Não há dúvida de que tantas piruetas e matreirices se cometem que, a determinada altura, já nem o próprio autor de tais “feitos” acredita em si mesmo.
Vem isto a propósito da prédica dominical do Pe. Marcelo. (perdão, é Prof., não Pe.)
Já há uns tempos que o não ouvia. Faltava-me a pachorra.
Hoje, dei-me ao trabalho. E constatei que o homem perdeu a chama e está uma sombra do que era. Com o célebre episódio da “censura” na TVI deve ter-se capacitado de que, ele próprio esgotara a capacidade de se suportar.
Deve ter concluído que, se nem ele mesmo consegue já ouvir-se, dificilmente outros sentirão atracção pelas suas diatribes contra tudo o que está e de cenários, congeminados em noites de insónia, sempre má conselheira. Mais lhe valera dormir umas horas mais, já que muito do que anda para aí a dizer a esmo é apenas fruto das noites mal dormidas.
Nota-se bem o pouco à vontade com que está frente às câmaras. Gesticula mais do que diz, requebra-se mais do que comenta. Como é inteligente e experiente, apercebeu-se de tudo isto e certamente de mais algumas outras coisas. Daí, o incómodo que demonstra. Para o que deve também contribuir o facto de a “entrevistadora” o balizar devidamente, coisa que não acontecia na TVI.
Enfim! Deixemo-lo andar. Dias virão em que as coisas se hão-de compor. Elas cá se fazem, cá se pagam… Pode tardar, mas raramente falha.
Do que disse hoje, banalidades, vale a pena reter uma única coisa:
Afirmou, a propósito do não francês ao Tratado da Constituição Europeia, que, em democracia, as coisas são mesmo assim, ou seja, os eleitores agem como bem entendem e, depois, pagam (por vezes caro) pelas opções que fazem. Como se está a ver em Portugal, aliás, acrescento eu.
Provavelmente, nem ele próprio se apercebeu da força da verdade de Monsieur de La Palisse que, com isto, estava a enunciar.
Pela minha parte, sempre direi, como os antigos, que mais vale um gosto do que três vinténs. E assim é que... os portugueses quiseram ter um gosto; agora vão pagá-lo com os três vinténs.
Como é que dizia Guterres? Ah! sim, já me recordo:
- É a vida!
Pois... Guterres gostava muito de dizer coisas... Não era ele a picareta falante?
...
domingo, maio 29, 2005
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