domingo, junho 05, 2005

403. Onde as razões do "não?

O "sim" ao Tratado da Constituição Europeia está explicado, fundamentado.

Insere-se no prosseguimento da edificação da Europa Unida, iniciada em 1957, com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Tarefa que, desde então, nunca mais teve retrocesso. Não parece conter incoerências nem disparidades, é afirmativo em todos os sentidos do termo. Não gera dúvidas sobre a interpretação que dele deve ser feita. Trata-se, por fim, de uma posição una e inequívoca, que não se conforma com os nem se verga aos ditames da conjuntura.
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48 anos depois da C.E.C.A., surgem dois "nãos" (...) explícitos (...) ao TCE, que mais não é do que o natural prosseguimento, expectável, da política que tem vindo a ser seguida (...) SEGUE
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5 comentários:

Agnelo Figueiredo disse...

Não vejo nenhuma razão válida para não criarmos uma "Grande Europa". Tomara eu ser "Europeu"!
Manter a minha cultura portuguesa, a minha "nacionalidade", a "minha" autonomia, mas ser "Europeu".
Os Galegos, e os Catalães têm as suas identidades culturais mas são Espanhois.
Mas os partidos baralham tudo e aproveitam todos os pretextos para fazer luta política...
Azurara

Anónimo disse...

O Não da França é mais um exemplo da extrema necessidade de avançar com a Europa. De facto, um Gande espaço de paz e de prosperidade económica e social ( mesmo que esta tenha de regredir um pouco para se sustentar ) funciona como um seguro de vida, nomeadamente para a França ( e também para a Holanda ).

Eles já se esqueceram que só no Sec XX levaram com os Alemães em cima 2 vezes, e toda a gente teve de se unir para os libertar. E mais tarde, ainda tiveram a lata de liderar o movimento anti campanha do Iraque ( foi isso que me convenceu a aceitar, que não a defender, essa intervenção anglo-americana ).

Enfim, coisas da vida

um abraço

Ruvasa disse...

Viva, Anonynous!

É. Esquece muito a quem come muito Camembert.

De resto, os franceses são conhecidos pelo estúpido chauvinismo, não pela invulgar inteligência.

;-)

Se fossem mais conhecidos ou menos pelos motivos contrários logo veriam, para além do pedaço de História que evidenciou, que sozinhos não conseguirão enfrentar os colossos que são o USA e a emergente China.

É que nem La Palisse, descobrindo as evidentes evidências, conseguiu abrir-lhes os olhos.

Mas não são apenas os franceses. Não. Nem me estou a referir aos holandeses. Há mais. Na Europa há muita intelectualidade de pacotilha e vigora muito o wiseguyism do politicamente correcto.

Acontece, porém, que quando estamos, nós, europeus, com o cauda a arder, lá temos que pedir que outros - invariavelmente os americanos - nos venham tirar as castanhas do lume, como, no séc. XX, aconteceu por duas grandes vezes e uma pequena vez, que podia ter redundando em outra grande vez: a I e II guerras e a questão do Kosovo.

Enfim! Depois, como é que ainda haverá cara para lhes ir pedir novamente ajuda, se o que se pretende é fazer-lhes concorrência, para não sermos abafados?

Somos, europeus, grandemente hpócritas. Que, aliás, é o que acontece às sociedades, quando atingem determinado nível de vida sem muito trabalho e quando nem para se defenderem pelo fio de espada, servem, tendo que socorrer-se dos "adversários".

Cumprimentos

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, Azurara!

Não vendo nenhuma razão válida para não criarmos a Grande Europa, não vá pensar que está cego. Não. Não a vê porque não a há, na verdade.

Estes arremedos de isolacionismo estulto francês e holandês nem arremedos chegam a ser. Não passam de fogos fátuos e eles sabem-no.

Não há outra solução que não seja a que, desde o início, esteve presente no espírito fundador. Em homens com visão política e sentido de preservação europeia muito mais lúcidos do que os dos aprendizes de feiticeiro de hoje. Também não admira. Tinham, então passado apenas 12 anos sobre a tragédia que enlutou todo o mundo e deixou a Europa arrasada. As feridas ainda não estavam saradas. Hoje, pelo contrário, vive-se desafogadamente e parece esquecer-se os perigos sempre latentes.

Sabe, Azurara, é muito "in" jactar-se alarvidades nos salões europeus, de taça de champanhe em riste e belas mulheres à volta.

Até que um dia, os bombeiros venham acordá-los para as realidades da vida, onde não há salões, nem as futilidades da discussões esotéricas, sem conteúdo, como se fossem a essência da vida quotidiana.

abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, Lazuli!

Sim, a música tem em mim um efeito emoliente. Provavelmente o mesmo que lhe acontece.

Outro para si

Ruben

NB.- Vou agora ao seu blog, para ver se é possível enviar-lhe um email.

Até já.