(JPP) A MORTE DA IRMÃ LÚCIA foi tratada pela Igreja com reserva e comedimento, atitudes que correspondem certamente à vontade da própria Lúcia. Esta posição está em contraste com os políticos como Santana Lopes e Portas, mais o primeiro que o segundo, que a estão a transformar indirectamente num acto de campanha – é um completo contra-senso suspender a campanha por “luto” de dois dias, como será a proclamação, cada vez mais banalizada, de luto nacional. A separação institucional entre o Estado e a Igreja implica alguma moderação, e não é líquido que à Igreja agradem muito estas manifestações de dramatização alheia de oportunidade. Nota: vim agora a saber que o PS também vai a reboque. Está tudo a voar baixinho, sem o mínimo de solidez de pensamento e ... vergonha.
Na verdade, é uma vergonha!
Mas não o que Santana Lopes ou Portas fizeram, ou seja, suspender a campanha eleitoral por motivo do falecimento da Irmã Lúcia, pelo que ela representa para milhões de portugueses.
Na verdade, é uma vergonha, sim! O que o imprescindível Pacheco (ainda um dia destes aqui hei-de explicar por que o considero imprescindível), por motivos políticos - pequeninos como o próprio e para atacar o partido em que está inscrito - teve a "coragem" de escrever e deixar no seu bruto blog, hoje, pelas 8:41.
O que é que gente desta está a fazer no Partido Social Democrata, não me dirão? Integridade de postura (sim, quando menos de postura...) precisa-se!
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
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2 comentários:
Não me lembro de ver Pacheco Pereira tomar posição idêntica quando em 1999 a campanha eleitoral foi suspensa por morte de Amália Rodrigues. Conhecemos as origens políticas de P.P. Em 1975 militava num partido de extrema esquerda. Será que teve uma recaida?
Claro que não tomou, Amigo.
Melhor do que as origens, conhecemos Pacheco, ele mesmo. E não, não teve qualquer recaída. O homem sempre foi assim e não tem cura possível.
Meteu-se-lhe na cabeça que é o maior e que, depois dele, apenas o vazio. E, sabe, Amigo, quando se entra por este campo, as coisas tornam-se de retrocesso improvável e, de ordinário, acaba-se mal...
Mas seria bom que, pelo menos uma vez na vida, tivesse um momento de bom senso e tomasse a atitude que é forçoso que tome, ou seja, desfilie-se do partido que tanto ataca, de que tão inimigo é.
Todos sabemos a razão desta malquerença. É problema sinecural...
Pessoalmente, dele só quero uma coisa. Que deixe o PSD. Que desinfecte o ar. Continuar lá constitui uma afronta a qualquer social-democrata que se preze e que não se envergonhe do partido, ainda que por vezes dele discorde. Como eu.
Cumprimentos
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