Ora muito bem. Cá estamos, para cumprir o prometido ontem. Que foi o de deixar aqui, em letra de forma – e não mais em meros sussurros de corredor, embora em crescendo de audibilidade – as razões por que, a despeito de não se sentir bem enquadrado no PSD e não perdendo uma única oportunidade para o atacar, e a quem o dirige, seja quem for, em tudo quanto é órgão de comunicação social e lhe dê acesso, José Pacheco Pereira não assume a atitude que a consciência de qualquer cidadão comum e normal lhe imporia que assumisse, ou seja a de se desvincular do partido, para, então, sim, já sem aquele cunho de quem se mostra incapaz de retribuir atenções e, pelo contrário, ataca permanentemente quem o acolhe e alimenta, descarregar a bílis acumulada.
Em abono da verdade, há que dizer que as razões se resumem a uma só. O que acontece é que ela tem mais do que uma vertente, embora todas desemboquem em uma apenas, que é a que realmente conta, por constituir a mola real de tudo.
Então, qual será ela, essa razão?
Simples: a notoriedade.
E, com ela, a imensa vanitas que ressuma de todos os poros por que respira, perante essa mesma notoriedade que, junto do público tem, por dispor de vários púlpitos, de onde perora horas a fio, sem tirte nem guarte e sem deixar que outros falem – talvez para que não fique evidente o vazio de ideias construtivas que por ali vai – numa constante fuga para a frente, que jamais terá aquietação, enquanto a situação se mantiver.
Qualquer simples mortal, dispondo de conhecimentos mínimos e capacidade crítica, facilmente conclui que todo aquele imenso esforço palavroso, espremido, se reduz a pouco mais do que o mais simples dos zeros à esquerda. É discurso guterriano, improdutivo, mais redondo do que bola de futebol, em que ninguém consegue pegar. É, na verdade, laranja sem sumo, em que a casca é, a um tempo, única base de sustentação e resultado final.
Mas, vejamos melhor:
Antes de ingressar no Partido Social Democrata, quem era José Pacheco Pereira? Um estimável ilustre desconhecido, mais um que passa, entre tantos, perdido na mole imensa de uma multidão anónima e proletária, que certamente o horroriza. Ora, assim sendo, algo havia que fazer para dela sair. O que é muito louvável. Mas, para dela sair, que fazer? Olha em volta e descobre. Eis que ali está um partido, simpático, democrático a raiar a anarquia, que até permite no seu seio quem o ataca, excelentemente posicionado no espectro político nacional, em que exerce influência decisiva, que, por isso mesmo, confere a qualquer militante com ambições a possibilidade de obter a notoriedade de que precisa. É isso mesmo. Há que filiar-se.
E, filiando-se, ganhou a notoriedade sonhada. Tudo certo, nada a criticar até aqui. É ambição humana normal e, como tal, que aceitar sem tergiversações ou abjurações.
Curiosa, porém, é a constatação de que, praticamente desde o início, a sua praxis foi sempre a mesma. É que, ser-se filiado no PSD pode dar - e dá - alguma notoriedade, mas não toda aquela que desejava. Como então fazer, para a alcançar?
Num país em que a Comunicação Social - a tablóide e a outra... - vive de escândalos, que melhor forma de atrair atenções e passar a ser requestado por tudo quanto é jornal, TV e rádio, do que bater consecutivamente no partido em que está inscrito e nos seus dirigentes? Um verdadeiro filão para uma CS em autogestão, toda poderosa e não sujeita a escrutínio de qualquer espécie, razão por que pode acolher e apadrinhar tudo o que lhe der na real gana! Nestas condições, um militante de um partido da dimensão do PSD, cuja profissão de fé consiste em bater em quem o acolhe no seu seio e lhe dá a notoriedade que não tinha e a que tanto aspirava, é diamante tão puro e tão bem modelado que nem sequer necessita da mínima lapidação.
Eis, em breves palavras, a história. Sem sofismas nem mantos diáfanos…
Sabe-se, por outro lado, que ninguém, uma vez alcançada alguma notoriedade, a perde de bom grado. Ora, desfiliando-se do PSD, José Pacheco Pereira perderá as luzes da ribalta. E isso, não pode ele permitir-se.
