quinta-feira, junho 30, 2005
462. Não pense que...
Porque... não estamos mesmo!
Estamos a preparar as coisas. Que têm mesmo que ser preparadas. Não se pode agir à base de precipitação.
Muito em breve daremos mais notícias.
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460. A rir a rir... - 30062005
Presta boa atenção em três dos teus amigos.
Se te parecerem normais...
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(com um aceno de simpatia à Marisa)
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quarta-feira, junho 29, 2005
458. Eça de Queirós. Ano de 1871
O país perdeu a inteligência e a consciência moral...
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada...
Os caracteres corrompidos....
A prática da vida tem por única direcção a conveniência...
Não há princípio que não seja desmentido...
Não há instituição que não seja escarnecida...
Ninguém se respeita...
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos...
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos...
Alguns agiotas felizes exploram...
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade
e na inércia...
O povo está na miséria...
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente...
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão
e tratado como um inimigo...
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências...
Diz-se por toda a parte, o país está perdido...!!!
Algum opositor do actual governo...???
NÃO...!!!
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(amável deferência do Aurélio, amigo desconhecido)
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457. "Cidadania em Acção"
cidadaniaccao_cor.jpg (c) 2005 Cidadania em Acção - Click na imagem, para ampliar
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Na sequência da iniciativa levada a efeito com a publicação de um anúncio-cartaz, na edição de O Independente, de 17 de Junho, e no rigoroso cumprimento de compromisso então assumido, em comunicado igualmente divulgado, os bloguistas Azurara, Ruvasa, Sulista e Tira Nódoas vêm anunciar a criação informal de
cidadania em acção
movimento cívico e apartidário
que se bate
pela gestão criteriosa e isenta dos recursos públicos
e pela moralização da política portuguesa
com sede na Blogosfera, na morada cidadania em acção, onde esperam a visita de todos os interessados que queiram, ou não, aderir ao movimento e com ele colaborar.
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terça-feira, junho 28, 2005
456. A rir a rir... - 28062005
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(com um aceno de simpatia à Marisa)
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segunda-feira, junho 27, 2005
455. Com que então... com que então...!
De orçamento rectificativo em orçamento rectificativo, de semana em semana, lá continuamos de trapalhada em trapalhada. De emoção em emoção, Portugal é uma permanente reinação em… reinação. | Bocemecê coça-me o barrigame qu'eu digo-le o qu'eu penso |
456 A rir a rir... - 27062005
Cada um em seu galho diferente.
Uns em cima, outros em baixo.
Olhando para baixo, os macacos de cima vêem muitos rostos sorridentes, enquanto que os de baixo, olhando para cima, apenas vêem rabos.
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(com um aceno de simpatia à Marisa)
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domingo, junho 26, 2005
455. A rir a rir... - 26062005
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(com um aceno simpático à Marisa)
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454. Retaliemos, pois então!
Então, esta agora do fecho das comportas dos rios deles é de bradar aos céus!
Não pode ficar impune!
Eles não podem ficar a rir-se de nós, os malandrins! Temos que retaliar!
Como? Fácil...
Se eles fecham as comportas dos rios deles, só temos que pagar com a mesma moeda: fechamos as dos nossos.
E, para ser mais eficaz, causar maior incómodo e raiva aos tipos e até para que fiquem a saber que connosco não se brinca, fechemos os nossos rios logo na nascente.
Bora daí!
Toca a fechar o Mondego e, principalmente, o Sado.
Deste encarrego-me eu. Quem trata do outro, hã?!
Retaliar é o mote!
Proponho para música de fundo, arrebatadora e empolgante, a “Mariquinhas da Fonte”!
Toda a gente de chave de boca em riste. Já!
Vamos nessa, qu’é uma pressa!
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453. O pormenor… o pormenorzinho…
O mesmo sucede quando dos invernos excessivamente pluviosos, que acabam por nos afogar em água barrenta.
Em ambos os casos, viramo-nos para Castela e outras nações da Grande Espanha e, na nossa pequenez, cá vamos resmungando.
O que acontece, invariavelmente, é que, em anos de grande pluviosidade, Espanha abre as comportas das suas barragens e… aí vai mais disto… Quando em anos de grande seca, pelo contrário, fecha as mesmas comportas e… aí não vai mais disto…
Resumindo: assim ou assado… estamos sempre tramados... e mal pagos!...
Então, resmungamos e chamamos tudo o que nos vem à cabeça a nuestros hermanos e aos nossos políticos, que celebraram, aqui há uns bons anos atrás – não recordo já se em governo do homem de Boliqueime, se no do fixe de Nafarros, se em outro qualquer, um célebre acordo ibérico que, precisamente, autoriza a que os espanholitos abram e fechem as comportas quando lhes der na real gana.
Ora, se assim é, acho justo que reclamemos contra a espanholada dum raio. Não porque tenham especial responsabilidade desta vez, mas porque, sendo espanhóis são presuntos culpados.
Os espanhóis estão fadados a nascer já com todas as culpas que a gente lhes queira atirar para cima. E eu acho que é justo que assim seja. São espanhóis? Então bem merecem umas traulitadas no toutiço semana sim, semana não. E entendo mesmo que se, em semana sim, algo correr mal e a traulitada não for aplicada, deve dar-se logo na semana seguinte, ou seja a do não, que é para não os desabituarmos.
Há que não perdoar aos malandrins. Pois se é até a eles que cabe a gravíssima responsabilidade de ainda irmos tendo algo para comer todos os dias! Se não fossem eles, a gente, com o que produz, já teria encomendado a alma ao Criador, com a vantagem, até, de lá chegarmos, bonitinhos, muito elegantezinhos, esticadinhos da silva e não os mastronços em que eles nos estão a transformar, com tanto alimento que para cá nos enviam, só para nos empanturrarem e, assim, fazerem negócio…
Portanto, quanto aos espanholitos estamos conversados. Traulitada para riba dos maganos que bem a merecem e têm bons costados para apanhar.
O que me parece excessivo é atirarmo-nos também aos nossos políticos, os tais que subscreveram o cele(b)rado acordo que deu aos nossos vizinhos e amigalhaços a possibilidade de abrir ou fechar comportas quando mais lhes convier.
E acho excessivo, porque, no fim de contas, o acordo até é bastante bom para nós. Na verdade, entendo – e julgo que bem – que o sistema é justo e devia mesmo ser muito aplaudido por nosotros.
Por várias razões, a menor das quais não será a de que os castelhanos e outros andaluzes afins precisam de condições para que a sua agricultura produza bens que nos tirem a fome. O que, convenhamos, é obra meritória. Pelo contrário, não necessitamos assim tanto de mais água ou de água a menos, porque não nos tem cabido a missão de os alimentar a eles… Nem a nós, ora essa!...
