Surgiu por aí, na Comunicação Social, a “notícia” de que António Gueterres teria afirmado em privado – talvez com a intenção de que o partido não corresse novamente tamanho risco – que o PS foi prejudicado, não tendo obtido a maioria absoluta, por ter perdido o élan, ao suspender a campanha eleitoral, quando do falecimento de Amália Rodrigues, em 1999.
Claro que ponho sob muita reserva a “notícia”, pois que raras são as que, hoje em dia, merecem algum crédito na Comunicação Social portuguesa.
No entanto, se é verdade que Guterres teria afirmado tal, duas ilações são de retirar de imediato:
.....1. A falta de oportunidade de Amália, que teve o mau gosto de falecer quando tanto mau jeito dava ao PS;
.....2. A certeza de que, no caso de não vir a obter, desta vez, a tão ambicionada maioria, ninguém do PS poderá vir atribuir o desaire à circunstância de a Irmã Lúcia ter sido tomada por mau gosto e falta de oportunidade semelhantes aos de Amália, dado que o PS agora não parou a campanha.
Quem, então, poderão os socialistas culpar do insucesso? Está-me a parecer que só poderá ser o eleitorado.
Sim, vai ser o eleitorado a ter a responsabilidade. Porque terá atribuído mais valor à Irmã Lúcia, pessoa que é um marco de referência para milhões de portugueses, e ao seu falecimento do que às maravilhas que os socialistas teriam para lhes dizer e prometer.
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