Por razões diversas das apontadas por Luciano Amaral, em O Acidental, MACP (Movimento de Apoio Cavaco à Presidência)?, em que, reportando-se a textos de FCG publicados em O Insurgente, acerca da “necessidade”, para a Direita, de eleger um tal senhor Silva para a Presidência da República, aponta dúvidas quanto aos méritos políticos e governativos do cidadão em causa, aqui declaro (já, antes de que no PSD algo seja decidido sobre o assunto), que não apoiarei – muito pelo contrário opor-me-ei pelos meios ao meu alcance – qualquer candidatura de semelhante tal à Presidência da República.
Como digo atrás, não por razões de desconfiança relativamente às suas capacidades políticas e governativas, que essas foram demonstradas em devido tempo. Tão somente por uma questão de carácteres. Sim, de carácteres. O dele e o meu.
00- Como assim? - perguntará quem me leia.
Fácil de explicar. O meu carácter, a minha forma de estar na vida, não consegue compaginar-se, de forma nenhuma, com a que o referido senhor Silva vem evidenciando ao longo dos anos.
Durante algum tempo, confesso, andei equivocado. Foi logro em que deixei de estar e em que não voltarei a cair.
Portanto, aqui fica dito, preto no branco: Não apoiarei qualquer candidatura do senhor em causa, nele não votarei, farei mesmo campanha contra a sua eleição.
E espero que os sociais democratas – com particular realce para quem à data estiver a dirigir o partido – tenham a lucidez suficiente para não pretender levar o partido a apoiá-lo. No caso de o virem a fazer, é praticamente certo que a grande massa do seu eleitorado lhes sairá ao caminho, para lhes mostrar o erro cometido, desafectando-se do partido mais do que de momento está.
Será, pois, de bom aviso, que, antes de ser tomada qualquer posição nesse sentido, se pondere bem a questão e se avaliem as vantagens e inconvenientes de um apoio a quem está longe de merecer os favores do Partido Social Democrata que, entidade responsável, tem que mostrar também o seu verdadeiro carácter, a sua integridade.
Tenho, porém, uma profunda convicção: a de que não corro o risco der ter que fazer campanha contra o natural de Boliqueime. Pela simples razão de que não se meterá em tais assados. Na verdade, não concorrerá. Faltar-lhe-á a necessária afoiteza.
É que, nessa vertente, uma coisa é “oferecer” uma excelente ajuda à derrota do PSD de Fernando Nogueira, nas legislativas de 1995; outra, bem diversa, é agora defrontar António Guterres, numa eleição em que este tem tudo a seu favor. E que não tivesse…
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8 comentários:
Viva Ruvasa,
Cavaco Silva é o mais forte candidato da direita ás eleições, isso é inegável. Compreendo o azedume, o desprezo deste pelo partido tem sido uma constante. Só não acho que usares o mesmo vocabulário do Alberto João jardim (o senhor Silva) seja uma boa política!
Um abraço com uma pitada de provocação
Dizem que os candidatos ás Presidenciais serão o tal Sr Silva e o Sr. António ..
- finalmente, não há um candidato da esquerda nas presidenciais ...
- e nem de direita ...
assim vamos cantando e chorando
Viva, Ricardo!
O vocabulário não é do Alberto João em particular, nem de ninguém. É o apelido da criatura. O último, por sinal. Portanto...
Como tal... provoca à vontade, que não será por isso que não te chegará aí abraço igual...
Olá, Anonymous!
Cá fico à espera de que, quando menos, faça de conta que se identifica.
Então lhe responderei, com todo o prazer.
cumprimentos... a não sei quem...
Aí está um problema que eu não tenho. Como monárquico convicto nunca votei nas presidenciais e não faço conta de o fazer. Por cruzinhas por pôr, prefiro no euro-milhões.
Viva, Velho!
Estou consigo e felicito-o por essa sua condição que o isenta de tão abstrusa "benesse".
Tão abstrusa, em Portugal, porque é bem certo que os antecedentes nos mostram que a prática seguida nas presidências se pauta por tremenda hipocrisia e favorecimento da respectiva família política.
Na verdade, temos assistido a primeiros mandatos muito cordatos e maneirinhos, não vá o diabo tecê-las e perigar a possibilidade de um segundo. No segundo, por contraposição, já a postura não ensaia mostrar o que não é.
Viu-se a escandaleira que foi o final do segundo mandato soarista e todos temos consciência de que, estando Sampaio neste momento a cumprir o primeiro mandato, jamais se teria atrevido a dissolver a AR.
Entre outras coisas, que ficarão para ser ditas em outra oportunidade, que certamente não irá faltar.
Concordo com as suas ideias, e solidarizo-me também com a opinião do Velho da Montanha.
Além do mais, uma candidatura à presidencia da República do Prof. Cavaco Silva seria "péssimo para a sua carreira docente" o que eu não quero de maneira nenhuma.
Que continue a dar aulas e a preparar jovens economistas...
Zé Fontinha
Viva!
Exactamente. Não há o direito de manchar uma bela carreira docente com a glória de perder uma eleição para a Presidência da República.
Cumprimentos
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