Portanto, o tratado terá sido bem acordado e redigido e estará agora a ser cumprido de forma absolutamente correcta, não havendo, pois, razões para queixumes de gente mimada.
E mesmo que achássemos que os termos do acordo não tinham sido os mais felizes e correctos, os que melhor defendem os nossos interesses, ainda assim sou de opinião de que qualquer reclamação que não passe de um mero resmungo interior, inaudível a mais de dois metros, constituiria um exagero de gente sem bom senso, que gosta de criticar e reclamar, só pelo prazer de criticar e reclamar.
Se não, vejamos:
Rezam as cláusulas do célebre acordo que os espanhóis podem abrir ou fechar as comportas, não é? E então, qual o mal, qual a admiração? Nenhum. Nenhuma. Acho que está tudo correcto. Nada há que apontar aos nossos negociadores. E chego mesmo a entender que é um exagero descomunal, uma falta de senso inominável, só possível de existir, por má fé de quem critica, a charge que esgrime com a alegação de que os espanholitos, quando da assinatura do tratado, terão dito, entre dentes e entre eles:
- Estes portuguesitos son locos, verdad?! Son locos, sin duda! Y es tan facil trampearlos, coño!
E porquê? Sim, por que razão entendo eu tudo isto, ou seja que o tratado está redigido em termos justos e não há razão para críticas aos negociadores da Alta Parte Contratante portuguesa que subscreveu tal acuerdo?
Na verdade, os espanholitos teriam que ter a possibilidade de abrir e fechar as comportas. E só eles a poderiam ter, porque elas estão em território seu e, assim, não faria sentido, por exemplo, sermos nós a irmos lá fazê-lo. Tudo bem, tudo certo, portanto. Nada a criticar.
O único lapso verificado no acordo – mas, caramba! é mesmo um mero lapso!... e, por isso, não justifica tanta fustigação dos nossos representantes no célebre acuerdo – é não ter sido consignado que os espanhóis podiam – e deviam – abrir as comportas em anos de seca e fechá-las em anos de molha!
Como se sabe, porém, tal lapso não passa de mero pormenor sem qualquer importância e, como é sabido também, de minimis non curat praetor, ou, dito de outra forma, a Alta Parte Contratante portuguesa não podia estar a preocupar-se com ninharias, porque não foi para isso que ela se constituiu.
A Alta Parte Contratante portuguesa – aliás, como invariavelmente sucede com todas as Altas Partes Contratantes portuguesas – tinha, como incumbência primeira, o patriótico dever de providenciar por que o champanhe (Freixenet, claro está, nem outro poderia ter sido!…) com que iria ser regado o acordo, estivesse fresquinho e bem borbulhante, nesse dia de tão excelente e gratificante memória ibérica.
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sexta-feira, junho 24, 2005
452. É mesmo tempo de fazer qualquer coisa!
Ora, é sabido que tal não tem acontecido e, muito pelo contrário, foram malbaratados e perdidos valores fundamentais da identidade nacional.
Sendo certo que este é um problema de todos os portugueses, não pode permitir-se que, sob esta verdade, se escamoteie a responsabilidade, em primeira linha, dos políticos que nos têm governado e continuam a governar.
Na verdade – e a verdade é para se proclamar frontalmente, sem tibiezas – a forma como temos sido governados é a grande responsável pela situação em que o País se encontra. Já ninguém acredita na bondade da política e menos ainda nos propósitos dos políticos, por muito dignos que sejam, e isso é dito à boca cheia por todo o país.
Estamos a degradar, de forma irremediável, talvez, a democracia por que tanto ansiámos.
(...)
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É tempo de agir! - O SITIO do Ruvasa * Design de intervenção * Terras de Azurara * It's a perfect day... Elise!
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451. 862 anos de educação cívica
Acabo de chegar da tarefa semanal de sexta-feira de manhã.
Isso mesmo, de fazer o rancho, acrescentando mais algumas, às acções de participação na sociedade anónima que é a Auchan, proprietária do Jumbo.
Beeeeeemmmmm… (como diriam blogamigos que tenho), mas não é disso que vou falar.
Falo, sim, e muito brevemente, da educação cívica deste belo povo, à beira mar plantado, que nunca soube governar-se nem deixou que alguém, com melhores aptidões em gestão de vários recursos, materiais e humanos, o fizesse por si.
É. A educação cívica dos portugueses é um… espaaaaaanto!!!!
Nem digo porquê, já que os exemplos são tantos e tão sobrepostos uns nos outros que ainda ia causar alguma terrível baralhação nas mentes de quem tem a paciência de me ler. E, para baralhação, já basta a minha.
Apenas direi que ela – a educação cívica dos portugueses, essa mesmo – é como é
- por causa dos 48 anos do regime parvamente autoritário que vivemos, entre 1926 e 1974
- mas também por mor dos 31 anos que se lhe seguiram, de regime laxista e bagunceiro, entre 1974 e 2005
- já agora que estamos com a mão na massa, por força dos 16 anos de regime trauliteiro e assassino, entre 1910 e 1926.
- e é preciso não esquecer as responsabilidades de 767 anos de regime de geral e generalizada ignorância que antecederam todos os restantes, entre 1143 e 1910.
Na verdade, assim não era possível outro estádio de educação cívica, agora que aqui chegámos.
De uma coisa dessas, dir-se-á que era uma impossibilidade absoluta.
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450. A rir a rir... - 24062005
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(com um aceno simpático à Marisa)
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quinta-feira, junho 23, 2005
448. Que é lá isso?!?!....
Ei, que é lá isso?! Ora deixe a mãozinha sosssegada, tá bem?...
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O bom humor da Lili não pára...
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447. A rir a rir... - 23062005
(com um aceno simpático à Marisa)
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446. A inabilidade política
É necessária mesmo uma certa habilidade. Não a habilidade dos jongleurs circenses, mas o jeito necessário para lidar com as massas humanas, na medida justa, com firmeza mas sem arrogâncias desnecessárias, com compreensão dos fenómenos inerentes ao espírito e alma humanos, mas sem o laisser faire, laisser passer dos que se demitem dos deveres a que estão obrigados.
Vem isto a propósito das recentes medidas tomadas pelo governo. Os timings foram mal escolhidos, os castings desastrosos, as peças mal encenadas. Por onde andará o célebre brasileiro, Nelson de Athayde, que tão bons serviços tem prestado ao PS?
