Ministro dos Negócios Estrangeiros
A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA FINLÂNDIA,
Matti VANHANEN - Primeiro-Ministro; Erkki TUOMIOJA - Ministro dos Negócios Estrangeiros
O GOVERNO DO REINO DA SUÉCIA,
Göran PERSSON - Primeiro-Ministro; Laila FREIVALDS - Ministra dos Negócios Estrangeiros
SUA MAJESTADE A RAINHA DO REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E DA IRLANDA DO NORTE
The Rt. Hon Tony BLAIR - Primeiro-Ministro; The Rt. Hon Jack STRAW - Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Commonwealth
OS QUAIS, depois de terem trocado os seus plenos poderes reconhecidos em boa e devida forma,
acordaram nas disposições seguintes:
Claro que a minha opinião não vai valer de nada. Não será por isso, contudo, que deixarei de a dar. | Vocemecê coce-me o barrigame qu'eu cá digo-le o qu'é qu'eu penso |
Acabei, hoje, de ler o livro de José Pedro Namora, “A dor das crianças não mente”. Independentemente de me considerar voluntário “escravo” do princípio da presunção de inocência de qualquer cidadão, até passada em julgado a última decisão passível de ser tomada em juízo, que o condene, entendo, mesmo assim, meu imperativo de consciência vir publicamente declarar-me tocado pelo que o ex-casapiano afirma no seu livro. E não apenas pelo que diz, como ainda pela forma serena como diz. A serenidade que, por via de regra, apenas se dá a conhecer em quem tem razão e sabe que tem. Igualmente pela fundamentação apresentada, muita da qual, se não quase toda, já do conhecimento geral, mas que, relembrada, se torna mais viva, mais real, quiçá mais credível. |
Poderá dizer-se que José Pedro Namora, que não conheço, na qualidade de jurista que é, não fez coisa por aí além, uma vez que é essa a sua especialidade, pelo que tem a obrigação de saber como as coisas têm que ser apresentadas, com que fundamentação, com que argumentação, mesmo com que roupagem para que, embora sendo verdade, não se tornem inverosímeis. No entanto, sabemos bem quantos por aí se pavoneiam vestidos de linguagens tão mais herméticas quanto mais necessário se mostre desviar atenções. Por via de regra, na barra dos tribunais a clareza de exposição, a capacidade de convencimento varia na razão directa da razão que assiste ao protagonista ou ao seu cliente. É dos livros. E da experiência de vida vivida.
Não vou, aqui, lançar achas para uma fogueira cujas labaredas já vão suficientemente altas, até mesmo porque, por conformação de muitos anos, sei o quão falíveis as verdades podem revelar-se. E o que hoje é irrefutável, pode amanhã deixar de o ser. Não, porque mentes malignas a deturpem, mas porque ela mesmo não esteja, quiçá, revelada ainda tal como efectivamente é.
Serve isto para dizer, como certamente já se compreendeu, que não estou inclinado para a culpabilidade ou inocência dos arguidos. À falta de dados concretos a que me possa ater eu mesmo para, sem tutelas, fazer o meu juízo, também ele concreto, fico-me por aqui.
Não, todavia, sem antes afirmar coisas que me parecem elementares:
.....1. A dor das crianças não mente, efectivamente. Só quem nunca assistiu à dor real, enorme, avassaladora, ao profundo medo de uma criança violentada, pode ter a veleidade – só não catalogada de criminal por se imaginar fruto da ignorância – de pretender que haja mentira em tal situação de verdadeiro terror;
.....2. Assim, a defesa que Namora faz das crianças – que podem não o ser hoje, mas que o seriam quando dos factos e isso é que releva para a circunstância de que trato – tem toda a justificação, toda a razão de ser e merece ser apoiada. Mais ainda por nunca ter desertado, mesmo perante dificuldades que facilmente se adivinham de grande penosidade e pela clareza com que expõe os factos e argumenta, com linearidade eficaz, o que só consegue, mesmo jurista, aquele que está seguro do que apresenta;
.....3. Passando por terríveis tormentos – que também sem esforço se adivinham – os arguidos, porém, porque presumivelmente inocentes, merecem igualmente uma palavra. E essa só pode ser a de que se mantenham, tanto quanto possível, serenos, aguardem pela decisão judicial, que não será tão “descuidada” como por aí, tantas vezes, se insinua, e que, acima de tudo, evitem, tanto quanto possível e no seu próprio interesse, boicotar, sob que forma for, a realização da justiça. Porque, é sabido, ela pode tardar, mas não há-de faltar, felizmente;
.....4. Finalmente, que todos pensem, acima de tudo e como dizia tempos atrás Catalina Pestana, nas crianças violentadas. E, pensando, se condoam.
Porque, independentemente da inocência ou culpabilidade, nós, adultos, temos os nossos vícios, pequenos ou grandes, as nossas vergonhas. Crianças de 6, 7, 8, 9 ou 10 anos, essas, meus amigos, não. E, por via de regra, são elas, pobres inocentes, que acabam sempre por pagar por erros e crimes alheios.
Não me refiro apenas aos violentados; penso igualmente nos filhos dos violentadores. Que, como é evidente, de nada são culpados, mas muito sofrem, eles também.
...
A ascensão política de António Borges não começou em Pombal. Pelo contrário. A sua progressão terminou em Pombal. Diria mesmo mais: Em boa verdade, terminou mesmo sem começar. Rápido como um raio. Estonteante! | Vocemecê coça-me o barrigame e cá eu digo-le o qu'é qu'eu penso |
De acordo com o "Guardian" de hoje D. José Policarpo apontado como possível surpresa na sucessão de João Paulo II |
Durão na Comissão Europeia. E depois, porque não podia ficar atrás, Guterres em grande correria para o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Porque nem isso bastava, agora D. José Policarpo, de quem se conhece obra grande, para Papa!
Apre! Não há fome que não dê em fartura!... Não fazemos por menos.
E a seguir, quem será?
Madail para Presidente da FIFA? Mário Soares para Grão Mestre dos Gerontes da Grande Loja dos Quatro Pontos Cardiais? Marcelo Rebelo de Sousa para Presidente da Associação Internacional dos Passageiros Aéreos Frequentes Que Sofrem de Hipocondria e de Iluminada Solidão? Pacheco Pereira para Secretário-Geral da Internacional Revisionista dos Militantes de Partido Com o Pé que Convém Dentro, o que Não Convém Fora e o Terceiro Saltitando de Fora para Dentro e Vice-Versa?
As possibilidades são imensas, como se vê pela amostra
...
Quando jactadas por comissários políticos que, por acaso, escrevem em jornais e falam em rádios e TVs, bocas destas, que, ditas por outros, talvez fossem levadas a sério, perdem logo todo o impacte que tão afanosamente buscam os tais putativos jornalistas, em busca de um lugar mais ao sol. Infelizmente, Portugal está cheio de gente com o cartão profissional de jornalismo que, em vez de relatar notícias, prefere fazê-las, ser seu agente mais visível. | Ora atão coce-me o barrigame, qu'eu cá digo-le o qu'é qu'eu penso |
Pelas 20,37 horas de Lisboa, faleceu o Papa João Paulo II.
Dia infausto para a Igreja de Roma, de que muitos de nós fazem parte.
Que Deus o acolha junto de Si.
Resquiecat in pace!
Por motivo do triste acontecimento,
durante o dia de amanhã, 3 de Abril,
este blog ficará sem actividade.