sexta-feira, abril 01, 2005

284. João Paulo II, o Papa diferente

As notícias desta manhã são muito pouco animadoras relativamente ao estado de saúde do Papa. Teme-se já mesmo pela sua morte a muito breve prazo.

É um dia triste para a Humanidade. Não apenas para os católicos apostólicos romanos. Porque este foi o Papa da conciliação. Mas igualmente da reconciliação. O Papa suficientemente humilde e lúcido para ter pedido perdão pelos erros da sua Igreja.

Não está feita ainda - não o podia - a história do pontificado mas, uma vez que o seja, certamente que se lhe fará justiça, por toda uma prática de aceitação das diferenças, de ecumenismo, de aproximação entre povos e religiões, em nome do Homem, por amor à Humanidade, de tolerância em tudo o que a admite; por outro lado, de resistência inevitável a tudo o que contraria os valores ético-cristãos e humanistas da Igreja.

Com João Paulo II - e no seguimento de antecessores seus, de que inevitavelmente se destaca João XXIII - a Igreja Católica, sem descurar a defesa dos valores mais perenes que sempre a enformaram, abriu-se para o Mundo à sua volta e, com isso, muito ganhou e muito deu a ganhar.

João Paulo II vai ser recordado por muito tempo. E quanto mais tempo passar, mais recordado será, independentemente dos méritos de quem lhe suceda.

Que Deus o proteja e lhe dê o merecido repouso, chegada que seja a hora.
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