Nas medidas tomadas – que, mais coisa menos coisa, teriam que o ser e na medida em que o foram – não se tomou em consideração um modus operandi e um timing adequados e minimamente racionais, que levariam a generalidade dos cidadãos a, embora reclamando por se sentir lesada, aceitar melhor as restrições impostas.
Se as medidas duras – mas duras mesmo e sem recuos, só compreensíveis por estulta e egoísta auto-preservação – tivessem recaído sobre a classe política (que foi quem, em primeira análise, nos trouxe até onde estamos) – com cortes a direito e sem olhar a quem, com a alegação de que assim tinha que ser e, por ter que ser, por ela se começaria, para servir de exemplo, fácil é de presumir – com excelente possibilidade de acerto – que o comum dos cidadãos lá acabaria por aceitar mais uma carrada de sacrifícios. "Que remédio, mas aceitemos, pois, já que tem que ser…", concluiriam.
Bastaria que, tomadas as medidas certas relativamente à classe política, se deixasse algum tempo – duas, três, quatro semanas no máximo – para que o “povão” as assimilasse, intuindo, enfim, que, “para que actuem deste modo lá entre eles é porque a coisa está mesmo feia e há que fazer sacrifícios a sério”. E, passado esse tempo de amadurecimento, teclando no assunto para melhor o fazer chegar a todos, cimentando-o mesmo, então, sim, implementar as outras, as que atingem toda a gente.
A política é, também, uma arte. Poderá ser a do fingimento. E certamente que o é, sim. Mas tem que o ser, até para bem de quem é governado, mesmo que o não perceba.
É isso. Com decisões arrogantes e mal humoradas, sempre de má catadura, sem conta nem medida, sem timing apropriado e, acima de tudo, sem uma moralidade evidente, dificilmente se dobrará o cabo das Tormentas em que rodopiamos, rodopiamos, rodopiamos sem fim ao sabor da furiosa tempestade que nos oprime os corações e as mentes.
O pior de todos estes males é que, infelizmente, parece que nada se aprende com os erros anteriormente cometidos. O que não abona nada em favor da elasticidade intelecto-mental de quem... não aprende.
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445. Há que estar atento aos sinais
O mito dos brandos costumes – falácia desde sempre, é certo – sumiu-se na bruma e a malta começou a ver que isto com lumes brandos e marinadas não ia a lado nenhum que jeito tivesse e vá de endurecer as exigências e as “brincadeiras de mau gosto”.
Subitamente, “arrastões” e manifs surgiram como se vindos do nada, de geração espontânea. São muito preocupantes a violência física de uns e a extrema virulência, ainda verbal, de outras.
E mais preocupante, porque, embora de cariz diferente, todos estes eventos têm, no fundo, uma razão de existência comum.
E não venham para a praça pública pseudo-intelectuais de bolso querer apagar centenas de intervenientes num e fazer esquecer razões - que até podem ser irrazoáveis - de outras.
O assunto é sério, não se prestando, por isso, a divagações de treta.
Quem a este estado nos trouxe tem o indeclinável dever de, pelo menos, se manter atento aos sinais, e ir tomando medidas que evitem males maiores.
Se o não fizer, com toda a legitimidade se poderá dizer que terá cometido verdadeiro crime de lesa-comunidade. Por dispor dos meios que serenem os cidadãos e, por laxismo, idiotia, arrogância ou outros, se demite de deles fazer o uso adequado.
Há que estar atento aos sinais. E actuante.
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quarta-feira, junho 22, 2005
444. Algo me diz…
Quero com isto dizer que não cumpra um primeiro mandato de contenção e equilíbrio, ardiloso, portanto, e um segundo – porque o último – completamente sem máscara, em desestabilização assumida, privilegiando os apaniguados e não todos os portugueses.
Algo me diz que irei ter essa especialíssima consideração por um presidente assim.
Quando?
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terça-feira, junho 21, 2005
443. Surpresa e alguma ironia...
Coisas de país pequeno... espacial e demograficamente falando, claro.
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442. O que ficou por contar…
... não há censura em Portugal!
Blogamigo!
Sabe já que publicámos, no semanário O Independente, de 17 corrente, um anúncio-cartaz que se pode ver neste blog, no post sob o nº 432, intitulado É tempo de agir.
O que ainda não sabe, mas vai ficar a saber, a partir de agora, é que foi difícil encontrar quem se dispusesse a publicar tal anúncio.
Contactados telefonicamente órgãos de comunicação social diários, desde há cerca de 15 dias, talvez por terem sabido de que se tratava, talvez por outros motivos, que ignoramos, fomos deixados a aguardar resposta de preços… Até hoje!
Descontentes com esta forma de, quiçá, evitar que algo de mais incómodo para certos sectores pudesse vir à luz do dia, preparávamo-nos para recorrer aos préstimos de jornal estrangeiro, com circulação em Portugal, para atingirmos os nossos propósitos legítimos e democráticos. Iríamos fazê-lo num desses jornais, com a alegação de que estávamos impedidos de o fazer no nosso País.
Acudiu-nos, então, a lembrança de que não havia apenas jornais diários.
Assim, contactámos O Independente que, de imediato, se predispôs à publicação, em condições simpáticas.
Assim se vai praticando a democracia em português.
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441. Deprimente, sim!
O mal-estar e a insatisfação que se constatam em todo o País têm raízes mais fundas. O que está verdadeiramente em causa é um problema de cultura de vida em sociedade.
É tempo de agir. Comunicado II
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440. Resposta à adivinha do post 438
439. Resposta à adivinha do post 437
segunda-feira, junho 20, 2005
438. Outra adivinha
* * *
(a esta responderei apenas amanhã, para lhe dar tempo a exercitar as meninges, ok?)
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437. Adivinha: Qual é o blog, qual é?
- Qual é o blog, qual é ele… que, sendo, no geral, escrito em caracteres negros, os pensamentos, as opiniões, as teorias, as elaborações intelecto-culturais… enfim, tudo o que tem pés e cabeça, valor real, vem escrito em caracteres azuis?
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436. O quase comendador
Nos restantes três lugares ficaram o colega de Monteiro e os dois Minardi, que são as "carroças" do "circo". Já o eram, aliás, nos recuados tempos de Lamy.
Com isso, Tiago Monteiro subiu ao pódio e deu largas à sua satisfação. Normal. Se fosse comigo, teria feito o mesmo ou seria até mais eufórico.
Porém… (os "poréns" é que estragam a natural beleza da vida...)
Igualmente com isso e por isso, terá recebido as congratulações oficiais do Governo.
Ridiculous!
Está-se em crer que, igualmente com isso e por isso, tivesse o GP dos States sido realizado uns dias antes de 10 de Junho, teríamos, a estas horas, mais um comendador...