Não se trata, pois, de um infiltrado no PSD, como tantas vezes por aí se ouve dizer. É, isso sim, um notorio-dependente que, como qualquer viciado, recorre a todos os meios, legítimos ou menos, para obter o "produto" de que necessita.
Em abono da verdade, há que dizer que as razões se resumem a uma só. O que acontece é que ela tem mais do que uma vertente, embora todas desemboquem em uma apenas, que é a que realmente conta, por constituir a mola real de tudo.
Então, qual será ela, essa razão?
Simples: a notoriedade.
E, com ela, a imensa vanitas que ressuma de todos os poros por que respira, perante essa mesma notoriedade que, junto do público tem, por dispor de vários púlpitos, de onde perora horas a fio, sem tirte nem guarte e sem deixar que outros falem – talvez para que não fique evidente o vazio de ideias construtivas que por ali vai – numa constante fuga para a frente, que jamais terá aquietação, enquanto a situação se mantiver.
Qualquer simples mortal, dispondo de conhecimentos mínimos e capacidade crítica, facilmente conclui que todo aquele imenso esforço palavroso, espremido, se reduz a pouco mais do que o mais simples dos zeros à esquerda. É discurso guterriano, improdutivo, mais redondo do que bola de futebol, em que ninguém consegue pegar. É, na verdade, laranja sem sumo, em que a casca é, a um tempo, única base de sustentação e resultado final.
Mas, vejamos melhor:
Antes de ingressar no Partido Social Democrata, quem era José Pacheco Pereira? Um estimável ilustre desconhecido, mais um que passa, entre tantos, perdido na mole imensa de uma multidão anónima e proletária, que certamente o horroriza. Ora, assim sendo, algo havia que fazer para dela sair. O que é muito louvável. Mas, para dela sair, que fazer? Olha em volta e descobre. Eis que ali está um partido, simpático, democrático a raiar a anarquia, que até permite no seu seio quem o ataca, excelentemente posicionado no espectro político nacional, em que exerce influência decisiva, que, por isso mesmo, confere a qualquer militante com ambições a possibilidade de obter a notoriedade de que precisa. É isso mesmo. Há que filiar-se.
E, filiando-se, ganhou a notoriedade sonhada. Tudo certo, nada a criticar até aqui. É ambição humana normal e, como tal, que aceitar sem tergiversações ou abjurações.
Curiosa, porém, é a constatação de que, praticamente desde o início, a sua praxis foi sempre a mesma. É que, ser-se filiado no PSD pode dar - e dá - alguma notoriedade, mas não toda aquela que desejava. Como então fazer, para a alcançar?
Num país em que a Comunicação Social - a tablóide e a outra... - vive de escândalos, que melhor forma de atrair atenções e passar a ser requestado por tudo quanto é jornal, TV e rádio, do que bater consecutivamente no partido em que está inscrito e nos seus dirigentes? Um verdadeiro filão para uma CS em autogestão, toda poderosa e não sujeita a escrutínio de qualquer espécie, razão por que pode acolher e apadrinhar tudo o que lhe der na real gana! Nestas condições, um militante de um partido da dimensão do PSD, cuja profissão de fé consiste em bater em quem o acolhe no seu seio e lhe dá a notoriedade que não tinha e a que tanto aspirava, é diamante tão puro e tão bem modelado que nem sequer necessita da mínima lapidação.
Eis, em breves palavras, a história. Sem sofismas nem mantos diáfanos…
Sabe-se, por outro lado, que ninguém, uma vez alcançada alguma notoriedade, a perde de bom grado. Ora, desfiliando-se do PSD, José Pacheco Pereira perderá as luzes da ribalta. E isso, não pode ele permitir-se.
Não se trata, pois, de um infiltrado no PSD, como tantas vezes por aí se ouve dizer. É, isso sim, um notorio-dependente que, como qualquer viciado, recorre a todos os meios, legítimos ou menos, para obter o "produto" de que necessita.
(continua amanhã)
3 comentários:
Viva Ruvasa,
Continuo a achar esta "perseguição" exagerada. Marcelo, por exemplo, faz campanha pelo PSD sem tocar no nome de Santana. Cavaco recusa-se a aparecer nos cartazes. Marques Mendes candidata-se mas já vai dizendo que vai concorrer contra Santana... porque é que Pacheco é o pior ?
Viva, Ricardo!
