quarta-feira, abril 13, 2005

313. O Galhofas (12). Frase da semana.

A ascensão política de António Borges não começou em Pombal. Pelo contrário. A sua progressão terminou em Pombal.
Paulo Gorjão, em Uma outra coisa, no Bloguítica

Diria mesmo mais:

Em boa verdade, terminou mesmo sem começar. Rápido como um raio. Estonteante!

Sim, senhora! Destes é qu'eu gramo aos molhinhos, carago! Não enganam ninguém. Muntos deziam qu'o home era super. Atão n'é qu'ele mostrou qu'afinal era... supersónico!

Vocemecê coça-me o barrigame e cá eu digo-le o qu'é qu'eu penso

...

8 comentários:

Ruvasa disse...

Viva, Pantera!

Eu incluído, porque ajudo à festa, não é?

;-)

Cheguei à conclusão de que só na galhofa é que isto se consegue levar por diante.

Sabe? Já andei por lá, entre 1978 e 1989, a trabalhar com um escravo, a ver trabalho de anos ser deitado fora, sem o mínimo respeito, sem nunca pedir nada ao partido e tudo lhe tendo dado, a ter muitos dissabores, por causa dos carreiristas e "aparelheiros.

grande abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Mas podia estar, que não sou de vidro... ;-)

Neste momento e desde 1989, sou mais inscrito e menos - muito menos, completamente menos - militante.

abraço

Ruvasa disse...

Pantera!

Deixe-me acrescentar algo de que me esqueci na resposta que lhe dei:

Mais do que "o País estar mal por causa desses dois partidos", eu sugeria que dissesse que "o país está mal por causa dos portugueses".

Vai sendo conveniente que percamos o hábito de lançar todas as culpas para as costas do vizinho, no pressuposto de que nós somos sempre os bonzinhos, virginais e inocentes de uma história que, por vezes, é de terror...

outro abraço

Anónimo disse...

O povo vota naquele partido que oferece as soluções mágicas, como se com um toque de magia todos os problemas desaparecessem. "Sem esforço, sem sacríficio, com magia, tudo se resolve"

Porquê? Regra geral, desde tenra idade, o português não é incentivado a pensar ou a participar activamente na sociedade. Acanha-se, habitua-se ao que os outros pensam...

Ainda por cima temos os media que temos...

Ruvasa disse...

Viva, Elise!

Talvez não me fique muito bem dizer o que vou dizer, atendendo a que tenho quase 63 anos.

Enquanto a minha geração (e outras, anterior e posterior) durarem, vai ser difícil que as coisas mudem. E, para falar com toda a abertura de espírito, duvido que, mesmo assim, mortos os velhinhos, as coisas entrem nos eixos logo de supetão.

O problema, sabemos, é cultural.

Durante muitos anos, sem instrução que se visse, sem educação cívica que se "palpasse", não havia hipótese de se "arranjar", em número minimamente suficiente, cidadãos com capacidade crítica.

Mas não, evidentemente, a crítica cretina que por aí tanto vemos, acéfala, dos deslumbrados da demos + kratia que, descobrindo que, dizendo seja o que for, mesmo asneirada grossa, de preferência aos berros, ninguém os reduz à verdadeira condição, nem lhes vai à mão, vão-se enchendo de ridícula autosuficiência e se tornam insuportáveis ignorantes de tudo e sábios de nada, pesporrentes novos-ricos da oratória imbecil.

De momento, porém, ainda não tem a democracia portuguesa profundidade, espacial e temporal, suficiente para que os efeitos de algo de "normal" que forçosamente terá que acontecer, se notem já. Há que dar tempo ao tempo. E, acima de tudo, que ser paciente. Mesmo que a democracia seja, como sabemos, o mais cansativo dos regimes políticos conhecidos.

Quando toda esta alarvidade passar, "outros amanhãs cantarão" (gulp!) e pode ser... pode ser que, então...

Speriamo! Chi vivere, vedrà! Sono sicuro!

Cumprimentos

Ruvasa disse...

Viva, Patrick!

Eu sei que isso é a sua amabilidade natural que dita. Não exageremos, contudo.

Escrevo ao correr do teclado e sem pretensões, que os anos já me tiraram algumas veleidades.

Gosto de ser da minha geração, não obstante os contras. Porque os prós são também em grande número.

The Platters, Glenn Miller e Nat King Cole, rock'n'roll, Beatles e Lennon (não são a mesma coisa...), guerras de África e Nam, "Muro", Sartre, João XXIII, Martin Luther King, Maio de 68 vivido de longe (muito longe, mesmo, mas com atenção...), tudo isso e muito mais. Os fifties, os sixties e até os seventies são décadas que, não obstante as muitas insuficiências, os avanços seguidos de recuos, muito marcaram. Para o bem e para o mal.

Embora por vezes nostálgico, não sou saudosista, porque o caminho faz-se andando. Para a frente, sempre para a frente. E não sou dos que pensam que dantes é que era bom. Isso seria negar a capacidade humana de progredir. E constituiria um contra-senso.

Tudo isso está certo. Daí, porém, a retratar uma geração tão rica e diversificada...

Grande abraço, Patrick. Amigo.

Anónimo disse...

Subscrevo o que Patrick disse.
Cumprimentos

Ruvasa disse...

Viva, Elise!

Está bem. Vocês são jovens, portanto ainda em idade de se vos perdoarem os exageros.

Ego vos absolvo! ;-)

cumprimentos