Isto é, estaríamos ainda mais risíveis.
Esta gente não se manca mesmo!...
Oh my goodness! How ridiculous they are!...
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domingo, junho 19, 2005
435. A responsabilidade nunca é dele...
(Pedro Moreira)
NOTA: Pedro Moreira devia ler com mais atenção e reparar que o texto não é de minha autoria, mas citado. Não tem importância. Retrata um estilo.
Abrupto 2005Junho17
* * *
Mas, Pedro Moreira - que não conheço, mas a quem me atrevo a esclarecer - não sabia que a responsabilidade nunca é dele? Ele safa-se sempre a tempo. É uma arte, sabia também? Apenas quem lhe faz o blog, de borla, para ele brilhar e tirar ideias para artigos que os jornais lhe pagam é que fica com o odioso. A responsabilidade - a culpa - é sempre de quem lhe faz o frete.
Há gente que tem alguma dificuldade em libertar-se de amarras que o não são, embora lhes pareça que são. Estão nesse caso os "freteiros".
No dia em que tais "operários" que lá trabalham, para proveito do terratenente, perceberem isso, se revoltarem e o abandonarem, indo à sua vida, pelo seu próprio pé, aquilo acaba. E lá irá mais um mito pelo saneamento abaixo...
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sábado, junho 18, 2005
434. Póiiiiing!...
- Caramba! Então o PSD tem que se apressar…
- Apressar?!? Mas... apressar a quê?! – interroguei, surpreso e sem compreender, já que, para meu desgosto, acontece-me muitas vezes ser demasiado lento.
- A mudar de chefe, pois então!
E lá se foi.
Póiiiiing!...
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433. Política à portuguesa, perdida a tramontana…
É. Isto da blogaria, como da sociedade em geral, é um mundo complexo e quase sempre perplexo.
De há uns tempos para cá, quedo-me estarrecido com outro fenómeno, de rir à gargalhada.
Imaginem que topo com confessados apoiantes deste governo a apoiá-lo e não menos confessados apoiantes do imediatamente anterior, a criticá-lo fortemente.
Ainda me dá uma coisa, palavra de honra!
Não, caro leitor. Não creio que esteja a passar-me dos carretos, como, em linguajar castiço, por aí se diz.
Já reparou que dificilmente se encontra maior contradição generalizada – e a contrario sensu – do que esta de os apoiantes do actual governo o apoiarem e dos do anterior o desapoiarem?
Não concorda? Está no seu direito. Mas, pense bem. Só um pouco mais. Vá lá… não custa nada!... O quê? Não está para gastar meninges a pensar em “estupidezes”? Ok, então eu ajudo.
Ora, vejamos:
Chegado ao poder, o PS, posto perante a realidade – que já conhecia, aliás, mas que preferiu fingir ignorar – deitou fora o programa eleitoral que andara a propagandear e com que vencera as eleições, assobiou para o lado, fingindo que nada tinha que ver com aquilo e, zás, catrapás, pás, pás, vá de aplicar por inteiro, ou quase, o programa dos outros, os que foram derrotados.
Do seu programa, apenas ficou com a lista dos que haviam de o cumprir. Bem, também com um outro que não é daquela guerra – nem de nenhuma outra, diga-se, pois que, quem é rameira de todos, mulher de ninguém acaba por ser… (estou a falar em sentido figurado, como já foi percebido…)
Temos, pois, que somos agora governados por gente que apresentou um programa e com ele venceu as eleições, mas governa com o dos adversários. Perdão, como disse? Ah, não, caro leitor, não é nada disso. Quem está equivocado é usted. Não existe aqui nenhum quid pro quo, além do seu. Desculpe.
Postas as coisas nestes termos, qual a razão do descontentamento de quem apoiou os derrotados e o seu programa?
Vá lá! Concedo que não são os homens em que apostara que estão a cumpri-lo, mas, que diabo!, o que interessa verdadeiramente é o programa. Não se apoia o sr. Fulano, em detrimento do sr. Beltrano pelos lindos olhos do primeiro e o bigode mal aparado do último! O que interessa é o que cada um faz, não o que exibe em salões mundanos.
Não há, pois, razões objectivas para que os apoiantes do anterior governo estejam desalinhados com este. É mesmo um contra-senso, uma auto-desautorização, caramba! Deviam, pelo contrário, apoiá-lo com todas as forças do seu ser (linda frase esta, bem arrancada, não?...).
Invertendo, agora – porque de verdadeira inversão se trata – os termos ao quebrado divisor:
Também não é curial que os apoiantes do actual governo estejam satisfeitos com a prática que vem seguindo. Deviam, no mínimo, ostracizá-lo por completo, combatê-lo mesmo com gana. Pelos motivos atrás enunciados e que aqui se repetem. Então não é que o seu apoiado, não contente com o ter rasgado o compromisso que assumira nas eleições – e que levou a que as vencesse – teve o sumo desplante de ir buscar o dos adversários, pondo-o em vigor, talvez até com maior zelo do que os pais do dito?
Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é… inaudito. E realidade, em Portugal, no ano de 2005, era de Cristo.
Como é que dizia Cícero? Ah, Sim! Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra? Sim, até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
E, se Cícero não se zangar, atrever-me-ei a dizer de minha justiça. Aí vai, então:
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, enfim, que é urgente e inadiável que a política ofereça à sociedade portuguesa um substrato moral insusceptível de ser questionado, como, a páginas tantas, propugnamos no Comunicado II do Movimento Cidadão Atento, que, aliás, já alguns engulhos causou por aí.
Se assim não for, ainda vamos todos parar a Rilhafoles!... Ámen!
Safa! Oh, não, carago, safa, não!
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sexta-feira, junho 17, 2005
432. É tempo de agir!
senhor politico_cor.jpg Clique na imagem, para ampliar
COMUNICADO II
A situação a que Portugal chegou é, a todos os títulos, deprimente. As dificuldades orçamentais aparecem evidenciadas, apenas por força da conjuntura.
O mal-estar e a insatisfação que se constatam em todo o País têm raízes mais fundas. O que está verdadeiramente em causa é um problema de cultura de vida em sociedade.
Só razões de ordem psicológico-cultural podem explicar a nossa queda no fosso em que nos situamos actualmente, depois de sistematicamente, ao longo de sucessivos anos, termos ignorado todos os avisos que as nossas realidades nos evidenciaram.
É assim que, para além da questão orçamental e económica, nos defrontamos com gravíssimas carências nas vertentes educacional, artístico-cultural, social, de administração pública até de actividade privada, com perda irremediável de valores indispensáveis a um equilibrado e harmonioso desenvolvimento sustentado da sociedade que integramos.