Enquanto os outros podem ter tido uma infelicidade, ou duas ou três - o que já é muito, reconheço - Pacheco tem, neste aspecto um comportamento recorrente, sendo useiro e vezeiro nos ataques a tudo e todos no PSD e ao PSD, de há bons anos a esta parte.
E não é normal que, fazendo uma avaliação tão negativa do partido, achando-o mesmo também tão mal servido por tudo e por todos, não se desfilie, indo pregar para outra freguesia, mais conforme com os seus ideais, de onde, então, sim, poderia atacar o partido e todos os seus membros, sem que alguém o criticasse.
Servir-se da liberdade do partido para, do interior, o atacar impunemente não é bonito, Ricardo. Não achas? Que outro partido aguentava a pachequiana figura? Repara que nem lhe atribuo o qualificativo de "quinta coluna"...
Mas, repito: Não te precipites, que tudo chegará a seu tempo. Enche-te de paciência, pois, e espera um pouco mais.
Hoje ficaste a saber que o que o move é apenas a sua notoriedade pessoal - nem que seja à custa do partido em que está inscrito como "militante". Notoriedade que não teria se não fosse o PSD, notoriedade que constitui "dívida" que não paga, como qualquer cidadão comum que facilmente percebe que estas ligações têm sempre uma troca necessária, um Deve e um Haver, um receber e um dar.
Amanhã, ficarás a saber outra parte. Finalmente, na sexta-feira, o resto.
Não te precipites, pois, e perceberás tudo.
Não notaste que ninguém do PSD veio estranhar o que tu chamas ataque? Nem virá. E olha que estes posts, para além de quem os lê aqui, chegam, por email, a cerca de duas centenas de pessoas, que incluem filiados no PSD, seus simpatizantes, bem como estruturas várias e de diversos escalões, local, distrital e nacional. Apenas tu, que já te declaraste aqui pelo menos simpatizante "do outro lado", o fizeste! Isso poderá não explicar tudo, mas algo diz, certamente.
Pergunto-te, se me permites: gostarias de ter um Pacheco no teu partido? Confia no que te digo. Ninguém o quer lá. Ele é que não despega... Porquê? Sabê-lo-ás nos próximos dois dias.
Viva, Ricardo!
Enquanto os outros podem ter tido uma infelicidade, ou duas ou três - o que já é muito, reconheço - Pacheco tem, neste aspecto um comportamento recorrente, sendo useiro e vezeiro nos ataques a tudo e todos no PSD e ao PSD, de há bons anos a esta parte.
E não é normal que, fazendo uma avaliação tão negativa do partido, achando-o mesmo também tão mal servido por tudo e por todos, não se desfilie, indo pregar para outra freguesia, mais conforme com os seus ideais, de onde, então, sim, poderia atacar o partido e todos os seus membros, sem que alguém o criticasse.
Servir-se da liberdade do partido para, do interior, o atacar impunemente não é bonito, Ricardo. Não achas? Que outro partido aguentava a pachequiana figura? Repara que nem lhe atribuo o qualificativo de "quinta coluna"...
Mas, repito: Não te precipites, que tudo chegará a seu tempo. Enche-te de paciência, pois, e espera um pouco mais.
Hoje ficaste a saber que o que o move é apenas a sua notoriedade pessoal - nem que seja à custa do partido em que está inscrito como "militante". Notoriedade que não teria se não fosse o PSD, notoriedade que constitui "dívida" que não paga, como qualquer cidadão comum que facilmente percebe que estas ligações têm sempre uma troca necessária, um Deve e um Haver, um receber e um dar.
Amanhã, ficarás a saber outra parte. Finalmente, na sexta-feira, o resto.
Não te precipites, pois, e perceberás tudo.
Não notaste que ninguém do PSD veio estranhar o que tu chamas ataque? Nem virá. E olha que estes posts, para além de quem os lê aqui, chegam, por email, a cerca de duas centenas de pessoas, que incluem filiados no PSD, seus simpatizantes, bem como estruturas várias e de diversos escalões, local, distrital e nacional. Apenas tu, que já te declaraste aqui pelo menos simpatizante "do outro lado", o fizeste! Isso poderá não explicar tudo, mas algo diz, certamente.
Pergunto-te, se me permites: gostarias de ter um Pacheco no teu partido? Confia no que te digo. Ninguém o quer lá. Ele é que não despega... Porquê? Sabê-lo-ás nos próximos dois dias.
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