domingo, fevereiro 13, 2005

169. O "Expresso", comadre de bairro

A NOTÍCIA do «Público» segundo a qual Cavaco Silva apostava na vitória do PS com maioria absoluta como rampa de lançamento de uma candidatura a Belém terá tido origem na «entourage» de Santana Lopes. É esta a convicção de várias pessoas próximas de Cavaco, como o EXPRESSO apurou.
Expresso online

Antigamente jornal respeitado, o Expresso guia-se agora - e, com isso, fabrica “notícias” - por aquilo que ele próprio reconhece poder não passar de convicções/suposições alheias, ou seja, suposições de suposições, portanto, sem qualquer base de sustentação real. De jornal de referência na democracia indígena, passou a pasquim de comadrice de bairro.

MIGUEL Cadilhe ficou surpreendido com a evocação do seu nome por Santana Lopes para ministro e terá manifestado em privado que nunca fará parte de um novo Governo pelo actual líder do PSD. Mas, em público, Cadilhe prefere explicar a sua recusa pela aliança que o PSD mantém com o PP, invocando a sua conhecida aversão a Paulo Portas, a quem atribui traços de carácter nada recomendáveis. Contactado ontem pelo EXPRESSO, Cadilhe reiterou esse argumento, mas escusou-se a fazer mais comentários por ter decidido remeter-se ao mais absoluto silêncio.
Expresso online

Miguel Cadilhe já autorizou a que se desmentisse tudo isto. E já tudo foi desmentido. Mas o "Expressso", jornal das “notícias” das comadres, mantém-se inalterável, inamovível, olímpico, na sua pesporrência. Em defesa da verdade que é só uma, a sua.

Misérias!...


Quando é que se publicará e cumprirá legislação que aplique às comadres o correctivo de que tanto estão a necessitar? Quando é que estas comadres passarão efectivamente a ser responsabilidades pelas atoardas que lançam aos quatro ventos, com a maior das irresponsabilidades? Quando é que começarão, como qualquer órgão democrático, a ser escrutinadas, elas também? Porque, não o sendo, dão-se ao luxo de eleger e derrubar câmaras de deputados, de erguer e deitar abaixo governos, com base em boataria e favorecimentos escusos, com o maior dos impudores.

Misérias que não pode continuar a permitir-se. Liberdade de imprensa não autoriza libertinagem de imprensa.

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