Ora, é sabido que tal não tem acontecido e, muito pelo contrário, foram malbaratados e perdidos valores fundamentais da identidade nacional.
Sendo certo que este é um problema de todos os portugueses, não pode permitir-se que, sob esta verdade, se escamoteie a responsabilidade, em primeira linha, dos políticos que nos têm governado e continuam a governar.
Na verdade – e a verdade é para se proclamar frontalmente, sem tibiezas – a forma como temos sido governados é a grande responsável pela situação em que o País se encontra. Já ninguém acredita na bondade da política e menos ainda nos propósitos dos políticos, por muito dignos que sejam, e isso é dito à boca cheia por todo o país.
Estamos a degradar, de forma irremediável, talvez, a democracia por que tanto ansiámos.
E não se vê que, da parte do poder político, dos vários poderes políticos, surja uma mensagem de esperança, congregadora de vontades e aptidões. Mensagem catalizadora de anseios, mobilizadora de capacidades, porque estribada em exemplos de dignidade, capacidade e vontade de acertar.
Não há, numa palavra, verdadeira classe dirigente em Portugal.
Muito pelo contrário, aquilo a que, em crescendo, se assiste, apenas tem como resposta de efeito, a radicalização do binómio nós-eles, em que nós, sociedade civil, estamos cada vez mais sós, desamparadamente entregues à nossa sorte, e, igualmente de forma crescentemente mais isolada, eles, ou seja, a classe política, sem excepções claramente visíveis.
A manutenção deste status quo e o seu agravamento constante nada de bom oferecem à sociedade portuguesa, potenciando, ao contrário, dificuldades surgidas a cada episódio menos feliz. Pode mesmo ser factor determinante para que se atinjam níveis não compagináveis com um relacionamento saudável entre todos.
Os últimos desenvolvimentos desta crise de valores têm-se revelado particularmente desastrosos, razão por que entendemos, como membros da sociedade civil, não politicamente enfeudados, não mais nos ser lícito a tudo assistirmos sem reacção, no sentido de inverter a marcha dos acontecimentos.
E foi assim que decidimos alertar a classe política na sua globalidade, quem decide aos vários níveis, nacional, regional e local, políticos e administrativos do país, para a conveniência de os recursos públicos – ao menos esses – serem usados de forma criteriosa e justa, isenta e parcimoniosa à exaustão.
É que é imperioso que os decisores políticos interiorizem essa necessidade.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, por exemplo, que a extinção imediata de tantos e variados institutos e outras sinecuras afins, meras duplicatas de serviços e organismos do Estado, porque criados com o putativo fim de dar colocação a “aparelhos privados” de sucessivos governos, é tarefa absolutamente necessária e impostergável.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, por exemplo também, que as empreitadas do Estado e das autarquias têm que seguir escrupulosamente cadernos de encargos rigorosamente elaborados, por forma a dar-se termo a uma prática insustentável, verdadeiro escândalo nacional, que conduz a que qualquer obra pública demore uma eternidade mais do que o prazo inicialmente previsto e custe duas e até três vezes mais do que o orçamento previra, com as legítimas desconfianças a que tais procedimentos dão causa.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, ainda por exemplo, que as empresas públicas têm que ser geridas em obediência a critérios de razoabilidade e bom aviso, pondo-se termo a gestões ruinosas, quiçá de inominável irresponsabilidade, que as transformam em autênticos sorvedouros de recursos do país, sem que dessa sangria resultem benefícios assinaláveis para a comunidade.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, finalmente por exemplo, que o número de deputados à Assembleia da República é francamente ridículo, num país com a nossa dimensão espacial – e até demográfica –, pelo que se mostra inadiável, até para que sirva de testemunho de boa fé, um corte radical nesse número, fundamentado na razão, e não mais as meras “aparadelas” de simples cosmética a que se assistiu no passado.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, enfim, que é urgente e inadiável que a política ofereça à sociedade portuguesa um substrato moral insusceptível de ser questionado.
Estas, pois, as nossas razões, este o nosso propósito. Entendemos chegado o momento de todos serem confrontados com as responsabilidades que a cada qual são atribuíveis. Em consciência, não podíamos, pois, calar.
Postas as coisas nos termos em que ficam, que reputamos de suficientemente esclarecedores, cabe referir que, a partir desta iniciativa e porque aceitamos que ela nos cria responsabilidades acrescidas, a que não queremos eximir-nos, não permitiremos que, em termos de cidadania, tudo continue como até aqui. Nós e milhões de outros como nós, em quem nos firmamos, na certeza de que nos acompanharão, das mais variadas formas. Custe o que custar, agrade ou desagrade aos poderes instituídos. Estaremos atentos e actuantes. Ninguém duvide.
Com esta acção não procuramos notoriedade. Por essa simples razão, desde já declaramos, que, ainda que com toda a cordialidade e compreensão, declinaremos qualquer entrevista, ou peça semelhante, que nos possa vir a ser proposta. Somos simples e anónimos cidadãos comuns e como tal fazemos questão de continuar.
2005Junho17
Grupo de Cidadãos
contra a Exclusão Social
dos Políticos Portugueses
quinta-feira, junho 16, 2005
431. Amanhã vai fazer-se História
Amanhã vai fazer-se História.
Pela primeira vez em Portugal, a chamada sociedade civil, no caso representada por alguns de seus membros, que não buscam notoriedade – a que poderão vir a juntar-se todos quantos assim o entendam – irá evidenciar perante políticos e cidadãos portugueses em geral, de forma clara, frontal e definitiva, profundo desagrado pela acção daqueles, a qual, ao longo de muitos anos, de sobressalto em sobressalto, veio conduzindo o País para a deprimente situação em que actualmente se encontra.
Constitui a iniciativa – que poderá não se esgotar aqui – forma de democracia directa, a primeira e possível por agora, já que da regulamentada por lei se pode dizer ser praticamente inexequível.
Amanhã, caros blogamigos, será publicado, no semanário O Independente, sob a forma de cartaz, anúncio de meia página, no qual, com ironia, algum humor e senso crítico, sem deselegâncias desnecessárias, com urbanidade, enfim, se exortam os políticos portugueses a que, nesta hora de sacrifício geral, não se permitam ser diferentes dos seus compatriotas.
Depois da publicação do anúncio, serão aqui explicitadas, mais em pormenor, as intenções que estiveram na génese da decisão de elaborar o cartaz e de publicitá-lo.
Não se esqueça, pois. Amanhã, procure O Independente.
Valerá a pena guardar, a título de recordação, a edição que, com toda a certeza, fará História em Portugal.
430. Hoje o início...
Bocemecê cossa-m'o barrigame |
quarta-feira, junho 15, 2005
429. Revisitando Reinaldo Ferreira
Mas quando ao Nada empresto
a minha elementar realidade,
o Nada é só o resto.
O Ponto
...
terça-feira, junho 14, 2005
427. Late afternoon thought... (lxxxi)
426. Mais um dia para a coluna do Deve...
No Razão desta espera.
;-)
...
425. A ponte
segunda-feira, junho 13, 2005
423. O adeus a Eugénio de Andrade
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
422. Morreu Álvaro Cunhal
Dos líderes dos partidos mais representativos da sociedade portuguesa, após a Revolução, Francisco Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Mário Soares e Freitas do Amaral, restam apenas os dois últimos. Um já reformado e ciente de que o está e outro que também o está mas que disso não tomou consciência. Ainda.
Apresento condolências à família, amigos e camaradas de partido de Álvaro Cunhal, que sempre respeitei, embora dele discordando veementemente e combatendo sem quartel o seu partido.
Tive mesmo a honra de encabeçar uma lista que inflingiu, em Setúbal, a primeira grande derrota ao PCP, após a Revolução, em 1979.
E, em 1985, depois de esforços continuados e de muitas noites perdidas por anos seguidos, tive o prazer de ser uma de duas pessoas que - afrontando ventos e marés, mesmo contra a opinião desmoralizadora de imensos - conseguiram levar outros a acreditar e, ao fim, a derrotar o PCP e afastá-lo da Câmara Municipal de Setúbal, coisa impensável até então.
Àqueles que se batem seriamente pelas suas ideias, ainda que diferentes das minhas, mesmo que perigosas, não regateio respeito e consideração. Apenas os pulhas, sem pai nem mãe, sem honra, que por aí circularam e continuam, me merecem o mais profundo desprezo. Situem-se em que quadrante se situem.
Requiescat in pace, Álvaro!
...
domingo, junho 12, 2005
421. A saga de PSL
A quem duvida, aconselha-se a que veja os casos de Henrique Chaves e Carmona Rodrigues.
A ambos, desconhecidos vulgares como outros quaisquer cidadãos de lana caprina, PSL, em nome de amizade de muitos e longos anos, pegou pela mão, trazendo-os para a ribalta política, dando-lhes uma projecção que jamais lhes teria povoado os sonhos mais quiméricos.
Com esse simples gesto de amizade, deu-lhes uma tal visibilidade, que nunca mais se verão confundidos com o Zé da Esquina. São, pois e finalmente, personalidades. Talvez por maus motivos, talvez pelos piores motivos. Mas são-no.
Viu-se o que aconteceu.
Alguém tem por aí um manual que ensine a escolher amigos, para oferecer, nem que seja policopiado, a Pedro Santana Lopes? É urgente, antes de que o homem arranje mais alguns destes preciosos espécimes.
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sábado, junho 11, 2005
420. Pôr-de-sol no Mar Egeu
sexta-feira, junho 10, 2005
418. Cadê os outros?...
Consta no bas-fond da política portuguesa que o primeiro, pela facécia da "censura" que lhe foi "feita" na TVI, através da qual muita gente foi endrominada; o segundo, por ter sido, de entre todos, o mais descabelado dos descabelados críticos do governo PSL.
Ambos teriam, pois, sido decisivos na criação dos meios justificativos para que o PR tivesse condições para mandar o tal incómodo governo às malvas.
A ser assim, estão a ser cometidas duas gravíssimas injustiças.
Na verdade, Cavaco Silva, nos bastidores, bem se desunhou, numa fona, para deitar abaixo o mesmo governo, fiado em que os portugueses não metem os ovos todos no mesmo cesto mas, em diferentes, isso sim, já os deixam...
Finalmente, a ingratidão maior: Henrique Chaves, o herói supremo. O amigo que todos os homens gostariam de ter. O homem a quem o amigo convidou para o governo e teve a lucidez de, em menos de 48 horas, ver que "aquilo" era "impossível" e pôs-se a andar, apostrofando o amigo de tudo o que a imaginação lhe pôs ao alcance.
Jorge Fernando Branco de Sampaio está hoje a pagar os trabalhinhos dos dois primeiros. Como lhe compete e fica bem.
Com isso, todavia, comete gravíssima indelicadeza para com os dois últimos. Não é justo que o PR de todos os portugueses ignore e ostracize de tal forma dois dos mais excelsos de entre eles.
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417. Tal nã tá a moenga, hã?!…
Descabelado pela cegueira: que diabo, como é possível eu não ter visto o mérito em tantos agraciados, quando eles eram tão evidentes que até houve quem lhes conferisse tamanha distinção?
Descabelado pela ausência de senso crítico: que diabo, como é possível eu não ter capacidade suficiente para apreciar, como merecem, os grandes feitos de inúmeros compatriotas meus, quando eles são tão evidentes que até houve quem lhes conferisse tamanha distinção?
Enfim! O dia de Portugal (que, por sinal nem é a 10 de Junho, como se sabe… mas, enfim…) é-me particularmente penoso pelos motivos apontados.
Mas o que me apoquenta mais é constatar que, sendo nós um país de tantos e tão excelentes espécimes da raça humana, capazes dos maiores feitos, tanto assim que, mal chega um 10 de Junho, somos condecorados às “palettes”, por nos termos distinguido nas mais diversas vertentes da actividade humana, como sejam, a literatura, a maledicência, a escultura, a berraria desalmada, a medicina, a blogaria, as ciências sociais, a velocidade de caracol, a engenharia, a baixa política, a economia, o truanismo, enfim!, o país está como está, de rastos!...
Sim, como é possível o país estar como está se somos criaturas de tal excelência, de tão inusitada envergadura artística, científica, cultural, política, sei lá que mais?!
Algo não bate certo. E é esse algo que dá cabo da estrutura do meu sistema nervoso.
Vou, no entanto, ter que me aguentar no balanço, porque ainda falta condecorar 2.874 excelsos portugueses, para que não haja nem mais um – unzinho que seja!... – sem uma medalhita, comendazita, rosetita ou espadita. O que seria ingratidão sem nome.
Deixem-me todavia, corrigir algo que disse atrás. Asseguro-vos uma coisa: na verdade, falta condecorar 2.873 e não os 2.874 de que falei acima.
É que, quando chegar a minha vez – porque vai chegar, não duvidem, já que alguém, com capacidade imaginativa de louvar a Deus, há-de descobrir um dia que, “ali para os lados de Setúbal, alapado atrás de um chaparro, a roer um pedaço de choco frito, existe um magano que ainda não foi condecorado”, descobrindo também que faço jus a ser distinguido pelo brilhante feito de ainda o não ter sido – vou recusar.
Sim, amigos, vou r - e - c - u - s - a - r !!! Seca, arrogante, malcriada talvez e definitivamente, recusarei com todas as forças do meu ser. Nem que seja a última coisa que faço neste vale de lágrimas!
Quero para mim a suprema honra de ser o único português não condecorado.
E tenho esse direito, porra! Tal nã tá a moenga, hã?!
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quinta-feira, junho 09, 2005
416. So do I, Rui, so do I...
Rui Veloso, em entrevista hoje a “O Independente”.
* * *
Estou a ver, caro Rui, que lá terei que ir comprar mais umas musiquinhas tuas, para te ajudar a viver. Bem mereces!
…
415. De novo a cidade por que me perdi...
414. Será verdade?
Corre ainda que, há uns 6 meses atrás, após exame de rotina, os médicos o aconselharam vivamemte a moderar a duração dos repetitivos discursos, pois que corria o sério risco de perder a voz, se continuasse como até aí.
Ao que parece, Jorge Fernando Branco de Sampaio não seguiu os avisados conselhos clínicos, pelo que o que tanto se temia acabou por acontecer e está, agora, com as cordas vocais tão seriamente afectadas que perdeu mesmo a capacidade de articular palavra, temendo-se que não consiga recuperá-la até, pelo menos, Fevereiro de 2006.
Será verdade?!
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413. Então e o porquê?
Público
* * *
Acredita-se, sem dificuldade. Não será, contudo, necessário que se explique o porquê da afirmação?
Que política ou que jornalismo são estes?
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quarta-feira, junho 08, 2005
411. A cidade por que me perdi...
410. Calma, muita calminha!...
Tenhamos calma que o senhor Engº está a trabalhar!
Os de Fernando Gomes, na Galp, Nuno Cardoso, nas Águas de Portugal, Luís Nazaré, nos CTT, e António Vitorino, na RTP, já estão.
Então? Só faltam 149 996...
Calma, pois! Roma e Pavia não se fizeram num dia!
* * *
Uma das mãos minhas amigas fez-me chegar mais esta.
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409. Pois não haviam de estar!?... Até eu estou!...
e Oposição critica em bloco
DN
PS não gostou de ouvir o ministro com posição diferente da do Executivo.
-> ver mais
* * *
Há que ser-se rigoroso. Não foi em bloco que a Oposição criticou. Se virem bem, houve quem aplaudisse... Na Soeiro Pereira Gomes, por exemplo.
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408. Terei percebido mal?
Processo por défice excessivo contra Portugal
vai ser lançado no dia 22 -> mais
Público
Mas... que se passa?!
Os processos por défice excessivo não estavam suspensos até 2008? Confesso que esta me surpreendeu.
Terei percebido mal?
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terça-feira, junho 07, 2005
407. Vícios privados, públicas virtudes!
As receitas dos impostos especiais sobre o consumo (incidentes, nomeadamente, sobre tabaco, álcool e bebidas alcoólicas, gasolina e veículos automóveis) terão atingido no ano de 2004, conforme se pode ler no Relatório que acompanha o OE/2005, cerca de 5,5 mil milhões de euros, ou seja, quase 20% do total das receitas fiscais (sem contribuições sociais). No plano europeu verifica-se, igualmente, que cerca de 15% das receitas provêm destas fontes.
E tanto ou mais importante do que isso, é a constatação que, devido às características e natureza que esses impostos revestem, eles são obtidos com mínimos de resistência social, bem ao contrário do que acontece com os impostos que atingem o rendimento ou outras manifestações de capacidade económica dos cidadãos- contribuintes. Por isso são a “reserva fiscal” de qualquer governo e finanças públicas aflitas.
Mas qual é a origem dessa tão peculiar “indulgência contributiva”, admitindo que o comum dos contribuintes não foi conquistado ou não está desperto para as (discutíveis, na prática) potencialidades correctivas destes impostos, suportadas em argumentos à Pigou ou à Ramsey? A busca de uma resposta reconduz-nos à questão (histórica) dos chamados “impostos sobre o pecado” ou, na sua designação inglesa, à “sin taxation”.
Recorrendo a Hinrichs, na sua sempre actual “Teoria geral de evolução das estruturas fiscais...”, vem de longa data – por vezes remontando ao tempo medieval - a existência de tributos, multas e direitos sobre actos e práticas sociais, que hoje constituem verdadeiras curiosidades fiscais, como a encontrada nos arquivos de tribunal inglês, que referia ter “a esposa de Hugo de Nevill pago ao Rei 200 galinhas pela autorização para dormir uma noite com o seu marido, Hugo de Nevill”! E, também, ao mundo antigo, em Atenas, onde já se cobravam tributos sobre as práticas de adivinhação, de magia, de prostituição, de jogo, etc.
Em interessantíssimo trabalho sobre o tema, Sérgio Vasques (1999, ed. Almedina) interroga-se também sobre o como, o quando e em que condições sociais terão surgido este tipo de impostos. Assim, e no caso do tabaco, a grande controvérsia moral e religiosa com que, no séc. XVII, foi efectuada a introdução da planta na Europa - cujo uso foi assumido a uma “imitação de costumes ímpios e selvagens da América do Norte” -, chegou a justificar em Inglaterra, mais do que a respectiva tributação, a proibição do seu consumo no início dos anos 1600. Na Rússia dos Czares, o primeiro dos Romanov proibiu, igualmente, a mera posse de tabaco, e puniu os fumadores com o corte dos lábios, e aqueles que preferissem o rapé, com o corte do nariz! O vício foi, porém, mais forte, como todos sabemos hoje!
No caso do álcool, por seu turno, a questão terá sido, segundo o mesmo autor, bem mais complexa: é que, no séc. XVII, tanto o vinho, no sul da Europa, como a cerveja, no Norte, integravam tradicionalmente a alimentação quotidiana popular, e eram produzidos a nível doméstico e comunal, neles se confundindo, como em tantos outros géneros, as qualidades de alimento e medicamento. Por exemplo, Francis Bacon atribuía a boa saúde e longevidade da Rainha Elisabete I de Inglaterra, à sua dieta de bife e cerveja ao pequeno-almoço (!); e, entre nós, Pedro Hispano, no “Livro sobre a Conservação da Saúde” recomendava que se lavasse com bom vinho as narinas “a fim de fortalecer a digestão e afastar as ventosidades”(!). Pelo que, neste campo, a tributação terá sido originada pela produção e consumo das bebidas destiladas, de conteúdo alcoólico mais elevado, e que, no dizer da altura, proporcionavam “um novo tipo de embriaguez”! E, mais uma vez e sem surpresa, a Igreja condenou, como “pecado”, o abuso do álcool e todo o género de vícios e comportamentos que o mesmo gerava.
Modernamente, parece ter-se vindo juntar à velha lista dos “pecados” a posse e uso de veículos automóveis. Mas foi, sobretudo, a partir do início dos anos 90, quando os países nórdicos introduziram as designadas “reformas fiscais ambientais” (“green taxation”) que autoridades políticas e fiscais de diferentes países aumentaram impostos já existentes, ou introduziram novas formas de imposição sobre bens e actividades consideradas danosas do meio ambiente, e por esse facto justificadas. Em consequência, ganharam novas relevâncias as tributações dos combustíveis, dos veículos, da poluição atmosférica, da gestão e tratamento dos resíduos e lixos, dos produtos tóxicos, etc.
Mas se, inicialmente, os impostos do pecado terão nascido com a intenção “prevenir e reprimir determinados comportamentos em homenagem às vozes da consciência”, hoje a finalidade de angariação de receita é, objectivamente, predominante sendo, neste aspecto, Portugal um dos “campeões de bilheteira”. A tributação dita “ambientalmente conexa” atinge entre nós valores da ordem dos 3,8% do PIB, para uma média (ponderada) internacional inferior a 2% (OCDE).
Para se ter uma dimensão mais próxima e real do que tal significa, podemos dizer que os montantes que tais impostos representam são semelhantes ao volume de recursos que todo o sector público administrativo aplica anual e directamente em investimento; correspondem a cerca de 80% dos gastos orçamentais em saúde; e cobrem totalmente as despesas com defesa, segurança e ordem pública! São, portanto, encarados como uma fonte de financiamento “virtuosa”, uma pública virtude!
Pelo que, caros leitores, sejam patriotas: fumem, bebam, comprem e andem de carro, isto é, “MATEM-SE”! O Orçamento de Estado, a sustentabilidade financeira do sistema de Segurança Social, o País, agradecem e irão ao vosso funeral!
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406. Late afternoon thought... (lxxx)
tornar-te-ás inapelavelmente amargo e companhia a evitar.
Ruvasa
405. Freitas enriquece o próprio curriculum…
… e o anedotário nacional. Se não, vejamos: Enquanto o governo tem uma posição oficial acerca da questão do Tratado da Constituição Europeia, o seu ministro dos negócios estrangeiros, o inefável Freitas do Amaral, talvez baseado no princípio de que quod abundat non nocet, tem duas: a do governo, que é a de que o referendo se mantém, realizando-se em Outubro, tal como está previsto, e outra, a pessoal, que preconiza que se comece, desde já, a trabalhar noutra versão, que sirva a todos, já que esta não o faz. Quer dizer: está sempre virado para o que der e vier, seja lá o que for ou até mesmo o seu contrário! Que abrangência, a deste MNE, que excelência, a deste governo, que paciência, a nossa, Catilina! E, imagine-se, é capaz de dizer tal barbaridade, em público, com a maior serenidade e cara de pau deste mundo! Esta incontinência verbal costuma dar mais tarde, bem mais tarde na vida. Se a ele deu já agora, é preciso tomar medidas cautelares e urgentes, antes de que nos comprometa, séria e irremediavelmente, em qualquer forum internacional. | Bocemecê coça-me o barrigame qu'eu digo-le o qu'eu penso |
segunda-feira, junho 06, 2005
404. A quem ache estranho…
Está-se a trabalhar, por forma a poderem ser apresentados resultados em devido tempo. Esclareço ainda que se espera que, a breve trecho, se entre em contacto com as pessoas que tiveram a gentileza de formalmente se declararem dispostas a aderir.
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domingo, junho 05, 2005
403. Onde as razões do "não?
402.Vários blogs, várias lutas...
E as pessoas aderirão à - ou às - que considerem de interesse, não implicando a adesão a uma delas o acolhimento de todas ou de qualquer outra que não aquela a que efectivamente aderiu.
Mais democrático do que isto, não se vê como... ;-)
No seu blog, It's a perfect day... Elise, a bloguista explica como é.
A esta, do cartaz a elaborar pela soi-disant "Comissão de Luta Contra a Exclusão Social dos Políticos Portugueses", já chegaram várias e boas adesões. Aguarda-se a vinda de outras.
À medida que for havendo notícias, aqui se dará conta.
Pede-se a atenção para o seguinte, que nos parece de decisiva importância:
Posta esta ideia em marcha, seria muito mau que ela não vingasse e não se conseguisse levá-la para a frente, por desinteresse das pessoas.
Seria uma prova iniludível de que, afinal, muito se apregoa contra a "exclusão social dos políticos" (e estamos em crer que a ideia está bem apercebida e acolhida pela generalidade das pessoas...), mas que, na realidade, se pensa ser mais cómodo deixar tudo como está... por estar bem.
Tratar-se-ia de uma incoerência dificilmente explicável e a partir da qual deixaria de ser lícito que alguém perpetuasse a sua discordância através dos costumados murmúrios, sem que tivesse a coragem directa, frontal e decisiva de afirmar bem alto, de forma a não deixar dúvidas, perante os próprios políticos, que a sociedade portuguesa entende que não é mais possível deixá-los - a eles, políticos - num gheto, fora da sociedade portuguesa, a que, por inteiro, têm o direito constitucional de pertencer.
Por esta razão, que é determinante, espera-se a adesão de muitos, todos quantos da iniciativa venham a tomar conhecimento.
Porque, efectivamente - repito -, não queremos que os políticos portugueses continuem na ignorância do que para eles efectivamente desejamos e do que deles efectivamente esperamos, ou seja, que não os queremos mais excluídos do seio da nossa sociedade e que esperamos que se integrem nessa sociedade, a corpo inteiro, para o bem e para o mal.
Se o Sol quando nasce é para todos, os políticos não podem continuar na sombra. Têm que desfrutar, quando menos, de um pequenino raio.
O político português não pode excluir-se da sociedade em que vive, nem deixar que o excluam. Porque ninguém tem o direito de o fazer. Ele é cidadão como qualquer outro. Nunca menos. Não há, portanto, razão, justificação para ser discriminado.
* * *
Vai ser, como é fácil de perceber, necessário fazer-se um pequeno esforço, no sentido de se angariar a importância necessária à feitura e afixação de um cartaz, de que o que publiquei poderá constituir um esboço a melhorar consoante os contributos, em ideias, que nos chegarem.
Logo que de posse dos elementos que possibilitem determinar qual o preço, prestarei melhores esclarecimentos.
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